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25.1.22

ORAÇÃO, ACONSELHAMENTO E MENTORIA ESPIRITUAL

Por Ana Chagas


A Bíblia diz que devemos lavar as cargas uns dos outros: "Levem os fardos pesados uns dos outros e, assim, cumpram a lei de Cristo." (Gl 6.2 NVI).

Todavia, há situações em que não sentimos necessidade de expor detalhes de nossos  problemas aos outros. Assuntos sobre os quais precisamos ter prudência em compartilhá-los ou não.


No livro "A Língua: domando esta fera" , o Pr. Josué Gonçalves traz a seguinte ilustração:9
"Três jovens foram orar em um monte. Em determinado momento, pararam de orar e resolveram confessar um ao outro "o seu ponto fraco". O primeiro disse: — O meu ponto fraco, é que não posso olhar para as meninas da igreja que eu logo penso bobagem. O segundo disse: — O meu ponto fraco é pior do que o seu, não posso olhar  para os rapazes da igreja, porque tenho tendência para o homossexualismo. O terceiro disse: — O meu ponto fraco eu não vou contar, porque é pior do que o de vocês. Mas de tanto insistirem, ele contou. — O meu ponto fraco está na língua. Eu estou com uma vontade incontrolável de descer lá na igreja, e contar para toda a comunidade o Que vocês acabaram de contar para mim. Osrapazes então disseram: — Vamos orar  primeiro por ele, caso contrário estaremos perdidos... Não seria este o ponto mais fraco de algumas pessoas? Vamos refletir sobre o assunto."... a língua porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero". (Tg3:8)

A realidade da fé é testada pelo controle da língua."
Por isso, nós precisamos respeitar quando um irmão,  ou uma irmã não quer entrar em detalhes acerca do seu Pedido de Oração. Há coisas nossas, que jamais devemos falar com alguém sem quaisquer critério, pois são de cunho íntimo demais para estarmos expondo por aí aos quatro ventos. Até porque, nem todos têm maturidade para lidar com determinados assuntos, e nem mesmo conseguem controlar a sua própria lingua. E, às vezes trata-se de vida conjugal, de tendências pecaminosas (como era o caso dos jovens da ilustração acima), ou um pecado a ser confessado com um pedido de ajuda, etc.

A Bíblia diz: "Por que deixar que as suas fontes transbordem pelas ruas, e os teus ribeiros pelas praças? 17 Que elas sejam exclusivamente suas, nunca repartidas com estranhos." (Pv 5.16,17  NVI) o contexto onde esse trecho está inserido exorta justamente sobre a fidelidade e pureza da vida de um casal. Fala do compromisso de fidelidade de ambos dentro do casamento. Mas podemos aplicar também essa fidelidade ao cuidado em não expor sua intimidade com seu esposo ou com sua esposa, para outras pessoas. Isso é algo sagrado! A relação estando com problemas ou não, não nos dá o direito de fazer isso. Ou mesmo expor algo unicamente seu, que não deve ser espalhado, e sim, tratado de perto por alguém idôneo para tal missão.

Existe uma prática que considero excelente, no que diz respeito ao compartilhamento de problemas,  Intercessão e aconselhamento; é a mentoria espiritual.
Há pedidos gerais de Oração que podemos expor publicamente, sem problemas. Mas acredito que Deus levanta pessoas com o dom do Aconselhamento, do pastoreio (não propriamente o pastoreio Ofício), mas um pastoreio de cuidado, de ajuda ao crescimento espiritual de outros, e este dom não se restringe ao sexo masculino, mas a todo cristão, irmãos e irmãs a quem o Espírito Santo distribui esse dom.
Quando enfrentamos aflições em assuntos de coro mais íntimo, como vida conjugal, ou mesmo tentações em áreas que não estivermos conseguindo resolver sozinhos, em que haja a necessidade de conversar com alguém, depois de Deus, claro, é importante que tenhamos, não vários, mas apenas um mentor, ou uma mentora.
Aconselha-se que seja sempre alguém do mesmo sexo, um pastor, uma Missionária, quando não, um ancião(ã)da igreja (não despreze o quanto Deus pode usá-lo(a) para abençoar a tua vida), ou mesmo um jovem mais experiente na vida cristã. E se o casal deseja procurar essa mentoria espiritual, o ideal é que seja um pastor, ou mesmo o pastor com a sua esposa, onde a esposa do pastor acompanha a mulher, o pastor acompanha o esposo, e em seguida, ambos aconselham juntos ao casal.

