Ana Chagas
Um
famoso site que destaca as grandes descobertas científicas acerca do homem e do
universo enviou para mim esta semana, via newsletter, um Artigo muito
interessante que tinha como título: “Honestidade pode fazer bem à saúde”.
Realmente, este é um tema relevante para os nossos dias, pois vivemos em uma
sociedade, principalmente no Brasil, em que vale tudo para se dar bem, em que
aquele famoso “jeitinho brasileiro” é extremamente valorizado; e que quem não
faz isso é taxado de “boboca” , sociedade esta, em que a inofensiva mentirinha
branca “não tem nada de mais”; porque
para grande parte destas pessoas “os fins justificam os meios”. Mas sabemos que
não é bem por aí.
Algo
interessante é que estudiosos dos EUA realizaram esta pesquisa com dois grupos,
um ficou à vontade para mentir, o outro, fora instruído a que não mentisse,
embora não terem sido fiéis ao combinado. Mas o que se notou ao final do estudo
foi que o grupo que relatou ter mentido menos, ou quase nada, relatou também
uma diminuição de incômodos físicos (tensão) e mentais (tristeza e apatia).
É
sabido e comentado por muitas pessoas já há algum tempo que mágoas guardadas,
perdão não liberado ao outro gera doenças graves e até mesmo fatais, na pior
das hipóteses. Porém, o que considero interessante é que a Bíblia, um livro escrito
há tantos anos, por homens inspirados por Deus no decorrer da história, já nos
falava dos malefícios do pecado e dos benefícios de uma vida que condiz com os
princípios divinos.Esta informação do site que recebi veio somente corroborar com o que já sabíamos a partir da Palavra de Deus.
Sabemos,
entretanto, que a causa do sofrimento do homem, de modo geral, vem, não apenas
a partir de um pecado cometido em nossa existência; mas já trazemos esta causa
em nós desde a queda de Adão. Foi exatamente ali onde começamos a morrer. Em
Adão, passamos a envelhecer, a adoecer e consequentemente, a morrer
fisicamente, além do fato da morte espiritual já se cumprir em nós a partir
daquele evento. Isso mesmo! Estamos espiritualmente
mortos, salvo quando somos alcançados por Cristo no decorrer da nossa
existência; e, a partir deste evento maravilhoso, vivificados mediante sua
morte vicária na cruz, podemos já desfrutar da salvação, embora ainda estando
nesta natureza pecaminosa, podemos a partir daí, contar com a graciosa presença
do Espírito Santo em nós, o qual é, como o próprio Jesus Cristo falou, o nosso “Guia”,
ou seja, Ele é aquele que nos guia em direção à comunhão cada vez maior com
Deus, até a nossa redenção, onde não haverá mais deficiência alguma, antes
estaremos livres da presença do pecado, e poderemos, finalmente, servir a Ele
em perfeição. É o Espírito Santo quem nos alerta acerca de nossos erros, quem
nos dá condições de discernir qual seja a vontade de Deus para nós. Quando
estamos alienados de Deus e de tudo quanto se refere a Ele, este processo não
ocorre. O que pode ocorrer é uma busca humana por uma vida afastada de coisas
que consideram ruins para a sua reputação e para a reputação de sua família.
Mas, quando buscamos viver uma vida de santificação para com Deus, a nossa
motivação não estará centrada em nós mesmos, ou no que os outros pensarão de
nós; mas, agora, o que mais nos interessa, é o que Deus pensa de nós quando seus
olhos nos observam; a nossa motivação será a de agradar-lhe unicamente por uma
razão: porque Ele é digno, e porque buscamos, após a vivificação, cumprir o
propósito dEle em criar-nos: glorificá-lo.
É neste processo de santificação que entra o pecar ou não pecar, o mentir ou
não mentir. O Artigo que citei no início salientava a questão da mentira e da
desonestidade, eu, porém, estou indo mais além, à luz da Bíblia, mostrando que
a questão do pecado é muito mais devastadora do que parece aos olhos de muita
gente.
