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7.2.11

Lembrai-vos da mulher de Ló: Um exemplo a não ser seguido

"Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lucas 17. 32)

Se pedirmos que as pessoas citem os nomes de mulheres da Bíblia que mais marcaram as suas vidas, ou que são mais conhecidas, com certeza ouviremos os nomes de mulheres valorosas como Sara, Ana, Rebeca, Débora, Ester, Rute, Noemi, Maria Madalena, Maria- mãe de Jesus, Salomé, Dorcas, e de muitas outras. Mas com certeza, de pronto não lembrariam da mulher de Ló, embora neste trecho de Lucas onde fala sobre a sua vinda, Jesus mencione esta mulher e ainda, use o imperativo "lembrai-vos" da mulher de Ló.
Alguns afirmam que a ordem de louvar a Maria- mãe de Jesus-homem está explícita na Bíblia, o que não procede. Porém a ordem explícita na Bíblia, vinda da boca de Jesus filho do carpinteiro é que tivessem o cuidado de não se esquecerem do exemplo da mulher de Ló. Então alguns dizem: "Mas, para quê lembrar dela, se ela não nos deixou bom exemplo?" E é justamente esta a razão pela qual Jesus quer que nos lembremos dela, pelo seu mau exemplo; não para seguí-lo, mas para evitarmos cairmos no mesmo erro que ela caiu , pelo qual recebeu imediata recompensa.

Havia tanta corrupção em Sodoma e em Gomorra que o cálice da ira de Deus transbordou e Ele determinou a execução da sua Santa Justiça sobre aquelas cidades, permitindo, pela sua misericórdia e pela intercessão de Abraão, que Ló, suas duas filhas e a sua esposa fossem tirados dali às presas pela mão de um anjo.
Jesus compara o dia da sua vinda com a época de Noé e também com a época de Ló, pois as pessoas ouviram de Noé que Deus mandaria o dilúvio e aquelas pessoas não creram, pelo contrário, continuaram vivendo normalmente, como se não pudesse sobrevir repentinamente o cumprimento da Palavra de Deus, o que veio quando não esperavam e foram tragados todos, exceto a família de Noé. Da mesma forma, Ló avisou aos seus futuros genros da destruição de Sodoma, mas eles riram dele, e foram surpreendidos pelo cumprimento da palavra da boca de Deus juntamente com todas aquelas outras pessoas que habitavam aquelas cidades. Jesus afirma que na sua vinda será da mesma forma; as pessoas não darão crédito à mensagem de arrependimento e quando menos esperarem, o Senhor virá nas nuvens, com poder e grande glória, mais uma vez cumprindo as palavras da sua boca, as as quais Ele disse que poderiam passar os céus e a terra, mas elas não passariam, mas se cumpririam. E naquele momento não haverá para onde correr, nem dará tempo pensar em buscar coisas ou pessoas, agora a conversa será entre cada uma delas e Deus, o juízo final é inevitável.

Na nossa vida atual, não temos noção do quanto nossas atitudes irão refletir na nossa eternidade. Há um ditado popular que diz: "Aqui se faz, aqui se paga", outro ditado diz ainda: "Quem planta, colhe.", porém, vale lembrarmos que, além de já colhermos aqui consequências do pecado de Adão no Édem e também dos nossos próprios erros, ainda haverá a eternidade, que significa um tempo sem fim, no qual alguns gozarão da eterna presença do Senhor Jesus, e outros, infelizmente, sofrerão juntamente com o Diabo no fogo eterno. E para termos certeza de onde estaremos nesse tempo, precisamos ter sido salvos pelo Senhor Jesus ainda em vida; pois depois da morte, segue-se apenas o dia do Juízo final.
Na imagem abaixo podemos ver a formação geológica de sal, próximo ao Mar Morto, a qual provavelmente é a mulher de Ló.
A Bíblia (a qual é divinamente inspirada, ou seja, homens receberam o "sopro de Deus" por meio do Espírito Santo e a escreveram, não de forma mecânica, em épocas e contextos totalmente diferentes, e mantiveram harmonia entre si) traz relatos tanto dos acertos quanto dos erros dos personagens reais que compunham o seu conteúdo. Deus permitiu que fosse assim justamente para que fique bem claro para quem a lê, que Deus não escondeu de nós as falhas e pecados dos seus servos, para que pudéssemos direcionar as nossas vidas de modo agradável a Ele, fugindo do pecado e de toda a aparência do mal.
O exemplo da mulher de Ló é um destes exemplos a não serem seguidos, pois no momento em que Deus estendeu a sua mão de misericórdia para livrá-la da destruição, ela preferiu ceder ao seu próprio impulso e ficar para trás.

Vejamos qual o exemplo que temos da mulher de Ló:
  1. Não guardou (não obedeceu) ao que Deus havia ordenado (Gn 19.17)
  2. Saiu de Sodoma, mas o seu coração ainda ficou lá (Gn 19.26)
  3. Faltou-lhe Fé e Esperança (I Co 15.19)
  4. Não olhou para o objetivo (Hb 12.1-2)
  5. Não deu o devido valor à misericórdia que Deus dispensou em seu favor (Gn 19.16; Ef 2.8-9)
Infelizmente, não poucas vezes, vemos pessoas cometendo estes mesmos erros, comprometendo, assim, a sua eternidade; façamos o contrário. Obedeçamos ao Senhor; nos entreguemos por completo a Ele, sem reservas; demos a Ele a prioridade que deve ter na nossa vida; mantenhamos acesa em nós a esperança da glória, tenhamos o capacete da salvação, a mente de Cristo, firmada em serví-lo fielmente até o fim; mantenhamos os nossos olhos fitos no Senhor, pois Ele é o único caminho que leva ao céu; não desprezemos a mão de misericórdia que Deus nos estende; agarremos a chance de sermos reconciliados com Ele enquanto é tempo!