Essa prática criteriosa, traz resultados maravilhosos, nos casamentos, na viuvez, na solteirice, na ameaça de divórcio, num processo de divórcio (na tentativa de Reconciliação), no pós divórcio, num possível novo casamento (se Deus aprova ou não, e em que circunstâncias), enfim.

Se você ainda não tem  seu(sua) mentor(a), ou seja, seu(sua) companheiro(a) de carga e de oração, ore ao Senhor,  e Ele te mostrará quem deverá ser esta pessoa ou este casal na sua caminhada cristã. Em seguida procure gerar este vínculo que será de bênção para a sua vida!

A verdade é que nós precisamo>i⁸s sim, uns dos outros, mas nosso grande problema, somos nós mesmos e a nossa boca/língua grande.

Deus nos ajude e abençoe!



17.10.12

Lições que aprendemos com a vida de Jó

Ana Chagas

 "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te  vêem." (Jó 42.5)

Quantos de nós, ao passar por tribulações já não ouviu alguém acusar: "Você só está passando por isso porque está em pecado, ou seja, em desobediência". Ou ainda: " Você ainda está assim por falta de fé."? Jó passou por situação parecida, e com muito mais intensidade do que nós, certamente. 
Geralmente as pessoas, ao lembrarem ou citarem Jó, só se referem à sua paciência, mas é necessário observar aí, não apenas as características e reações humanas, mas também algo maravilhoso que se revela neste livro: Os eternos e perfeitos atributos de Deus que se destacam em todo o decorrer da trajetória de Jó e seu desfecho. Deus reina eternamente absoluto, e em momento algum perde o controle da situação, mas exerce soberania mesmo em meio à angústia de Jó.

Gostaria de compartilhar algumas lições que podemos extrair da narrativa da vida de Jó:

1- Deus vê em Jó um homem crente, temente a Ele, reto, íntegro, se desviava do mal (Jó 1.1, 5, 8, 20-22; 2.3, 9,10). Não resta dúvidas acerca da vida íntegra que Jó buscava viver para agradar a Deus. Não falo aqui de uma busca acirrada por viver uma vida moralmente correta apenas para manter uma reputação diante dos homens e engrandecimento do nome do homem e de sua família, mas falo de um homem que buscava agradar unica e exclusivamente a Deus com a sua vida e com a vida de sua família, pois ele vivia e os criava no temor do Senhor.

2- Ao contrário do que alguns têm ensinado por aí, Deus permite sim o sofrimento do crente mesmo que ele não esteja necessariamente "em pecado" (Jó 2. 3). Estar em pecado significa estar pecando deliberadamente, consciente de que está pecando e, ainda assim, permanecendo sem arrepender-se e sem confessar seu pecado diante de Deus; o que não estava acontecendo com Jó, pelo contrário, o próprio Deus deu bom testemunho acerca de Jó: "viste meu servo Jó? Homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal." (Jó 1.8). 

(Embora todos ainda permaneçamos no corpo desta carne pecaminosa contaminada lá no Édem após a desobediência,  os salvos já não estão mais sob o domínio do pecado, pois o seu espírito já está justificado eternamente por meio da morte expiatória/vicária de Cristo, a qual alcançou tanto os que morreram na promessa quanto todos nós que seríamos acrescentados até a volta do Senhor, e isso inclui o nosso irmão Jó). 
Porém, também há casos em que, de fato, o crente passa por dificuldades por causa de seus pecados, ou seja, é a lei da semeadura: "Aquilo que o homem semear, isto também ceifará." (Gl 6.7).