Quando
conhecemos a Bíblia, e cremos, e somos regenerados pelo Senhor, algo acontece
em nós, ou pelo menos deve acontecer; do contrário, algo está errado; e esta
mudança a partir do que conhecemos deve ser evidenciada a todos, não é algo a
se guardar, a se esconder, mas a espalhar, como a luz que Jesus disse que deve
ser colocada no lugar mais alto da casa para que assim, ilumine a todos (Mt
5.15-16). Jesus resume a Lei em dois mandamentos. Alguns dizem que ali Ele
estava invalidando ou desprezando a Lei, mas isso não procede, pelo contrário,
Jesus mostra que quando amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a
nós mesmos; a partir deste fato, conseguiremos, seremos capazes de cumprir os
demais mandamentos de Deus; pois, se amo o meu próximo, logo não serei falso,
não mentirei, não roubarei, não serei egoísta, não o invejarei, não o matarei,
enfim. E, se de fato amarmos a Deus sobre todas as coisas, logo, haverá em nós
um ardente desejo de jamais desagradá-lo; sendo assim, não adoraremos falsos
deuses, estátuas que não têm vida, não envergonharemos o Seu Nome. Estes dois
mandamentos nos atraem para o centro da vontade de Deus.
A
Palavra de Deus traz trechos riquíssimos que nos revelam o quanto Deus deseja e
nos instrui a fazermos o que é
eticamente correto diante dEle e diante das outras pessoas. Analisemos alguns
destes:
“Adquire
sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças das palavras daminha boca. Ouve
filho meu, e aceita as minhas palavras, e se multiplicarão os anos da tua vida
[...] porque são vida para os que as acham, e saúde para todo seu corpo.”
(Provérbios 4.5,10 e 22) Ou seja, Deus nos mostra que uma vida de obediência
nos fará viver mais tempo;do contrário, os problemas acarretados pela prática
constante do pecado da mentira, do ódio, etc. adoecem-nos e, provavelmente,
teremos uma expectativa de vida menor. Um exemplo disso vemos em Efésios 6.1-3,
quando Paulo diz: “Filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto
é justo; honra a teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.” Em suma, dificilmente
você vê um filho que serviu fielmente a Deus e foi obediente a seus pais, sendo
morto no meio das drogas e no tráfico; pois acabam indo parar lá justamente por
não terem dado ouvidos a seus pais (isso quando seus pais temem e obedecem a
Deus também, pois hoje, para a nossa tristeza, há pais que cometem a maldade de
colocar drogas na boca de seus filhos ainda bebês).
“Não
sejas sábio aos teus próprios olhos, teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto
será saúde para o teu interior, e medula para os teus ossos.” (Provérbios
3.7-8). O Senhor nos alerta de que a soberba é um mal terrível na vida de uma
pessoa. Não esqueçamos de que foi pela soberba que o diabo foi condenado: “[...]
para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.” (1 Tm
3.6B), estas palavras do Apóstolo Paulo encontram referência em Isaías
14.12, que diz: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como
foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações.” Tenhamos cuidado, pois
é muito fácil cair nesta armadilha, e quando caímos, adoecemos por dentro e por
fora. Estamos falando aqui da saúde do nosso corpo mortal; mas a coisa fica
ainda mais séria quando começamos a pensar em tudo isso no âmbito eterno, pois
a alma que o Senhor nos dá, esta é eterna, quer queiramos ou não, estaremos
diante dele no dia final; e quer aceitemos crer ou não, a partir deste encontro,
estaremos com Ele ou sem Ele para sempre. Isto é um fato urgente a se pensar.
“As
palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.” (Provérbios
16.24). “Há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos
sábios é saúde.” (Provérbios 12.18). Há palavras suaves e palavras suaves. Há a
palavra suave, mas cheia de falsidade; no entanto, a Bíblia se refere neste
versículo às palavras cheias de sabedoria e prudência. A Palavra de Deus nos
alerta de que não saia da nossa boca palavras torpes, mas, antes, palavras que
venham a edificar aqueles que as ouvem (Efésios 4.29). Toda a palavra que
dizemos que usa de má fé para com quem as ouve, com certeza, de alguma forma
nos trará mal, pois temos algo que Deus nos concedeu chamado “consciência”, e,
além disso, não estaremos acrescentando nada de positivo às outras pessoas,
antes, estaremos enganando deliberadamente. O olho de Deus tudo vê, não podemos
fugir da presença dele em momento algum (Salmo 139).
“O
que prega a maldade cai no mal, mas o embaixador fiel é saúde.” (Provérbios
13.17). Quanto a este versículo podemos ficar bem atentos a pessoas que tem
pregado um Evangelho diferente do Evangelho de Cristo; Evangelho este que tem
levado multidões ao erro, e muitas vezes até ao pecado da idolatria a homens,
ao dinheiro, a si mesmos, etc. A verdadeira saúde espiritual é ler a Bíblia e
praticá-la, não apenas ouvir interpretações distorcidas e balançar a cabeça
confirmando aquilo sem conferir na Palavra. Precisamos ser como aqueles
cristãos de Beréia, que faziam isso até mesmo ao ouvir o Apóstolo Paulo (Atos
17.11).