Algo não menos importante a observarmos nesta passagem é o exemplo de três pessoas que iam correndo com aquela mulher saíndo de Sodoma. Ló e suas filhas com certeza perceberam que ela havia ficado para trás, mas não hesitaram, prosseuiram olhando firmemente para a frente. Não podemos deixar passar o exemplo destas três pessoas, pois quantas vezes quando vemos outros ao nosso redor enfraquecer na caminhada cristã, somos tentados a parar também e a ficar à beira do caminho, respondendo a uma falsa e maléfica; solidariedade. Ao contrário, devemos nos firmar cada vez mais no Senhor, para que, por meio de nós, Ele venha fortalecer e encorajar a muitos a que olhem para a frente, até que Ele volte. Pois "A verdadeira solidariedade cristã não é aquela que me leva a desfalecer junto com a outra pessoa, mas é aquela onde me fortaleço em Deus para conseguir lançar uma corda e tirá-la do buraco."

Ana Chagas

11.1.11

Unção, amor, perdão e serviço

Imagine um relógio daqueles que funcionam com engrenagens, todas funcionando perfeitamente bem, cada uma delas movimentando-se no momento certo para a direção correta... Que maravilha não? Esta perfeita harmonia garante que aquele relógio não irá atrasar, nem adiantar, e muito menos parar.

Agora, imagine outro relógio, onde as suas engrenagens estão enferrujadas e desgastadas cuja ferrugem está fazendo com que elas não se movimentem de forma harmoniosa e perfeita, que desastre, não? Este segundo relógio passa a funcionar de forma irregular, atrasa, adianta, ou até mesmo pára de vez. O que fazer, então quando isto acontece? Imediatamente o seu dono o leva a um relojoeiro, o qual imediatamente o examina, descobre o problema, realiza uma limpeza, em seguida providencia o óleo e lubrifica cada peça, o que fará com que o atrito entre elas seja eliminado de maneira que passem a movimentar-se de forma harmoniosa, como em uma melodia, trazendo assim, a vida útil ao relógio, antes, parado.

Fazendo uma reflexão sobre a nossa própria vida espiritual, podemos nos comparar àquele relógio. Sim ou não? Claro que sim. Pois somos partes, “engrenagens” que formam um só corpo- o Corpo de Cristo, e precisamos nos movimentar de forma harmoniosa para que este Corpo possa “funcionar”; andar e agir, enfim, para que este corpo seja útil, direcionado pela Cabeça que é Cristo. E para que vivamos uma vida de comunhão com os nossos irmãos é necessário que tenhamos uma vida cheia da unção de Deus, do seu óleo (uma vida cheia do Espírito Santo), o qual ele providenciou para que funcionássemos perfeitamente como corpo, do qual Ele é a Cabeça.

Em meio à “ferrugem” (o ódio, as desavenças, as divisões, os partidarismos, o individualismo, as picuinhas, falta de perdão, etc.) que teima em afetar o nosso convívio com “as outras peças da engrenagem” (nossos irmãos), precisamos buscar de Deus o enchimento; devemos urgentemente clamar ao Deus-Espírito Santo para que venha nos encher constantemente, para que venha tornar aptos a viver o verdadeiro amor de Deus, o qual é o efeito do óleo sobre as “peças” (eu e você). Assim, será menos difícil conviver com nossos irmãos, e não iremos apenas tolerar, mas iremos amar a cada um deles. Precisamos ir muito além de um simples “suportar o irmão”; e esta tarefa é impossível a peças emperradas pela ferrugem do pecado, do ódio, do orgulho, da obstinação. Precisamos nos livrar da ferrugem, e só conseguiremos isso, se buscarmos ao Senhor de todo nosso coração, com todas as nossas forças e com todo nosso entendimento.

Se cada peça teimar em funcionar sozinha, cada uma por si mesma, o relógio permanecerá quebrado, portanto, inútil. Porém, quando nos colocarmos diante de Deus como vasos que estão rachados mas querem ser “moldados” consertados, pelo Oleiro, então Ele nos restaurará e nos tornará um novo relógio, pronto para a boa obra, prontos, portanto, para realizar o seu Serviço com amor, união e unidade de pensamento e visão; somente assim, o corpo se moverá avante, rumo ao propósito divino, o qual ele estabeleceu para “engrenagens ungidas” com o seu óleo.

Que Deus- o nosso “Relojoeiro por excelência” nos abençoe e escute quando clamarmos e conserte a nossa vida, para que, restaurados, estejamos aptos para toda a boa obra; pois Ele mesmo afirmou em sua Palavra: “Serei achado daqueles que me buscarem.” (Pv 8.17; Is 65.24).


5.1.11

Arrependimento e restauração: Não temas,ó, bichinho de Jacó, povozinho de Israel, eu te ajudo!

