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14.2.14

Estuda, menino!

Por Ana Chagas

 
Está aí uma verdade. Estude!
"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma." (Eclesiastes 9:10).

A Bíblia diz que "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação." (Tiago 1:17).
"Deus é quem nos dá forças pra conquistar nossos sonhos, quando sonhamos exatamente com aquilo que Ele mesmo planejou para nós!"
Mas como saber a vontade de Deus? Lendo a Sua Palavra e orando. E pedir a ele a direções segui-la; não cruzar os braços, pois Deus mesmo disse que seria com o nosso suor que teríamos o nosso sustento. Ele nos dá as ferramentas; nós, trabalhamos, com os olhos nAquele que é tudo em todos, o qual, sem Ele nada podemos fazer.

Desejemos coisas boas, concentremos nossas forças em coisas proveitosas intelectualmente, mas principalmente, que seja bênção para a nossa vida espiritual também. estudar é muito bom. os que não deram valor aos estudos ficaram para trás, e hoje lamentam sua falta de preparo para competir num mercado de trabalho cada vez mais exigente. Precisamos buscar preparo, sim. Precisamos de dinheiro pra sobreviver neste mundo; só não podemos colocar nele o nosso coração; pois o mundo passa, o homem passa; diz  Bíblia qu a nossa vida é como a erva, que nasce, e, logo que passa por ela um vento, se vai. O Apóstolo Paulo disse que aqueles que usam deste mundo, o façam como se nada daqui possuíssem. Precisamos, antes, buscar as coisas que são de cima, pois quando tudo aqui passar, deixaremos tudo o que conquistamos aqui, e viveremos para sempre com Jesus; ou para sempre sem Jesus, isso vai depender de onde estava posto o nosso coração.
E Deus, Aquele que sonda o mais íntimo do coração do homem, sabe exatamente onde está o nosso coração, e sabe também se somos diligentes ou negligentes para com as oportunidades que Ele nos dá.

7.7.13

Maior é o que está em nós! Creia!

Por Ana Chagas

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4).


Um dia alguém desejou que eu fosse tanta coisa ruim nesta vida... Jogando palavras amargas ao vento... Palavras de destruição, de derrota... Mas aquela pessoa estava sendo usada pelo inimigo de nossas almas.
Hoje entendo que, de fato, aquela era a vontade do Diabo para a minha vida; mas Deus é Aquele que nos escolhe, nos toma pela mão e nos faz Seus Filhos e nos guia pelas veredas da sua justiça, nos faz santos, pecadores justificados e mais que vencedores em Cristo Jesus que nos amou, e ainda, que nos diz a cada dia "Não temas! Eu te ajudo! Este é O Deus de amor e de mistério que eu sirvo e amo. Hoje, olho pra trás e vejo que os planos forjados pelo Diabo contra a minha vida foram frustrados, e que, dia após dia, o Senhor deixa isto bem claro para mim, me trazendo à memória o que me pode dar esperança, dia após dia: "Eis que estou convosco até a consumação dos séculos" e ainda a estrofe do hino que diz: "As ondas atendem ao meu mandar. Sossegai!" Aleluia! Deus está no meu barquinho! Não estou só! Confia nesta verdade! Tu também não estás sozinho em meio a esta tempestade! Tens contigo aquele que governa todas as coisas, e Ele te diz: Não temas, eu te ajudo!

As palavras de destruição enviadas contra a vida daqueles que são escolhidos do Senhor não prosperarão, o próprio Deus nos garante isto: "Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR." (Isaías 54.17); porque agindo Deus ninguém pode impedir (Jó 42.2). E se Ele em sua Soberania, em sua presciência, em sua misericórdia quis nos amar (1 Pedro 1.2; Efésios 2.1-10), não há Diabo que impeça as bênçãos do Senhor sobre nós (Isaías 58.14; 14.27; 43.13; Hebreus 13.6; Ester 7.6; Salmos 106.10; 61.3; 41.11).

