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5.8.16

Pokémon Go - Mais uma ferramenta de alienação do ser humano

Por Ana Chagas


     Não são poucos os vídeos que praticamente viralizaram na internet após o lançamento do Pokémon Go no Brasil mostrando acidentes de jovens e adolescentes, e até mesmo adultos, com os olhos grudados na tela do celular, e muitos desses vídeos sendo compartilhados nas redes sociais apenas como algo divertido de se ver. No entanto, estes problemas trazidos pela displicência das pessoas que andam pelas ruas com os olhos fixados na telinha, conectados, seja no Whatsapp, Facebook, Instagram, Twitter,  ou em um jogo como este, ao qual nos referimos não é algo para gerar risos, e sim para lamentarmos... E esse problema não vem de hoje, mas já começou desde que a internet passou a ser acessada a partir de celulares, e vem piorando cada dia mais.

     Falando mais especificamente sobre o jogo, há quem não ache nada demais jogá-lo. Mas a questão que trago aqui não se restringe apenas a este jogo, mas a todo tipo de distração que venha a nos dominar e pôr em risco a nossa vida. Não estou dizendo que trata-se de um jogo do demônio, como muitos estão afirmando, mas trago este alerta baseado nos prejuízos que este e muitos outros jogos e aplicativos têm trazido para as pessoas, que se esquecem até mesmo do valor de sua própria vida quando se expõem ao risco de morte por aí. As pessoas tornam-se tão dependentes do jogo, que vão até aos locais aonde o jogo "manda". Sem falar que muitos ladrões, aproveitando-se disso, têm armado emboscadas para realizar assaltos aos que vão a lugares divulgados por eles como, supostamente, "infestados" de pokémons.

     O que será desta e das futuras gerações? Serão pessoas desejosas em empenhar-se em crescer profissionalmente, e assim realizar-se e prover suas famílias? Serão bons leitores que, em consequência de suas boas leituras saberão interagir e intervir frente aos problemas reais da sociedade em que estam inseridos? Ou passarão pela vida sendo apenas zumbis humanos correndo atrás do ouro no final do arco íris virtual?

     Gosto de utilizar a internet, exploro ao máximo as ferramentas que estão ao meu dispor para o bem. Não sou alienada, gosto de lazer e sei que é necessário na vida do ser humano, mas ainda sou do tempo em que lazer só tem valor se for compartilhado com as pessoas reais, a quem amamos; as quais hoje podem estar comigo, e daqui a pouco não mais. Não sabemos até quando estarão conosco, ou até quando nós estaremos com elas. A tecnologia é boa, mas há que se usar de forma equilibrada e com bom senso. Há que se selecionar o que de fato serve e acrescenta algo positivo para a nossa vida, sem nos afastar da realidade, e das verdadeiras amizades, que estão morrendo, bem debaixo do nosso nariz, aqui fora, no mundo real. 

     Não sejamos, e nem deixemos que os nossos filhos se tornem pessoas inúteis e alienadas da realidade!  Se o uso exagerado de TV e computador por longos períodos, roubando de nós um tempo que poderia estar sendo investido para o nosso crescimento espiritual, social e intelectual já representava um grande problema, imaginemos quando por causa deste ou de quaisquer outros jogos, aplicativos, ou redes sociais, põe em risco a nossa integridade física! Caminhadas fazem um bem tremendo à nossa saúde, é verdade, mas apenas se estivermos atentos por onde estamos andando, onde estamos pisando; e não é o que acontece quando usamos celular enquanto andamos pela rua.
   
     Quando o uso indiscriminado destas ferramentas tornam-se algo incontrolável e nos domina, está caracterizado um vício, e enquanto nos entregamos a um vício deste porte estamos desperdiçando o tempo e perdendo o interesse pelo que realmente importa para o nosso crescimento como pessoa! Há tanta vida pra ser vivida aqui fora! O tempo corre, e, como diz o salmista: "Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido." (Salmos 103:15,16). Sendo assim, façamos valer os anos de vida que Deus nos dá sobre a terra! Vivamos de fato! Amemos de fato! Estejamos de fato presentes (e não apenas de corpo) quando estivermos com a nossa família à mesa para as refeições, ou na sala quando todos ao nosso redor anseiam pelo aconchego da nossa voz e do nosso abraço!  Jamais priorizemos o prazer de conquistas virtuais quando sofremos perdas reais aqui fora, a partir do momento que negligencimos as pessoas e nosso relacionamento com elas!

      E o que dizer dos cristãos que também estão viajando nessa "onda" de viver praticamente o dia inteiro conectado em jogos e redes sociais, desde o acordar, ao alimentar-se, ao andar pelas ruas, etc.?       A vida atual tem um ritmo frenético, e todos dizem a uma que não têm tempo para nada... Não têm tempo para ler bons livros, não têm tempo para ir à igreja cultuar coletivamente, não têm tempo para ler a Bíblia, a qual deveria ser o primeiro alimento buscado ao abrirmos os nossos olhos pela manhã (se é que estão fechando-os para dormir!), e muito menos para sair na evangelização. Muitos podem até protestar: "Mas o cristão não tem o direito de ter lazer?" Sim, claro que tem! Mas estes entretenimentos virtuais têm uma incrível capacidade de sugar das pessoas o seu tempo e sua vida real. Cuidado!

     Será que vale mesmo a pena viver na alienação de um vício virtual? Não percamos algo tão valioso por coisas tão banais e passageiras!

7.3.11

Ambição e cobiça: A medida do ter nunca enche.

Por que o ser humano é tão insaciável em todos os seus desejos? Por que estamos sempre insatisfeitos com o que temos e com quem somos?