"Não temas, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel." (Isaías 41.14)

Vivemos dias em que a igreja de modo geral encontra-se apática e infrutífera, o esfriamento espiritual já predito pelo Senhor Jesus quando este se referia ao começo das dores, o começo do fim já pode ser claramente sentido no meio dela. O maior fator que contribui para este esfriamento, não diferente do fator que afetou também o povo de Israel, é o pecado, e não há como negar esta verdade. Muitos, infelizmente têm se apoiado no fato de que Deus é amor, e de que sempre perdoa para apoiar os seus próprios erros e desejos de pecar, e suas frequentes "quedas" (não que exista super crentes que não pecam; mas devemos viver em temor e sabermos que com Deus não se brinca). Ele nos chamou para sermos santos, separados para o louvor da sua glória, mas temos nos desviado constantemente dos seus preceitos, deixando a vida cristã prática, quando deveríamos lutar para deixarmos de ser cristãos meramente nominais, dos quais as igrejas estão abarrotadas, infelizmente. Deus é misericórdia e amor, certo? Certo! Mas Deus também é, não em menor proporção ou em uma ordem posterior de intensidade, mas na mesma medida e ao mesmo tempo, Justiça! Ele ama a retidão, e deseja que aqueles que se chamam por seu nome, andem de modo digno de alguém que leva este nome; como um arauto que leva um decreto do Rei, selado com o seu anel real, o qual deve representá-lo diante do povo e transmitir com fidelidade a sua vontade, sem tirar nem pôr. A igreja de nossos dias tem perdido a visão do alvo, tem fixado o seu olhar em outros objetivos, como por exemplo, a ênfase na prosperidade a todo o custo (ou você prospera ou das duas uma: Ou você está em pecado ou Deus não é Deus). Muitos crentes estão vivendo e achando que são miseráveis porque não prosperam, achando que não são verdadeiros cristãos porque nem tudo sai como planejaram lá na sua empresa, ou lá no seu trabalho. Outros procuram ostentar templos monumentais, ou ainda uma roupagem patriarcal, dizendo-se superiores e dignos de honras; líderes famosos começam a se degladiarem para ver quem conquista mais investidores para as suas igrejas-empresas, que são mais instituições com fins lucrativos do que meramente igrejas. As pessoas estão muito ocupadas com o seu próprio umbigo para se preocuparem umas com as outras. Já é coisa rara encontrar igrejas que seguem o exemplo da igreja primitiva, a qual caia na graça de todo o povo, e que recebia mais e mais convertidos que buscavam juntar-se a ela para adorar simplesmente ao Messias ressurreto, e não para buscar o seu sucesso financeiro. As pessoas quase não oram mais, pouco lêem a Bíblia, mas um objetivo continua de pé: querem ter vitória! Cantam, choram, se ajoelham, outras até se descabelam, pulam, rodopiam, mas suas vidas estão vazias da presença de Deus. Pois não se vêem frutos viçosos e permanentes a partir de suas pregações, mas apenas plantas sem raíz, sem vida, exceto algumas raridades. Fomos alcançados por Deus, mas estamos vivendo para nós mesmos, não para Ele. Tudo isso são sintomas de derrota e humilhação; não porque não temos riquezas e sucesso, mas porque os nossos olhos estão fitos nessas metas; sintomas de humilhação porque estamos tão ocupados que não temos tido tempo para evangelizar; sintomas de humilhação porque estamos despercebidos quanto a uma vida de constante oração e leitura e meditação na Palavra de Deus; sintomas de humilhação porque temos sido derrotados muitas vezes pelo pecado, pela carne, pelo mundo, pelo diabo. Mas Deus nos mostra em sua Palavra, não poucas vezes, que é o maior interessado em que sejamos restaurados. O povo de Israel quase foi reduzido a nada, por causa da sua própria desobediência, mas o remanescente que restou, buscou ao Senhor, e o Senhor os ouviu, e os restaurou e os abençoou; e ainda, prometeu que estaria com eles e que os ajudaria. É importante lembrarmos de que a restauração sempre é precedida pelo arrependimento e pela busca do perdão de Deus, lemos isso na história de Israel.


Israel tinha o privilégio de ser o povo escolhido por Deus para ser santo e testemunhar do Deus único, vivo e Senhor Todo-Poderoso diante das Nações pagãs, porém, em muitos momentos da sua história podemos perceber Israel indo por outro caminho, indo após ídolos, abandonando o Senhor e afastando-se da comunhão com Ele. Observamos também o profundo amor e a fidelidade de Deus para consigo mesmo e para com a Aliança que havia firmado com Abraão, Isaque e Jacó. Especialmente no livro de Isaías, onde este é levantado como Profeta em meio a um período crítico, quando aquele povo estava totalmente corrompido mas insistia em continuar se apresentando diante do Senhor como se nada estivesse acontecendo.
Deus mostra ao seu povo que ele estava pecando e desagradando de tal forma o seu coração , que chega a compará-lo a Sodoma e Gomorra (Is 1.10)- cidades que foram totalmente extirpadas pelo fogo do juízo de Deus por causa de suas abominações (Gn 18.16-19.29). Sodoma e Gomorra, em sua época, não foram dignos de receber outra chance; e Israel não estava em situação muito diferente; Deus deixou isto bem claro através do Profeta, quando profere uma palavra de juízo para o seu povo, o qual, conhecendo ao Deus vivo, não foi fiel, não foi verdadeiramente Servo do Senhor (Isaías 1.10-17). Por causa de seu próprio pecado, Israel passou por muitas situações de humilhação diante de outras Nações, especialmente neste período, diante do Império babilônico, onde permaneceu em cativeiro durante setenta anos a fio. Porém, Deus permitiu que tais coisas sucedessem ao seu Povo para que ali ele pudesse ser tratado. Dez tribos desapareceram no ano de 722 a.C., e Judá foi quase destruída em 587 a. C., deixando apenas um resto inexpressivo, que mais tarde voltou da Babilônia para reconstruir Jerusalém. O remanescente foi aquele que permaneceu no Senhor, mesmo distante do seu lugar, sofreu, mas perseverou, o braço do Senhor os trouxe de volta a restaurar aquilo que havia ficado para trás. O amor e a misericórdia de Deus proporcionou esta bênção para o seu povo que agora estava em número bem reduzido. Israel que havia servido de "peteca" entre os Impérios rivais do oriente, agora ouvia da boca do Senhor a frase: "Não temas, ó, bichinho, ó, vermezinho de Israel; eu te ajudo!" O povo estava reduzido? Estava! Estava em aparente desvantagem diante daqueles que olhavam para ele? Com certeza! Mas aquele remanescente tinha ao seu lado o Deus Todo- Poderoso, que apesar dos erros do seu Povo, quis dar-lhe novamente a oportunidade de voltar a seu lugar e restaurá-lo para a glória Daquele que já o havia determinado. A Fidelidade de Deus a si mesmo e aos seus decretos fez com que estendesse a Israel uma segunda oportunidade.