Não enfatizo aqui de bênçãos materiais (as quais Deus dá a quem quer, tanto a justos quanto a injustos; fato que não significa salvação); falo de bênçãos espirituais nas regiões celestiais, as quais ladrão não mina, ferrugem não corrói; que são eternas, as quais já começamos a usufruir aqui, por meio da esperança desta glória, no nosso caminhar com Cristo, maravilhados diante do Ser de Deus e diante de tamanha Graça que nos alcançou: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo." (Efésios 1:3).

Portanto, priorizemos em nossas vidas as bênçãos espirituais, como Jesus nos ensina (Mt 6. 19-33; ) e as demais coisas nos serão acrescentadas, conforme o desejo de Deus.
Apenas o fato de sabermos que Ele é o nosso dono, o nosso Pai, o nosso amigo, o qual vela por nós, nos enche de alegria. O nosso coração pode assim descansar plenamente nEle, sem reservas. Pois somos seus, e ninguém poderá nos arrancar de Suas poderosas mãos (João 10.28). Por acaso há prazer maior do que termos esta certeza?
Se o inimigo em algum momento te disser que você não é digno de dirigir a tua voz em oração perante Ele, lembre-se: "Ao coração quebrantado e contrito não desprezará o Senhor." (Sl 51.17b); e ainda,lembre-se de que se o Senhor já te perdoou, estás perdoado, e não há acusação que fique de pé contra vc diante dEle: "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. " (Romanos 8.33). Se de fato vives agora não mais como aquele pecador que tinha prazer no pecado, mas sim como um pecador justificado pelo sangue de Cristo; se vives como pecador que odeia o pecado assim como Deus também o odeia; então não há porque temer; podes achegar-te confiadamente ao trono da Graça a qual te alcançou, e serás ouvido; serás socorrido em tempo oportuno.

Quem é, pois, o inimigo para intentar algum mal contra nós? Maior é o que está em nós do que o que está no mundo!
 

17.10.12

Lições que aprendemos com a vida de Jó

Ana Chagas

 "Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te  vêem." (Jó 42.5)

Quantos de nós, ao passar por tribulações já não ouviu alguém acusar: "Você só está passando por isso porque está em pecado, ou seja, em desobediência". Ou ainda: " Você ainda está assim por falta de fé."? Jó passou por situação parecida, e com muito mais intensidade do que nós, certamente. 
Geralmente as pessoas, ao lembrarem ou citarem Jó, só se referem à sua paciência, mas é necessário observar aí, não apenas as características e reações humanas, mas também algo maravilhoso que se revela neste livro: Os eternos e perfeitos atributos de Deus que se destacam em todo o decorrer da trajetória de Jó e seu desfecho. Deus reina eternamente absoluto, e em momento algum perde o controle da situação, mas exerce soberania mesmo em meio à angústia de Jó.

Gostaria de compartilhar algumas lições que podemos extrair da narrativa da vida de Jó:

1- Deus vê em Jó um homem crente, temente a Ele, reto, íntegro, se desviava do mal (Jó 1.1, 5, 8, 20-22; 2.3, 9,10). Não resta dúvidas acerca da vida íntegra que Jó buscava viver para agradar a Deus. Não falo aqui de uma busca acirrada por viver uma vida moralmente correta apenas para manter uma reputação diante dos homens e engrandecimento do nome do homem e de sua família, mas falo de um homem que buscava agradar unica e exclusivamente a Deus com a sua vida e com a vida de sua família, pois ele vivia e os criava no temor do Senhor.

2- Ao contrário do que alguns têm ensinado por aí, Deus permite sim o sofrimento do crente mesmo que ele não esteja necessariamente "em pecado" (Jó 2. 3). Estar em pecado significa estar pecando deliberadamente, consciente de que está pecando e, ainda assim, permanecendo sem arrepender-se e sem confessar seu pecado diante de Deus; o que não estava acontecendo com Jó, pelo contrário, o próprio Deus deu bom testemunho acerca de Jó: "viste meu servo Jó? Homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal." (Jó 1.8). 