Textos: "Todo trabalho do homem é para a sua boca; e, contudo, nunca se satisfaz o seu apetite." (Eclesiastes 6.7)





"Quem amar o dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade." (Eclesiastes 5:10)
 

"Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raíz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores." (I Tm 6.7-10)

Outros textos relacionados: Ec 3.12-13; Ec 5. 8-20; Pv 30. 8-9;Pv.30.15.

É incrível como o ser humano é insatisfeito consigo mesmo. Vamos até um salão e lá, o que vemos? De um lado está uma mulher cacheando seus cabelos lisos, do outro está outra alisando o seu cabelo crespo. Há pessoas que são de estatura menor e querem ser altas, e há altas que desejariam ser "baixinhas", e assim vai. Não estou falando que as pessoas não devam cuidar da sua beleza, da sua higiene, etc. mas estou falando que todos os extremos nesse sentido são perigosos; pois há pessoas que dão tudo para mudar totalmente a sua verdadeira aparência, outras, para satisfazer um padrão de beleza ditado pela mídia, adquirem anorexia e até morrem por inanição ou em mesas de cirurgia plática em nome da "busca da satisfação consigo mesmas".

E quanto ao que possuímos ou desejamos possuir, será que é diferente?

O assunto em questão abrange todas as áreas da nossa vida. Quer percebamos quer não, muitas vezes o que tem regido as nossas atitudes é o desejo insano de agradar aos outros; de parecermos com eles, de termos algo em comum com eles, com a finalidade de sermos aceitos no meio deles. Isso tudo é uma grande ilusão.
Vivemos numa época em que o mundo gira em torno do materialismo; onde as pessoas "valem" pelo que têm. Onde, no popular "quem é pobre não tem valor algum". Esta é a ditadura atual.
Este pensamento tem encontrado guarida no coração de muitas pessoas e, infelizmente, até no coração de alguns líderes cristãos, os quais deixaram de pregar o Evangelho verdadeiro de Cristo para pregar prosperidade; exatamente aquilo que agrada os ouvidos do homem pós-moderno, exatamente o "negócio da hora". Líderes com pensamento antropocêntrico quando pregam geram cristãos também antropocêntricos; pois dão destaque àqueles que ofertam mais, que dizimam mais cuja medida do ter nunca enche, onde Deus passa a ser colocado no canto da parede para satisfazer-lhes a sua ganância e ambição terrenas. Deus nos livre desse tipo de pregador!

A Palavra do Senhor nos alerta acerca da ganância. O Apóstolo Paulo fala que se tivermos o que comer e com que nos vestir, devemos estar satisfeitos e contentes. Mas na realidade será que fazemos assim?
O que vemos são pessoas que, por causa desta insatisfação crônica, passam a agir, não mais guiados pela razão, mas pela ambição e pela ganância. Não são guiadas pelo temor ao único Deus Vivo e Santo, mas pelas suas próprias paixões terrenas.
Por que será que a criminalidade tem aumentado tanto? Por que é que o tráfico de drogas tem se tornado a profissão sonhada pelos meninos das favelas? É exatamente porque eles estão contaminados por esta mesma mentalidade de que precisam "TER" para serem alguém, e o "alguém" que eles vêem “se dar bem” de maneira fácil, se vestindo com roupas de marca, rodeado de mulheres, interesseiras em sua maioria, é o chefe do tráfico. Por isso os sonhos bons de nossas crianças para o seu futuro foram roubados, mesmo sem terem experimentado entorpecentes.
Se faz necessário o resgate dos valores corretos nas mentes destas crianças, do contrário, o que será do futuro delas? Precisam saber que o valor do homem está em seu caráter e NÃO naquilo que ele possui não importando os meios pelos quais os adquiriu. 

"A corrupção permeia todos os âmbitos da nossa sociedade, e isto é fruto desta mentalidade doentia."

Como dizem os outros textos que deixei acima para serem lidos, é uma bênção para o homem ter uma ambição sadia, procurar sua melhora e de sua família de forma honesta, gozar do fruto do trabalho das suas mãos, isso é um dom de Deus; porém quando esta busca não está mais centrada no atendimento às suas necessidades primordiais e passa a ter um fundo de ambição doentia e de ganância, tudo começará a trazer-lhe más consequências. Pois jamais estará satisfeito. E o pior é que esta motivação o fará trilhar caminhos muitas vezes catastróficos, como por exemplo, o do estresse e estafa física por excesso de trabalho, ou, na pior das hipóteses, o caminho da desonestidade e da criminalidade, tudo isso para saciar o seu desejo que jamais estará completo.
Infelizmente há pessoas que por causa desta ambição exagerada têm deixado de viver, de ser feliz, pensando erroneamente que a sua felicidade está em possuir carro, casas, muito dinheiro, elas têm adiado a chegada daquele filho, que o cônjuge tanto sonha em ter em seus braços, têm adiado aqueles momentos prazerosos de lazer com a sua família, enfim, o tempo vai passando, a vida vai passando, e ao final de tudo, olharão para trás e verão que perderam o melhor dela; pois a sua ambição insana lhes roubou tudo.

Sejamos equilibrados, reorganizemos a nossa escala de valores, e a lista daqueles sonhos que realmente vale a pena correr atrás deles, sem sacrificarmos a nossa verdadeira vida.

Estejamos contentes com o necessário. Busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça (vivendo de forma justa e honesta e seguindo os preceitos divinos para o nosso viver) e as demais coisas nos serão acrescentadas. Deus sabe exatamente do que necessitamos. O que você acha de apresentar diante dele as suas petições pedindo que Ele cumpra apenas aquilo que Ele realmente considera importante para a sua felicidade e para a glória Dele? Esta seria a atitude mais sábia para tomarmos. Pense nisso!