Oh, como é maravilhoso sentirmos o amor de Deus sobre as nossas vidas! Como nós, não poucas vezes temos sido infiéis, assim como Israel e entristecido ao nosso Pai amoroso! Muitas vezes estamos vivendo em uma situação de humilhação, digo isto, não em se tratando de finanças, pois não é este o meu foco aqui, mas digo em questão espiritual mesmo. Quantas vezes estamos caídos, fracos, feridos e cheios de ódio e falta de perdão, ou temos buscado glórias humanas ao invés de buscarmos direcionar toda a glória para aquele que é digno (Deus); quantas vezes estamos cheios de orgulho e de soberba, cheios de nossa intransigência e inflexibilidade diante do agir do nosso oleiro, querendo muitas vezes, até indagar o que é isto que Ele está fazendo, quando nada somos, a não ser um caco entre outros cacos. Quando deveríamos nos dobrar e nos quebrantarmos ao seu moldar, muitas vezes estamos murmurando, pecando contra Deus e exaltando ao diabo. Nós mesmos nos colocamos nesta situação, pois Deus diz através do Profeta Jeremias: "De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados." (Lm 3.39)
Nós somos os culpados da nossa situação de miserabilidade. Às vezes, mesmo sendo cristãos, nos esquecemos de viver a Palavra de Deus e aí a fé esmaece, e as tentações encontram abrigo em nós, o assédio do pecado já não precisa ser tão forte, pois estamos mais vulneráveis e assim, cedemos mais facilmente a ele. Por isso, muitos deixam de evangelizar, deixam de testemunhar acerca de Cristo, deixam de perdoar e assim, as igrejas ficam abarrotadas de crentes nominais, doentes e infrutíferos, que não sentem sequer compaixão pelas almas que estão perecendo no mundo. E é isso que alegra o diabo. Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja, é verdade. Mas esse texto muitas vezes não tem sido bem interpretado, Jesus quis dizer: "Quando a minha igreja avançar contra o inferno, as portas dele não prevalecerão." Mas, se permanecermos enfermos não teremos força nem poder para avançar. É necesário que haja em nós um despertamento e avivamento, primeiro pessoal, e a partir deste, o mesmo acontecerá de forma geral, para que possamos agir mediante o que Deus já nos garantiu. Não somos dignos, mas aprouve a Ele nos escolher para ser o Israel de Deus, o Israel espiritual, circuncidados no coração, como disse o Apóstolo Paulo em Fp 3.3. e isto traz sobre nós a grande responsabilidade de testemunharmos dEle diante do mundo.
O Deus Todo-Poderoso é Fiel aos seus decretos, e disse a Abraão que nele seriam benditas todas as Nações, todas as famílias da terra, ele falou através dos seus profetas que iria atrair com amor eterno muitas nações, aqueles que não o conheciam, que nunca ouviram falar dele. Aleluia! Eu e você, gentios (não-judeus) fomos escolhidos pelo Senhor também, Ele quis ter misericórdia de nós, mesmo quando éramos seus inimigos, e mesmo não havendo nada de bom em nós. Ele nos tirou do lamaçal do pecado, nos lavou no sangue do Cordeiro, morto antes da fundação do mundo em nosso lugar, nos selou com o Seu Santo Espírito para a salvação, o que nos garante estarmos com Ele para sempre; bênção esta que nada e nem ninguém pode nos arrancar jamais.
Mesmo quando estamos nos sentindo um resto, um povinho tão pequeno, tão incapaz, tão impotente, Deus nos diz: "Não temas, ó, bichinho de Jacó, eu te ajudo." Ele está comigo. Ele está contigo, meu irmão! Não temas! O Deus que restaura e usa o seu povo e que venceu os midianitas com os trezentos de Gideão, é o mesmo que está conosco. Com Ele somos a maioria. O inferno não é pário para nós. Ele é astuto, é sagaz, é sutil, é atrevido, mas em Cristo somos mais que vencedores! Basta nos fortalecermos em Deus, orarmos e jejuarmos, a vitória é do povo de Deus. Não há demônio que suporte o poder de Deus na minha e na tua vida! Não podemos recuar, precisamos avançar, como Cristo ordenou. O tempo está próximo. O nosso Senhor está às portas, não devemos nos apresentar diante dEle de mãos vazias. Somos poucos e pequenos? Temos à nossa frente e ao nosso lado o Todo- Poderoso! Sozinhos realmente não faremos nada, mas em Deus faremos proezas! Ele nos faz cavalgar sobre as nossas alturas, Nele somos capazes de combater e resistir a todo o mal que se levante contra nós. Como diz esta reflexão, deixemos todo embaraço do pecado e nos acheguemos a Deus, busquemos o seu perdão e restauração, sejamos sarados pelo Senhor; e só então, estaremos novamente aptos para a obra que Ele tem a realizar através de nós. Não há outra forma de o povo cristão marchar em vitória, a não ser de joelhos em humilhação e adoração ao seu Deus e Mestre! Ele, o nosso Redentor continuará falando ao nosso ouvido em suave murmurar: "Não temas, ó, bichinho, ó, vermezinho de Israel, eu te ajudo!"

10.12.10

Doenças genéticas degenerativas na família: Como lidar com esta situação?