3- Deus permite que o inimigo nos toque, porém, de forma limitada (Jó 1.9, 12; 2.6) Embora Deus permita que o inimigo nos toque, Ele permanece plenamente soberano, pois o inimigo de nossas almas só pode ir até onde o Senhor lhe permite. Por isso podemos lembrar aqui das palavras do Apóstolo Paulo quando diz: "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." (1 Co 10.13). Quando passamos por provações, por exemplo, na área das finanças, somos tentados à desonestidade, ao famoso "jeitinho brasileiro"; a tirar o dinheiro de coisas essenciais para jogar ou fazer apostas, e isso sob o falso argumento de Satanás e da própria mente humana: "todos fazem isso... Por que não eu?". 
Se estamos passando por dificuldades no relacionamento conjugal, a primeira tentação que surge é: "Lá fora tem alguém que pode me satisfazer perfeitamente, por que tenho que aguentar isso?" ou ainda surge diante de você uma pessoa enviada como um prato daqueles bem decorados, com tudo que tem direito, que só de olhar você já está pecando. É neste momento que precisamos lembrar que Jó teve muitas oportunidades de pecar contra Deus, de blasfemar, de amaldiçoar ao Senhor, de tirar sua própria vida em meio a tanta provação, dor, desprezo (Jó 1.13-22; 2.7-10); porém, Jó sabia em quem cria: "Porque eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra." (Jó 19.25) e se abrigou em Deus para não pecar contra Ele. Como eu e você podemos nos abrigar em Deus para não pecar contra Ele? Mantendo constante vida de oração e leitura de sua Santa palavra- a Bíblia e aplicando-a no nosso cotidiano.

4- Por meio da provação, Deus nos molda para a glória do seu Nome. Jó reconheceu esse fato: "Mas Ele sabe o meu caminho; se Ele me provasse, sairia eu como ouro." (Jó 23.10). Sabe qual é o tempo em que o crente se torna mais quebrantado na presença de Deus? É quando ele está na prova, sendo moldado nas mãos do oleiro, dói aqui, dói ali, mas o resultado será o engrandecimento da glória de Deus. Alguém já indagou: "Que Deus é esse que permite o sofrimento do homem para a sua glória? Não seria presunçoso e manipulador?" Eu compreendo que, se Deus deseja que vivamos para a sua glória, como o Apóstolo Pedro diz: "[...] Ele nos chamou para a sua própria glória e virtude." (1 Pe 1.3), precisamos glorificá-lo, não apenas nas situações cotidianas de momentos de calmaria, mas, principalmente, aprendermos a glorificá-lo também em meio ao sofrimento; não é que só o faremos em meio ao sofrimento, mas que, conseguiremos entender que, mesmo em meio a estes momentos, Deus continua sendo Deus, e portanto, digno de nossa adoração, e não de murmuração e revolta, como fazemos muitas vezes, desagradando ao Senhor e sendo reprovados. Queiramos ser aprovados; não clamemos para sair logo da crise, mas clamemos, primeiramente para que saiamos dela mais maduros na fé, mais sábios, mais quebrantados, mais adoradores, mais achegados ao Senhor e mais obedientes, para a glória do seu Nome, cumprindo assim o propósito para o qual fomos criados. Jó entendia que Deus permitiu porque tinha um propósito: que Jó saisse da prova como ouro. O ouro sofre até ficar puro, mas todo aquele processo é necessário.

5- A provação amplia a visão do crente acerca da Soberania de Deus e intensifica a sua vida de adoração a Ele (Jó 12; Jó 42.1-6) Foi exatamente em meio a tanta dor e sofrimento que Deus se apresentou a Jó. Diz a Palavra de Deus que Deus começa a mostrar a Jó o seu poder e sua autoridade sobre todas as coisas e que não há ninguém que o domine ou o impeça (Jó cap. 38 a 41). Jó declara a soberania de Deus exatamente em meio às provações, e não somente após sair delas (Jó 23.13-17). Ainda em meio à dor, Jó reconhece o quão pouco conhecia de Deus antes daquela fase tão difícil (Jó 42.1-6)

6- Deus derruba a Teologia da prosperidade por terra através da história de Jó (Jó 42.10)