(Embora todos ainda permaneçamos no corpo desta carne pecaminosa contaminada lá no Édem após a desobediência,  os salvos já não estão mais sob o domínio do pecado, pois o seu espírito já está justificado eternamente por meio da morte expiatória/vicária de Cristo, a qual alcançou tanto os que morreram na promessa quanto todos nós que seríamos acrescentados até a volta do Senhor, e isso inclui o nosso irmão Jó). 
Porém, também há casos em que, de fato, o crente passa por dificuldades por causa de seus pecados, ou seja, é a lei da semeadura: "Aquilo que o homem semear, isto também ceifará." (Gl 6.7).

3- Deus permite que o inimigo nos toque, porém, de forma limitada (Jó 1.9, 12; 2.6) Embora Deus permita que o inimigo nos toque, Ele permanece plenamente soberano, pois o inimigo de nossas almas só pode ir até onde o Senhor lhe permite. Por isso podemos lembrar aqui das palavras do Apóstolo Paulo quando diz: "Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar." (1 Co 10.13). Quando passamos por provações, por exemplo, na área das finanças, somos tentados à desonestidade, ao famoso "jeitinho brasileiro"; a tirar o dinheiro de coisas essenciais para jogar ou fazer apostas, e isso sob o falso argumento de Satanás e da própria mente humana: "todos fazem isso... Por que não eu?". 
Se estamos passando por dificuldades no relacionamento conjugal, a primeira tentação que surge é: "Lá fora tem alguém que pode me satisfazer perfeitamente, por que tenho que aguentar isso?" ou ainda surge diante de você uma pessoa enviada como um prato daqueles bem decorados, com tudo que tem direito, que só de olhar você já está pecando. É neste momento que precisamos lembrar que Jó teve muitas oportunidades de pecar contra Deus, de blasfemar, de amaldiçoar ao Senhor, de tirar sua própria vida em meio a tanta provação, dor, desprezo (Jó 1.13-22; 2.7-10); porém, Jó sabia em quem cria: "Porque eu sei que o meu redentor vive e por fim se levantará sobre a terra." (Jó 19.25) e se abrigou em Deus para não pecar contra Ele. Como eu e você podemos nos abrigar em Deus para não pecar contra Ele? Mantendo constante vida de oração e leitura de sua Santa palavra- a Bíblia e aplicando-a no nosso cotidiano.

4- Por meio da provação, Deus nos molda para a glória do seu Nome. Jó reconheceu esse fato: "Mas Ele sabe o meu caminho; se Ele me provasse, sairia eu como ouro." (Jó 23.10). Sabe qual é o tempo em que o crente se torna mais quebrantado na presença de Deus? É quando ele está na prova, sendo moldado nas mãos do oleiro, dói aqui, dói ali, mas o resultado será o engrandecimento da glória de Deus. Alguém já indagou: "Que Deus é esse que permite o sofrimento do homem para a sua glória? Não seria presunçoso e manipulador?" Eu compreendo que, se Deus deseja que vivamos para a sua glória, como o Apóstolo Pedro diz: "[...] Ele nos chamou para a sua própria glória e virtude." (1 Pe 1.3), precisamos glorificá-lo, não apenas nas situações cotidianas de momentos de calmaria, mas, principalmente, aprendermos a glorificá-lo também em meio ao sofrimento; não é que só o faremos em meio ao sofrimento, mas que, conseguiremos entender que, mesmo em meio a estes momentos, Deus continua sendo Deus, e portanto, digno de nossa adoração, e não de murmuração e revolta, como fazemos muitas vezes, desagradando ao Senhor e sendo reprovados. Queiramos ser aprovados; não clamemos para sair logo da crise, mas clamemos, primeiramente para que saiamos dela mais maduros na fé, mais sábios, mais quebrantados, mais adoradores, mais achegados ao Senhor e mais obedientes, para a glória do seu Nome, cumprindo assim o propósito para o qual fomos criados. Jó entendia que Deus permitiu porque tinha um propósito: que Jó saisse da prova como ouro. O ouro sofre até ficar puro, mas todo aquele processo é necessário.