Olá, meus leitores e seguidores! Tenho outros Artigos para postar aqui no Conectado na Bíblia mas hoje quero falar com vocês sobre uma situação pela qual eu e a minha família passamos: O convívio com a MDJ- SCA3- Síndrome de Machado Joseph- uma Doença genética, degenerativa do Sistema Nervoso Central, que afeta toda a coordenação motora, lentamente, ou, podendo, em alguns casos, ser mais severa. Esta Síndrome é rara, e se manifesta em indivíduos que já trazem o gene defeituoso desde o nascimento, alguns podem apresentar sintomas desde a segunda infância, outros, podem manifestá-la na adolescência ou na fase adulta, até mesmo aos setenta anos, como já foram constatados casos pelos geneticistas pesquisadores da Doença.

Sobre a Síndrome:

Houve, durante muito anos, em certas localidades das ilhas dos Açores, uma enfermidade denominada pelo vulgo: Doença do Tropeção. O povo e até os médicos consideravam que esta doença devia ser devido à bebedeira ou então causada por doenças venéreas trazidas pelos tripulantes de New Bedford, Massachusetts, que andavam à caça da baleia no Atlântico Norte e deixavam a marca do seu mal nos Açores... As vítimas desta doença foram, durante muitos anos, ridicularizadas injustamente!
Em 1972 foram diagnosticados na área de Fall River os dois primeiros casos da Doença do Tropeção ou da Doença de Machado-Joseph.
O primeiro caso a ser descoberto foi o de William Machado, descendente de uma família da Bretanha na Ilha de São Miguel. O segundo foi de uma família chamada Thomas e logo a seguir apareceu outro caso no norte da Califórnia numa família chamada Joseph e daí o nome de Doença Machado-Joseph.
Em medicina há uma regra para se designar o nome de uma doença quando acabam de descobrí-la. Ou se usa o nome do médico que a descreveu há muitos anos, como por exemplo Doença de Parkinson (nome do primeiro médico inglês que descreveu esta doença). Ou então usa-se o nome do primeiro doente no qual foi detectada a nova enfermidade; como é o caso da Síndrome de Machado Joseph: a ciência médica adotou prestar homenagem aos últimos nomes dos dois doentes: Machado e Joseph.


Minha história:

Tenho alguns casos em minha família, mas vou evitar citar os nomes ou onde moram, pois preciso preservá-los, visto que esta situação não é nada fácil para aqueles que a enfrentam.


Quando compartilho com outras pessoas sobre este problema, elas ficam consternadas, pois aos olhos da medicina, até agora, ainda não há cura. E o pior desta Síndrome é que ela ataca o cerebelo, porém, a área responsável pela memória, pela lucidez, pela inteligência, enfim, esta área fica intacta, a pessoa fica totalmente lúcida, e vê o tempo passar por ela sem poder vivê-lo como gostaria, mas vive e entende o que se passa até que chegue o seu último dia neste mundo. O meu irmão mais novo se encontra num quadro bem avançado, tenho sofrido muito com isso, eu , meu esposo e nossos filhos amamos muito ele, e não tem sido fácil... Ele tem lutado para viver, pois aguarda um tratamento no qual seria cobaia, mas ele gostaria de submeter-se a esta tentativa. A questão é que as pesquisas não encontram até agora o apoio significativo por parte das autoridades competentes, até porque o governo prefere investir mais recursos para o controle de doenças que atingem a grande massa da população, e não em doenças raras ou raríssimas. Infelizmente, é esta a realidade no nosso País.
NOTA: Em 06 de Agosto de 2011 este meu irmão mais novo veio a falecer. Leia mais sobre este fato e ainda obtenha maiores informações sobre a Doença de Machado Joseph acessando o Blog que fiz especialmente sobre este assunto AQUI.


Alguns já me falaram que não teriam estrutura para suportar uma situação como esta, mas, em meio a tudo isso, eu tenho várias certezas:

1) Tenho a certeza de que o Deus a quem sirvo tem o controle de tudo em suas mãos, que, até mesmo situações inexplicáveis se tornam aceitáveis por meio da nossa fé e submissão a Ele. E é isto que tenho buscado em minha vida: submeter-me em amor e rendição ante o seu senhorio e amor eterno.

2) Tenho a certeza de que mesmo que não saibamos o por que de Deus permitir tal enfermidade em uma família por gerações (em resumo, sabemos que as doenças só entraram na vida da humanidade após a queda de Adão e Eva lá no Jardim do Édem, e não somente as doenças, mas a morte física e espiritual também).Mas, voltando, mesmo que não consigamos entender o por que disto acontecer conosco, devemos buscar de Deus o "para quê". Pois com certeza Deus tem um propósito em tudo aquilo que ele nos permite passar; com certeza sempre tiramos ricas lições em todas as adversidades pelas quais passamos, elas nos fazem amadurecer e nos achegarmos mais a Ele, e recebemos o seu consolo. Não que Ele tenha prazer em nosso sofrimento, mas, pela sua Justiça, a qual também é parte inseparável do seu caráter divino e infinito, Ele nos permite passar pelas consequências do pecado original, herdado daqueles que foram primeiro rebeldes para com Ele no Édem. Não é fácil aceitar, pois, nem todas as pessoas estão dispostas a submeter-se sem entender. Isto é para aqueles que crêem incondicionalmente. Só a verdadeira fé é capaz de suplantar tão grande dor.