  • Deus não estabeleceu que o mesmo desfecho que teve a história de Jó seria um padrão para o desfecho da história de todos os crentes. Temos vários exemplos de desfechos bem diferentes na vida de homens e mulheres que serviram a Deus até o fim, dando fiel testemunho da fé cristã, e que, por Fé tiveram sua vitória, que muitos dos que pregam a teologia da prosperidade hoje talvez não a considerem como vitória, pois o que Deus permitiu que tivessem no final das suas vidas pela fé foi morte ao fio de espada, perseguição, escárnios, açoites, algemas, prisões, apedrejamentos, provações, torturas, serrados ao meio, mortos a fio da espada, necessidades, aflições, maltratos (Hebreus 11.36-40-leia também todo o cap. 11). Destes homens e mulheres, diz a Bíblia: "(homens dos quais o mundo não era digno) [...] Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados." (Hb 11.39-40). (Fala da redenção que abrangerá todos os salvos de todas as épocas na glorificação plena do Senhor Jesus, na sua segunda vinda). Observemos que o autor da carta aos Hebreus deixa bem claro que aquilo de superior que Deus tem reservado para nós não se trata de nada que possamos possuir aqui, mas naquilo que temos na eternidade com Deus e que já começamos a desrutar aqui a partir do momento em que somos selados por Deus-Espírito Santo no ato da regeneração. O desfecho que aqueles crentes tiveram em suas vidas não o tiveram porque Deus teria se esquecido deles, ou porque Deus não teria podido livrá-los, ou porque aqueles irmãos estavam em pecado ou mesmo incrédulos, mas por permissão de Deus em sua soberania. Vemos aqui que a questão da prosperidade do crente tem sido distorcida pelos adeptos da Teologia da prosperidade, pois eles são capitalistas, triunfalistas e imediatistas, quando deveriam pregar a prosperidade espiritual como prioridade, e entender que a prosperidade material é secundária, e recebida de Deus se Ele quiser dar, e que, se Ele não quiser dar, continua sendo digno de adoração, e que nós não somos senhores de Deus, mas seus amigos e seus servos, submissos à sua vontade, seja ela qual for. Jó compreendia isso, por isso disse com sinceridade de coração: "Deus me deu, Deus tomou. Louvado seja o nome do Senhor." (Jó 1.21).
  • Deus é poderoso para fazer como fez com Jó lhe dando tudo em dobro na vida de quem Ele quiser, como Ele desejar, seja este crente ou não crente; pois tudo pertence ao Senhor para distribuir como quiser, assim é a graça comum; pessoas que não vivem uma vida dedicada a Deus também recebem dons e talentos, o que dizer de cantores famosos de vozes maravilhosas, de músicos talentosos, de artistas plásticos que se destacam, designers que fazem trabalhos maravilhosos, escritores e poetas maravilhosos, ou de empresários que são ótimos administradores, quando há crentes que não sabem administrar bem, ou mesmo não conseguem cantar bem, mesmo sendo crentes? Deus permite que tenham,porém estas coisas não têm em si efeito salvífico, Deus apenas lhes concedeu para que usufruíssem.
  • Deus não está limitado a determinações humanas, nem na área financeira (dando sucesso a todo mundo que ofertar a determinado ministério, e porque aquele líder religioso orou e "determinou" a sua vitória, nem na área da salvação (sendo obrigado a salvar toda a família de quem "semear" com a oferta de determinado valor previamente estipulado). Deus age soberanamente em todas as áreas da nossa vida: "No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe apraz." (Salmo 115. 3).
7- Em meio à tribulação Deus gera em nós perseverança, fé e louvor (Jó 42.1,5,6)- Lendo outros textos para corroborar com o que houve na vida de Jó, encontramos que a tribulação gera a perseverança (Rm 5.3-5); que a tribulação gera fé, glória e honra para Deus (1 Pe 1.6-7)

Louvemos a Deus mesmo em meio às tribulações e entendamos que Ele é soberano, que Ele reina eternamente, que todas as coisas estão sujeitas à sua vontade. E não nos esqueçamos que em tudo quanto Ele nos permite passar, há um propósito; que enquanto estamos sendo moldados por Ele, estamos tendo a nossa visão ampliada quanto à sua glória e temos a oportunidade de crescer mais, de amadurecermos espiritualmente.

Aprendamos com a história de Jó.



14.12.10

Uma Oração de clamor a Deus por todos os cristãos

Jesus orando ao Pai pelos seus discípulos, disse:
"[...] Não te peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou. Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade. Assim como tu me enviastes ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da tua Palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. [...]" (Jo 17.15-21)

Jesus intercedeu pelos discípulos e por nós, os que ainda viriam a crer em seu Nome (v. 20) Ele não pediu ao Pai que nos tirasse do mundo, mas que nos livrasse do mal.

