25.6.13

O cristão, a cultura e o pecado

Por Ana Chagas

A cultura não deve, em hipótese alguma prevalecer acima dos valores divinos. Devemos ter discernimento para saber até onde a cultura não fere os princípios bíblicos.
Somos instruídos pela Bíblia a não dar motivos de escândalo (Ef 5.15; 2 Co 6.3, 13-18), e ainda, a fugirmos de toda e qualquer aparência do mal (1 Ts 5.22).
Jesus abriu mão de sua glória por amor de nós, e nós, resistimos a deixar os prazeres mundanos por amor dEle (Mt 19.29). O que são esses  prazeres passageiros diante do que Ele deixou por nós? Quem é maior? Cristo ou a tradição?

Infelizmente, muitos se aproveitam de festas culturais para extravasar. O que muda? Apenas o nome "gospel" que traz uma "consciência tranquila" em estar nestes ambientes e de fazer o que outros fazem.

Onde estão os crentes que sentiam prazer única e exclusivamente em Deus sem precisar render-se a estas coisas? Onde estão os crentes que tinham prazer de, em dias feriados, retirar-se para um jejum e oração?

O que ocorre é que, cada vez mais estamos gostando mais de estar no mundo. Estamos tão distraídos com as coisas daqui que nem sequer nos satisfazemos em ouvir pregações em que somos lembrados de que Jesus está voltando e de que nada temos feito para Deus.

O cristão que se satisfaz exclusivamente em Deus não sente falta destes prazeres, e, se sentir-se tentado, luta por resisti-los, pois sabe que em Cristo há prazer pleno e superior. Se se abstém deles, não se sente como se alguém tivesse tirado uma chupeta de sua boca; mas sabe que o Cordeiro é digno, sabe que os prazeres que satisfazem apenas a carne e que em nada nos edificam não agradam a Deus.

Pensemos nisso.
 

2 comentários:

André Bronzeado disse...

Ana, seu alerta é muito positivo. Depois do surgimento do “carnaval gospel”, do “Halloween gospel” e das “boates gospel”, agora, deparamo-nos com mais uma perigosa adaptação de festas genuinamente pagãs no intuito de agradar ao “público gospel”, que em sua maioria coincidentemente não é crente. Esse grupo é emergente nas igrejas brasileiras e se caracteriza por excessos de adaptações com vistas a atrair o maior número de pessoas. Estou falando dos já famosos “Sem João, com Cristo”, “Culto Junino” ou “Arraiá Gospel”. Diga-se de passagem, nem as igrejas tradicionais estão escapando desses eventos. Isto mesmo! O exagerado uso da palavra “gospel” como adjetivo santificador de toda sorte de eventos impuros que conhecemos já é prática comum em nosso meio. É como se esta palavra mágica tivesse o condão de tornar santos determinados eventos e práticas tipicamente mundanos e abomináveis aos olhos do Senhor. É triste.

Ana Chagas disse...

André Bronzeado, sempre é uma honra receber sua visita aqui no Blog e ainda mais encontrar a sua marca neste comentário tão relevante acerca desta questão. Acho que o termo "gospel" está banalizado e já não encontra razão de ser neste contexto de decadência espiritual em que se encontram muitos cristãos. Vou utilizar uma frase que é de um outro Blog que admiro e leio para resumir o que mais desejo para a Igreja de nossos dias, a qual se aplica aos mais diversos aspectos da vida da Igreja Organismo e Igreja organização: "Voltemos ao Evangelho puro e simples!" Pois é justamente por causa destes desvios teológicos que vêm estes comportamentos. Muitos, mesmo estando dentro de uma igreja onde é pregada a doutrina bíblica sem adulteração continuam com os ouvidos da alma agravados. Por isso é que o próprio Jesus disse que muitos "mesmo ouvindo não compreendem"(Mt 13.15; Mc 4.12). Obrigada, André. Deus continue te abençoando. Volte sempre!