3) Tenho a certeza de que o mesmo Deus que permite a dor, é o mesmo Deus que derrama do seu bálsamo nos nossos corações; não para que vivamos alienados da nossa dor ou da dor do nosso parente querido que sofre e morre aos poucos diante dos nossos olhos, mas para que sintamos a SUA Santa presença conosco nestes terríveis momentos, para que saibamos que temos alguém ao nosso lado que esteve aqui no mundo, se fez como um de nós, porém sem pecado, que sabe o que é sofrer, o que é sentir dores no corpo e na alma, pois foi zombado, humilhaco e ferido por amor de nós. Ninguém melhor do que o Deus-Filho para conhecer a nossa limitação, sendo Ele ilimitado. Esta doença é indolor, as dores que ela causa são mais emocionais que físicas. E somente em Deus encontramos forças para prosseguirmos até o dia em que Ele quiser intervir, se for da sua vontade intervir na situação.

4) Tenho a certeza de que Deus é o médico dos médicos, que o seu poder é ilimitado e infinito, que quando Ele quer agir de forma sobrenatural nada o pode impedir, nem mesmo um diagnóstico médico de que não tem mais jeito; mas sei também que Ele é Senhor, e que, segundo a sua Palavra diz :"Tudo faz como lhe apraz". Somente quando conseguimos finalmente entender a dimensão da Soberania do nosso Deus, podemos então caminhar, e, quem sabe, nos momentos mais cruciantes sentir que apenas nos arrastamos, mas com certeza, iremos prosseguir, sabendo que Ele tem a situação em suas mãos e que, com certeza, está conosco.

5) Tenho ainda a certeza de que o meu irmão, apesar de toda a dor, tem o seu coração posto em Deus, e que, mesmo que eu chegue a não vê-lo mais algum dia aqui, irei reencontrá-lo no céu de glória com o Senhor Jesus. Não é fácil falar sobre dor ou na pior hipótese, sobre perda. E, na verdade, quem está totalmente pronto para enfrentar tais situações?
Mas Deus nos garante que a nossa esperança não deve estar limitada apenas a esta breve vida terrena, mas que há algo muito além; algo eterno, é a salvação (ou, para outros, infelizmente, a condenação ao inferno), mas é a verdade bíblica. E esta esperança da glória nos sustenta nesta nossa brevíssima vida aqui.

6) E finalmente, tenho a certeza de que o motivo pelo qual Deus não curou meu irmão até agora não é a "minha incredulidade", não é por eu "estar em pecado", não é por causa de "maldições hereditárias" como alguns defendem por aí, mas é pura e simplesmente porque Ele, em sua Soberania não quis; simplesmente, e, se há um propósito por parte de Deus de curá-lo, ainda não chegou o momento que Ele determinou. Eu creio assim; pois quando Deus quer agir, ninguém, nem nada pode impedir. Ele é Senhor sobre todas as coisas. Para Ele tanto faz curar uma gripe quanto curar um câncer ou mesmo uma doença genética: Ele é Deus!

A minha oração diante de Deus é: "Senhor, se for da sua vontade, se isto fizer parte dos teus planos, impede, em nome de Jesus, que esta enfermidade venha a manifestar-se em mim, nos meus outros irmãos, sobrinhos, nos nossos filhos, e em todos os nossos descendentes até a tua volta. Contudo, seja feita a tua vontade. Te agradeço pela tua presença conosco em meio a esta realidade."

Para alguns estas palavras podem até soar incoerentes, inaceitáveis, mas quando imagino a possibilidadede que alguém pense assim, eu me lembro de um versículo onde o Apóstolo Paulo diz que a sabedoria do homem é loucura para Deus e que a Sabedoria de Deus é loucura para o homem natural.

Aproveitando o ensejo, falo aqui de pessoas que se mobilizam em favor de mais investimento em pesquisas e na busca da cura e de uma melhor qualidade de vida para quem sofre com Doenças raras.

Leia mais sobre o assunto:
Informações sobre a Síndrome de Machado Joseph
Dia 28/02/2011- Dia das Doenças raras- Pauta: "As doenças raras e a desigualdade na saúde"



20.7.10

A firmeza do cristão frente à oposição do reino das trevas

Ruínas de Jerusalém
Textos: Neemias 1. 1-10;
2. 1-11 e 4. 1- 23

Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja do Senhor (Mt 16.18b). Isto implica dizer que a Igreja do Senhor deve sempre avançar, e ainda que sempre haverá resistência por parte do reino das trevas contra o seu avanço. O inimigo de nossas almas se utilizará de todas as oportunidades que puder, para fazer com que a igreja esteja estagnada, apática, doente e improdutiva.

A narrativa de Neemias no livro que leva o seu próprio nome nos traz uma visão bem detalhada de uma batalha travada por ele e pelo seu povo, o povo de Deus; o qual tinha voltado do cativeiro babilônico e o remanescente que escapou do exílio. Um estudo minucioso desta passagem bíblica nos proporciona um melhor conhecimento e preparo para vencer batalhas no campo espiritual, assim como Neemias venceu.

Neemias estava servindo ao rei como copeiro, na Pérsia, quando recebeu notícias de Jerusalém. Ele ficou sabendo que, apesar da alegria pelo fato de Esdras ter reedificado o Templo; após tantos anos passados após o período do cativeiro, nada mais havia sido feito. Muitos judeus preferiram continuar na Babilônia, já que lá havia toda uma estrutura de centro comercial. Mas o remanescente que havia escapado do exílio e aqueles que voltaram a Jerusalém, estavam vivendo em total miséria, no meio das ruínas do que antes era Jerusalém, cujos muros agora fendidos e suas portas todas queimadas, resultado do ataque dos Caldeus quando os atacaram e os levaram ao cativeiro babilônico (II Reis 24. 18-20; 25. 1-30).