Observando a realidade do mundo com relação à visão que as pessoas tem tido do Evangelho e dos cristãos por causa de muitos outros "cristãos", levantei diante de Deus este clamor e convido você a orar comigo neste momento:

"Pai, reconheço a minha pequenez diante de Ti, e peço que perdoes todas os pecados que cometo contra ti, seja por pensamentos, palavras, gestos e/ou atitudes. Peço que tenhas misericórdia de mim e do teu povo, do teu remanescente que se encontra sobre a terra. Como tu, Deus, disseste enquanto estavas em teu ministério terreno; que nós estamos no mundo, mas não somos do mundo (Jo 15.19; 17.14). Glorifico a Ti porque venceste o mundo e nos garantes a tua presença conosco nos dando bom ânimo para vencermos também.
Peço perdão, Senhor, pelo que tantos por aí tem feito em teu Nome, e usado o Nome do teu Evangelho em função de seus próprios anseios materialistas em função de sua própria glória, e não da Tua.
Senhor, livra-nos de cair em tentação! Livra- nos a nós, os teus "pequeninos" (Mc 9.42) de sermos levados por quaisquer ventos de doutrina...
de nos deixarmos levar por guias cegos, por falsos líderes, que nos induzam a colocar a fé em coisas e não em Ti!
Pai, que vergonha, Pai! Que vergonha ver o que estão fazendo, jogando o teu Nome no chão para os homens blasfemos pisarem!
Que vergonha, Pai, constatar a aversão que as pessoas têm hoje ao Evangelho...
...Constatar a repulsa que eles sentem ao ouvir a tua Palavra, por causa dos que não testemunharam fielmente diante do mundo!
A começar em mim, Senhor, expurga do nosso meio o fermento (o pecado)!
Que voltemos ao Evangelho puro, simples, como o viviam os primeiros cristãos, os quais chegaram a entregar até mesmo as suas vidas, mas não aceitaram compactuar com aquilo que ia contra a tua santidade. Eles foram os "quadrados" daquela época, mas foram homens que buscaram te glorificar com suas vidas!
Quisera eu, Senhor, chegar ao menos aos pés daqueles teus servos da igreja primitiva, dos teus Apóstolos em questão de fidelidade, de testemunho cristão; aqui e agora, em meio a esta realidade onde muitos, para livrarem-se dos olhares e das críticas, têm amenizado, distorcido, enfeitado e/ou omitido a Tua Verdade em detrimento de seu bem-estar, em detrimento de manter uma imagem de alguém que é bem quisto por onde passa, nas igrejas onde prega, ou mesmo na igreja a qual dirigem.
Faz com que eu e todo o teu povo vivamos de maneira agradável a Ti, que nos enchamos do Espírito Santo, mas que façamos o uso adequado deste poder que nos dás, direcionando-o para o cumprimento da nossa Missão, a qual Tu designaste. Porque, entendo, Senhor, que do contrário, será um mero encher e estar vazando constantemente, sem utilizá-lo. Que deixemos o egoísmo que nos leva a estar encravados no conforto das nossas casas e dos nossos templos, e que sejamos altruístas, que sintamos compaixão pelas vidas que estão no lamaçal do pecado, que cumpramos com a responsabilidade de resgatá-las por intermédio da pregação do teu Evangelho puro, que prega a situação de morte do homem, e a reconciliação dele contigo por meio de Cristo.
Não peço que tenhas misericórdia de nós pela nossa negligência; mas clamo que nos perdoes este tão grande pecado!
Repreende aqueles que distorcem a tua Palavra, faz com que eles se arrependam e que passem a ser fiéis a Ti, pois tu dizes em tua Palavra: "Quem é o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo? Bem- aventurado aquele servo a quem o seu Senhor, quando vier, o achar servindo assim." (Mateus 24.45-46).
E cuida, Pai, dos teus pequeninos...
Em Nome de Jesus elevo esta minha oração diante de ti. Amém!

11.12.10

Desfrutando das bênçãos de Deus através da Oração

Esta Reflexão foi postada por mim no Blog das Senhoras Auxiliadoras da 1ª Igreja Evangélica Congregacional de João Pessoa-PB, e senti o desejo de compartilhá-lo aqui no Conectado na Bíblia também. Creio que Deus deseja falar ao teu coração neste momento através desta mensagem:

"A igreja de Cristo caminha nos joelhos das mulheres."
(mas, na verdade, a Oração é dever e necessidade de todo o cristão; e é disto que trata esta Reflexão).

Quando se fala em Oração nas nossas igrejas, automaticamente as pessoas associam a Oração às Auxiliadoras. Essa ideia já vem sendo cultivada desde muito tempo atrás. Olhando minhas papeladas, encontrei esta ilustração acima, e fiquei pensando a respeito da frase nela contida. Sabemos que a Oração é uma ordenança geral de Deus para todos os cristãos, sejam eles homens ou mulheres. A questão é que, quase sempre, são as mulheres que mais se dedicam a ela. Não somente porque a maioria delas não trabalha fora, mas porque realmente compreendem o valor da oração na vida da Igreja. Sabem que a oração deve sempre preceder antes de cada passo, de cada decisão a ser tomada e por isso tornam-se mulheres intercessoras.