Concluindo,
podemos afirmar que todo tipo de pecado, ou seja, tudo aquilo que fere o Código
da Santidade Deus, inevitavelmente trará prejuízos a quem comete e a quem é
afligido pela mentira, pela falsidade, pela calúnia, pela trapaça, pela extorsão,
pela exploração seja em que área esta possa ocorrer. E não apenas os pecados
cometidos contra o nosso próximo nos adoecem física e mentalmente, mas também
aqueles cometidos no nosso próprio corpo, como a prostituição, a fornicação, o
adultério, que tanto é no corpo como contra o cônjuge, estes trazem
consequências terríveis, difíceis de ser tratadas, pois acaba afetando muitos
que estão diretamente ligados ao casal, como filhos e demais familiares. A
Bíblia nos diz que o pecado cometido no corpo é uma afronta ao Espírito Santo,
pois os que são regenerados passam a ser sua habitação, seu templo (1 Co
6.15-20; Rm 6; 2 Co 5.10).
Temos
uma má notícia: O pecado já condenou o homem ao inferno, não há saída para o
homem (Rm 3.23).
Temos
uma boa notícia: Jesus morreu para que nEle pudéssemos ser reconciliados com o
Pai e assim, podermos ser livres do poder do pecado aqui, e por fim, na
eternidade, livres também da presença do pecado para sempre!
Leia
com atenção este trecho das Escrituras Sagradas:
“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de
Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o
ministério da reconciliação; Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da
reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus
por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com
Deus. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele
fôssemos feitos justiça de Deus." (2 Coríntios 5:17-21).
Contudo, não quero aqui apregoar que crente não adoece, ou ainda, que crente não pode ter depressão, etc., como alguns fazem por aí. Não podemos nos esquecer de que há situações específicas em que o nosso Deus permite, em sua Soberania, que passemos por dores e tribulações, mesmo que não estejamos numa situação de pecado deliberados na ´presença dele; são situações que passamos e que não conseguimos compreender o "para quê", porém, mais tarde percebemos que foi para o nosso bem, para o nosso crescimento espiritual, como o exemplo de Jó e do Salmista (Jó 2. 7-8; 42.1-5; Sl 119.71). E, ao contrário do que muitos afirmam, um crente fiel pode adoecer, pode até mesmo morrer com graves enfermidades, se assim o Senhor permitiu, como por exemplo o caso do Profeta Eliseu (2 Rs 13.14), Timóteo (I Tm 5.23), Paulo também passou por dores que não sabemos definir o tipo e a intensidade, porém, presumimos que era terrível a sua situação, e por permissão divina (2 Co 12.7-9), não cabe a nós questionarmos ao Senhor quanto a estas questões, pois, na verdade, todos estamos sujeitos a adoecer, pois ainda estamos nesta carne, mas há casos em que o Senhor nos livra, nos cura, e até nos ressuscita, basta estar em sua Vontade fazê-lo; Ele se revela também como o Deus que faz a ferida e o mesmo que a faz sarar. A questão aqui é o fato de estas situações se agravarem em nós quando permanecemos em pecado deliberado contra Deus, sem arrependimento, sem confissão, sem fé, sem deixar e mudar de atitude; isso pode levar-nos a um estado terrível de enfermidade física, e já demonstra o estado lastimável em que estamos espiritualmente.
Deixemos, pois, a prática deliberada do pecado! Busquemos
servir fielmente ao Senhor! Clamemos a Deus neste momento como clamou o rei
Ezequias, que clamou por cura física, mas clamemos por cura física, mental e
espiritual:
“Senhor, por estas coisas se vive, e em todas elas está a
vida do meu espírito, portanto cura-me e faze-me viver. [...] Eis que foi para
a minha paz que tive grande amargura, mas a ti agradou livrar a minha alma da
cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus
pecados."(Isaías 38:16-17).
Queremos viver tendo menos dores, menos enfermidades? Rejeitemos, pois, tudo aquilo que
trará mal a nós e ao nosso próximo, e abracemos tudo quanto agrada a Deus.
Deus nos abençoe!