Na narração mosaica acerca da trajetória do povo de Deus, e ainda nos livros das Crônicas, lemos que o povo, e muitos dos seus reis, passavam por momentos de inconstância e de esmorecimento, nos quais murmuravam contra Deus, iam após os deuses das nações pagãs, davam muitas vezes a glória devida ao Únco Deus "com D maiúsculo" a deuses feitos pelas suas próprias mãos; e ainda colocavam a culpa de todo o seu sofrimento em Deus, quando na verdade eles mesmos eram os causadores de tudo aquilo que lhes sobrevinha. Mas, lemos também que, sempre que o povo se voltava arrependido para Deus, e clamava pelo seu perdão e pela restauração, o Senhor atendia ao seu clamor e agia em seu favor (II Cr 14. 1- 13). Na época de Neemias não foi diferente. O povo que murmurou contra Deus, durante o cativeiro foi tratado, e lá puderam enxergar que eles mesmos, segundo a Palavra que o Senhor ja havia falado, eram os culpados pelo próprio sofrimento, e arrependeu-se (Ne 1. 8-11).

Como os cristãos de hoje podem agir como Neemias e permanecer firmes diante das oposições do reino das trevas?

1- Agindo como Neemias vislumbrando as ruínas (1.3; 2.13-15)- Ao saber da triste notícia, Neemias até que poderia ter reagido com indiferença, pois ele próprio estava bem, estava muito bem acomodado no palácio, afinal ele estava confortável e de nada tinha falta. Mas Neemias vislumbrou a situação caótica do seu povo; ele vislumbrou as ruínas de Jerusalém. E diz a Palavra do Senhor que ele se entristeceu e chorou, e esteve orando e jejuando em favor do seu povo, pedindo a Deus a oportunidade de intervir naquela situação. Tomando como exemplo os habitantes da cidade de Palmares-PE, podemos observar duas atitudes nas pessoas que sabem da situação deles após a devastação causada pela enchente que houve recentemente: Alguns ouvem e ficam indiferentes "Ah, não é comigo, eu estou muito bem..." Outros, ao saber disso, estão sentindo a dor deles e se mobilizando para socorrê-los. Desta mesma maneira Neemias reagiu; ele não se conformou enquanto não pôde fazer algo para resolver aquele problema, que não era somente do seu povo, mas era o seu problema, afinal, ele também fazia parte daquele povo. Muitas vezes nós, tems sido indiferentes para com a situação da nossa própria alma. O pecado passou, causou uma devastação, deixou tudo em ruínas; os muros estão derribados, as portas estão queimadas; pecados não confessados, perdão que não foi liberado, não houve uma retratação da nossa parte para com alguém; feridas que estão abertas e infeccionadas dentro de nós. E nós simplesmente estamos indiferentes. Não conseguimos lamentar pela nossa própria situação diante de Deus; já não oramos mais, não lemos mais a sua Santa Palavra, a nossa vida de comunhão com Ele está apagada. Devemos reagir assim como Neemias, que vislumbrou a situação, que não se conformou em apenas ouvir, mas foi constrangido a intervir.

2- Agindo como Neemias evidenciando arrependimento (1. 5-10)- O povo que antes murmurara contra Deus, agora reconhecia o seu erro e clamava pela misericórdia de Deus; renovando com Ele a alinça de temer somente o Seu Santo Nome. É necessário que cada um de nós que nos consideramos cristãos cheguemo-nos a Deus com o coração quebrantado e venhamos reconhecer o nosso pecado até então não confessado; e Ele, que sonda e conhece o nosso coração, sabendo se há sinceridade, virá e nos perdoará e reafirmará a sua comunhão conosco. Em Apocalipse 3.20, o Senhor Jesus fala algo que muitos tem utilizado para evangelizar; porém, o Senhor ali se dirige ao povo que se chama pelo seu nome, que se diz cristão, e diz: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo." O Senhor fala do seu próprio povo que tem desprezado a vida de comunhão com ele. Pregando sobre este assunto na Igreja, falei que a situação do povo de Deus é como se tivesse diante de nós uma enorme mesa, um verdadeiro banquete, e nós diante dela, somente olhando e com uma mordaça na boca, sem comer nada. Assim o Senhor já nos deu toda a sorte de bênçãos espirituais, as quais estão bem diante de nós, à nossa disposição; mas nós as temos ignorado, e estamos preferindo viver uma vida cristã raquítica e infrutífera, e estamos sendo vistos pelo mundo muitas vezes como pessoas tristes, cabisbaixas, sem razão para viver, sem prazer na vida. E definitivamente não foi para vivermos dessa forma que ele nos salvou; devemos estar diante do mundo transbordando do gozo da presença dele em nós, espargindo luz para todos os lados, chamando a atenção das pessoas para nós, de tal forma que venham desejar ter também a vida abundante que temos somente em Cristo; do contrário vão estar afirmando que de maneira alguma querem passar a ser crente porque crente é triste. O banquete está diante de nós, basta apenas que tomemos posse dele, deixando todo o embaraço do pecado, voltando à Palavra e à oração; mantendo de novo uma vida de constante comunhão com o Pai Celestial.

3- Agindo como Neemias tendo disposição para edificar (2.17-18; 4.6)- Neemias se dispunha a edificar, o povo foi voluntário e logo se prontificou a edificar com ele. Falta em nós a disposição de nos esforçarmos para que o quadro seja mudado. A salvação é obra exclusiva do Espírito Santo de Deus, porém, a santificação depende também de nós. O Senhor diz: "Sêde santos porque eu sou Santo." Diz também: "Buscai a Paz e a santificação[...]" e "Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós." Se não houver em nós essa disposição, estamos fadados a continuar vivendo uma vida cristã superficial, sem experimentarmos o que é na verdade uma vida abundante, o que é viver em profunda comunhão com Deus. Estamos diante do banquete sem comermos dele.

