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Ao ler o primeiro comentário postado pela jornalista Micheline
Borges acerca das médicas cubanas que estão no Brasil, pensei: “O que se
esperar de pessoas que estão acostumadas a rotular, ou ainda a determinar quem
pode ou não pode exercer determinada profissão?”
Felizmente, pude constatar depois, que ela pediu perdão
publicamente pelas suas tristes palavras. Porém, não poderia deixar de compartilhar algumas reflexões que fervilharam em minha mente ao observar esta situação.
Eu, particularmente, dou graças a Deus porque tenho a
alegria de ver, em nosso País, pessoas negras, ou pessoas que vem de uma
realidade de extrema pobreza, ou ainda, pessoas que, mesmo tendo "cara de
empregadas", estão se destacando, se formando em direito, passando de
primeira na prova da OAB; se tornando médicas, tendo sucesso financeiramente,
conquistando espaço, enfim.
Este comentário preconceituoso, no meu ponto de vista, deve nos servir de estímulo
para os brasileiros colocarem em suas cabeças que não devem aceitar os rótulos
que pessoas ou que a própria sociedade impõe sobre eles.
Gostaria de deixar aqui uma palavra a todos aqueles que já
foram rotulados alguma vez na vida:
Vocês não são incapazes, embora muitas vezes sintam-se
impotentes diante da desigualdade e injustiça social. Vocês não são formigas,
como as do filme da "Formiguinha Z", que já nascem com todos ao redor
determinando o que ela vai ser, se operário, se soldado, se general, etc. ,
apenas pela aparência física de cada uma. Vocês não vivem em uma cultura de
castas, onde ninguém tem chance de crescer ou de prosperar, exceto os que
nasceram "bem", segundo aquela cultura. Vivemos em um País onde
podemos, ainda que com dificuldade, vislumbrar um objetivo e lutar por ele com
garra, sem parar para dar ouvidos a rotuladores. Há um texto interessante que
li que dizia que um grupo de sapos seguia rumo ao seu objetivo, porém, um a um
iam ficando pra trás quando paravam para ouvir o que diziam os que estavam ao
longo do caminho. Mas havia aquele sapinho persistente que seguia firme, ignorando
as palavras de desânimo que ouviam. Alguns observavam de longe a persistência
daquele sapinho. Até que ele alcançou o seu alvo. Quando eles foram averiguar
qual era a razão de ele ter conseguido chegar sem ter se deixado desanimar como
todos os outros, descobriram que o fator que o levou a vencer todos os
obstáculos era bem simples: ele era surdo.
Mas eu vou ainda mais além. Além da necessidade de não
aceitarmos rótulos preconceituosos sobre nós baseados em nossa aparência
exterior; devemos nos lembrar de que Deus não nos julga pela aparência, mas ele
conhece quem de fato nós somos. Quando sonhamos para nós os mesmos planos que o
Senhor tem para nós, então, meu amigo, não há quem possa impedir que estes
venham se cumprir. Não é uma pessoa que vai chegar e nos rotular e impedir que
prossigamos e que realizemos os nossos sonhos e que venhamos até mesmo a
surpreender aos outros e a nós mesmos, sendo e realizando coisas que nem
imaginávamos alcançar. E isto que digo aqui não é em defesa de uma teologia de
prosperidade distorcida que muitos têm pregado por aí, mas é a teologia da
prosperidade bíblica, a qual Deus distribui como quer e a quem quer; principalmente
entre os que o temem, porém, não podemos esquecer que as bênçãos espirituais
advindas da Nova Aliança inaugurada por Cristo sobrepujam as demais bênçãos
materiais e, portanto, passageiras.
O que estas médicas cubanas têm a ver com o que estou
falando aqui? Talvez nenhum de nós tenha parado para pensar na realidade de
vida de cada uma daquelas mulheres. Alguém aí parou para pensar nisso?
Por que trazer médicos justamente de Cuba? Não sei
responder. O que posso dizer é que aqui há muitos médicos aptos para trabalhar,
e que, por “enes” motivos não foram contratados. Com certeza há muita coisa errada
no governo brasileiro, principalmente em relação à saúde e educação; fatos
contra os quais, nós, como Igreja, devemos sempre assumir uma postura de
protesto contra a injustiça e a corrupção, chamando sempre pecado de pecado.
Sem dúvida, fatos como este, mesmo que envolvendo pessoas de
outro País, acabam nos levando a refletir acerca de quem somos e da maneira
como olhamos para as pessoas; como as julgamos; do que aparentamos ser, do que
as pessoas pensam de nós, e, principalmente, do que Deus pensa a nosso
respeito; sim, porque este último fator é o mais importante de todos.
Deixemos de lado o preconceito e os rótulos. Prossigamos, há um alvo a ser atingido!
Sejamos como aquele sapo surdo!
Logo abaixo você confere o texto A corrida dos sapos à qual me referi acima:
A corrida de sapos
Era uma vez uma corrida de sapos...
O objetivo era atingir o alto de uma grande torre. Havia no
local uma multidão assistindo. Muita gente para vibrar e torcer por eles.
Começou a competição. Mas como a multidão não acreditava que os sapinhos
pudessem alcançar o alto daquela torre, o que mais se ouvia era:
"Que pena !! esses sapinhos não vão conseguir...
...não vão conseguir..."
E os sapinhos começaram a desistir.
Mas havia um que persistia e continuava a subida
em busca do topo...
A multidão continuava gritando :
"... que pena !! vocês não vão conseguir !..."
E os sapinhos estavam mesmo desistindo, um por um...
menos aquele sapinho que continuava tranqüilo...
embora cada vez mais arfante.
Já ao final da competição, todos desistiram, menos ele...
A curiosidade tomou conta de todos.
Queriam saber o que tinha acontecido...
E assim, quando foram perguntar ao sapinho
como ele havia conseguido concluir a prova,
aí sim conseguiram descobrir...
que ele era surdo !
Não permita que pessoas com o péssimo hábito de serem
negativas, derrubem as melhores e mais sábias esperanças de nosso coração !
(autor desconhecido)