É preciso que cada crente constate, a partir da sua própria experiência com Deus que é através da oração que adoramos a Deus pelo que Ele é; que é através dela que deixamos o nosso fardo aos Seus pés; que é através dela que a nossa comunhão com ELE cresce dia após dia e ainda, que é através dela que nos quebrantamos ao trabalhar de Deus no nosso caráter, aplicando à nossa vida prática seus preceitos, os quais conhecemos através da Sua palavra. Não esperemos que apenas os outros façam aquilo que Deus nos entregou. Orar não é ministério. Orar é parte integral da vida do crente, e quando não oramos, estamos vivendo o Evangelho de forma equivocada.

Se oramos muito, recebemos muito da parte de Deus, digo isto no sentido total da palavra (em Comunhão; em aumento do apetite pela leitura da Bíblia; em resposta- seja ela SIM, NÃO ou ESPERE); se oramos pouco, pouco desfrutaremos das bênçãos decorrentes de uma vida de oração. Se não oramos, com certeza vamos estar fora do círculo de amigos íntimos de Deus; pois essa intimidade se dá através de uma vida de Oração (Eu falando com Deus) e de Leitura da Sua Palavra (Deus falando comigo). Estes dois hábitos devem, imprescindivelmente, fazer parte da nossa vida de maneira associada, nunca separadamente. Pois, do contrário, nos tornaremos cheios de conhecimento, porém sem um elemento importantíssimo para a testificação da nossa fé e testemunho, que se chama UNÇÃO DE DEUS.
Para sermos cheios da Unção precisamos da Oração, para sermos cheios do Conhecimento de Deus precisamos ler a sua Palavra. Como eu posso dizer que sou amigo íntimo de alguém, se não converso com ele vou à casa dele ( só de vez em quando), entro, e somente naqueles poucos momentos leio e escuto sacerca dele. Se falo com ele, mas somente aquilo que julgo ser extremamente necessário e pronto., mas depois que saio da sua casa, passo dias sem entrar em contato, etc. Não há condições de um relacionamento se aprofundar desta maneira, pode durar, mas nunca deixará de ser um relacionamento superficial. Deus quer ser o nosso amigo íntimo, mas nós, muitas vezes temos preferido ser "seus conhecidos"- como chamamos alguém com quem não mantemos laços mais profundos de amizade. Devemos entrar nas águas de Deus como Ezequiel na torrente das águas purificadoras: Primeiro as águas davam nos artelhos, mas ele continuou avançando, e as águas deram nos joelhos, e depois nos ombros e por fim, ele mergulhou tão profundo era aquele ribeiro (Ez 47.1-10) Assim também deve ser a nossa busca pela presença de Deus, contínua e crescente.

Deus nos confia a tarefa de sermos Intercessores- de orarmos e chorarmos por nossos irmãos, quando diz em sua Palavra através dos seus Servos inspirados: "Levai as cargas uns dos outros"; "Alegrai-vos com os que se alegram" (Ações de Graças); "Chorai com os que choram" (Intercessão);"Está entre vós alguém enfermo? chamem os presbíteros e lhe imponham as mãos e orem"; ou ainda: "Muito pode em seus efeitos a Oração de um justo" (Se você é um justo e ora a Deus com fé, segundo a vontade Dele; com certeza a resposta virá. Não porque o poder esteja em nós- os seus justos (pecadores justificados) que oraram, mas porque ELE tem prazer em estabelecer o seu propósito respondendo àquilo que lhe pedimos em oração.
Perseverar na Oração é uma terefa árdua, não é fácil. Mil adversidades surgem tentando tirar-nos do propósito de Deus. Mas não sejamos como os discípulos que em determinado momento, foram repreendidos por Jesus porque não vigiaram enquanto ele se retirou para orar à parte. Estejamos atentos em oração, vigilância e leitura da Bíblia.
Como é confortante sabermos que através das nossas orações Deus tem derramado bênçãos sobre nossas vidas e sobre a vida dos nossos irmãos; saber que Ele se agrada que façamos parte do seu agir, e isso é para nós um grande privilégio.

Orai sem cessar!