4- Agindo como Neemias enfrentando a oposição do inimigo (4.1-3; 6-8)- A partir do momento que os inimigos (Sambalate, Tobias e Gesem) souberam que Neemias, com o aval do rei Artaxerxes, planejava reedificar os muros que estavam fendidos com a ajuda do povo, ficaram irados e passaram a planejar o mal contra eles. É evidente que nós também sofremos os levantes do reino das trevas quando decidimos servir ao Senhor piamente, com zelo e fidelidade. O inimigo não fica nada satisfeito; afinal, o seu único intuito é matar, roubar e destruir. Alguém me disse que após ter professado a sua fé em Jesus Cristo as lutas aumentaram em sua vida. Eu, sem hesitar lhe respondi: Tenho uma notícia para você, isto é bíblico, a Bíblia nos diz que todo aquele que quiser servir a Deus plenamente padecerá mais perseguições." (II Tm 3.12). Mas o Senhor Jesus nos consola dizendo que Bem-aventurados somos nós quando nos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra nós, devemos nos alegrar e exultarmos, porque grande é o nosso galardão nos céus (Mt 5. 10-12). O texto nos diz no versículo sete que quando os inimigos viram que o povo estava progredindo na construção e que as brechas do muro já estavam sendo fechadas, ficaram sobremodo irados e planejaram um ataque. Percebemos aí que no aspecto espiritual também ocorre assim. Muitas vezes, por falta de oração e vigilância, temos dado brechas em nossas vidas para que o inimigo aja, ou particularmente em nós, ou pior, atingindo todo o Corpo (a Igreja). Gosto sempre de dar este exemplo quando falo de brechas: Numa pedreira, eles trabalham explodindo rochas e basta apenas que encontrem uma pequenina fissura na pedra e ali colocam dinamite, ao acionarem a explosão, grande é o estrago caudsado. Assim mesmo é conosco; às vezes achamos que algo não é suficiente para que o inimigo venha a cirandar na nossa vida, mas nos enganamos; pois a Palavra nos diz que um abismo chama outro abismo. Por isso devemos estar atentos aos ataques sutis do inimigo; pois ele é astuto e sagaz. A Bíblia nos alerta quanto aos seus dardos inflamados (Ef 6.16); por isso a nossa vigilância deve estar redobrada, em oração e leitura da Palavra, mantendo a nossa fé inabalável, para assim fechar todas as brechas, até mesmo naquela área na nossa vida, na qual temos mais dificuldade em vencermos. Voltando ao texto de Neemias, Deus fez com que chegasse aos ouvidos de Neemias as preparações dos inimigos da Obra (4. 11-12). Assim também o Senhor, nosso Deus nos alerta quanto às ações do Diabo através do Apóstolo Pedro: "Sede sóbrios e vigiai, porque o Diabo, o vosso adversário vive em vosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." (I Pe 5.8). Fechemos as brechas, e assim dificultaremos o agir do inimigo.

5- Agindo como Neemias reagindo ao desânimo (4. 10)- Diante da grandiosidade da obra de edificação e da quantidade de escombros que tomava conta de toda a cidade, o povo já começava a desanimar. Quantas vezes não somos tentados a parar no meio do caminho. Pensamos que não vamos conseguir, que está muito difícil vencer aquela área específica na nossa vida contra a qual temo lutado todo o dia o dia todo? E muitas vezes queremos parar, queremos desistir. Mas nestes momentos devemos recordar as palavras de jesus que diz em Apocalipse: "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida." Não podemos parar de avançar. O salvo foi chamado para marchar avante, e não para recuar. O Senhor dos Exércitos está conosco, não vamos sozinhos, Ele passa no meio do fogo conosco para nos dar vitória. Levantemo-nos com ousadia do Espírito Santo para combater o bom combate até o fim, pois digno é o Cordeiro do sacrifício (como diziam os Moravianos).

6- Agindo como Neemias tomando atitudes de defesa- Ao perceber o plano do inimigo, Neemias encorajou o povo, lembrando a eles que o Senhor é quem pelejaria por eles e que deviam colocar a su confiança em Deus (4.9 e 20). Organizou uma estratégia de defesa; e todos eles, enquanto faziam a obra empunhavam armas, e todos os outros foram colocados para vigiar em lugares estratégicos, devidamente armados (4. 13; 4.17). Sabendo do perigo que o pecado nos oferece, de prejudicar a nossa comunhão com Deus, de entristecer o Seu Espírito Santo, devemos estar vigilantes, assim como se posicionou o povo que estava com Neemias. Devemos, portanto, vigiar e orar.
O Senhor Deus, sabendo das dificuldades que enfrentaríamos em relação ao pecado e aos ataques do reino das trevas contra o seu Povo, fez com que o Apóstolo Paulo escrevesse aos Efésios acerca da melhor armadura, da melhor estratégia de defesa e ataque frente às oposições do reino das trevas (Efésios 6. 10- 18): "Cingindo os lombos com a verdade; vestindo a couraça da Justiça; calçados os pés na preparação do Evangelho da Paz; o Escudo da Fé; o Capacete da Salvação e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos."

Que nós venhamos a agir como Neemias, não sendo indiferentes, mas enxergando a verdade, (aquilo que Deus vê em nós que mas não está lhe agradando e que tem deixado o nosso coração em ruínas); que sejamos cheios da unção de Deus, arrependendo-nos dos nossos pecados juntamente com o povo (às vezes precisamos pedir perdão a Deus coletivamente, como por exemplo, a famíla toda, ou a igreja toda).
Que estejamos dispostos a edificar-nos a nós mesmos e ainda àqueles que nos rodeiam; que possamos ser sábios para enfrentarmos as oposições do inimigo; vencendo o desânimo e tomando atitudes de defesa, através da oração e da Leitura da Bíblia.

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