5- A provação amplia a visão do crente acerca da Soberania de Deus e intensifica a sua vida de adoração a Ele (Jó 12; Jó 42.1-6) Foi exatamente em meio a tanta dor e sofrimento que Deus se apresentou a Jó. Diz a Palavra de Deus que Deus começa a mostrar a Jó o seu poder e sua autoridade sobre todas as coisas e que não há ninguém que o domine ou o impeça (Jó cap. 38 a 41). Jó declara a soberania de Deus exatamente em meio às provações, e não somente após sair delas (Jó 23.13-17). Ainda em meio à dor, Jó reconhece o quão pouco conhecia de Deus antes daquela fase tão difícil (Jó 42.1-6)

6- Deus derruba a Teologia da prosperidade por terra através da história de Jó (Jó 42.10)

  • Deus não estabeleceu que o mesmo desfecho que teve a história de Jó seria um padrão para o desfecho da história de todos os crentes. Temos vários exemplos de desfechos bem diferentes na vida de homens e mulheres que serviram a Deus até o fim, dando fiel testemunho da fé cristã, e que, por Fé tiveram sua vitória, que muitos dos que pregam a teologia da prosperidade hoje talvez não a considerem como vitória, pois o que Deus permitiu que tivessem no final das suas vidas pela fé foi morte ao fio de espada, perseguição, escárnios, açoites, algemas, prisões, apedrejamentos, provações, torturas, serrados ao meio, mortos a fio da espada, necessidades, aflições, maltratos (Hebreus 11.36-40-leia também todo o cap. 11). Destes homens e mulheres, diz a Bíblia: "(homens dos quais o mundo não era digno) [...] Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados." (Hb 11.39-40). (Fala da redenção que abrangerá todos os salvos de todas as épocas na glorificação plena do Senhor Jesus, na sua segunda vinda). Observemos que o autor da carta aos Hebreus deixa bem claro que aquilo de superior que Deus tem reservado para nós não se trata de nada que possamos possuir aqui, mas naquilo que temos na eternidade com Deus e que já começamos a desrutar aqui a partir do momento em que somos selados por Deus-Espírito Santo no ato da regeneração. O desfecho que aqueles crentes tiveram em suas vidas não o tiveram porque Deus teria se esquecido deles, ou porque Deus não teria podido livrá-los, ou porque aqueles irmãos estavam em pecado ou mesmo incrédulos, mas por permissão de Deus em sua soberania. Vemos aqui que a questão da prosperidade do crente tem sido distorcida pelos adeptos da Teologia da prosperidade, pois eles são capitalistas, triunfalistas e imediatistas, quando deveriam pregar a prosperidade espiritual como prioridade, e entender que a prosperidade material é secundária, e recebida de Deus se Ele quiser dar, e que, se Ele não quiser dar, continua sendo digno de adoração, e que nós não somos senhores de Deus, mas seus amigos e seus servos, submissos à sua vontade, seja ela qual for. Jó compreendia isso, por isso disse com sinceridade de coração: "Deus me deu, Deus tomou. Louvado seja o nome do Senhor." (Jó 1.21).
  • Deus é poderoso para fazer como fez com Jó lhe dando tudo em dobro na vida de quem Ele quiser, como Ele desejar, seja este crente ou não crente; pois tudo pertence ao Senhor para distribuir como quiser, assim é a graça comum; pessoas que não vivem uma vida dedicada a Deus também recebem dons e talentos, o que dizer de cantores famosos de vozes maravilhosas, de músicos talentosos, de artistas plásticos que se destacam, designers que fazem trabalhos maravilhosos, escritores e poetas maravilhosos, ou de empresários que são ótimos administradores, quando há crentes que não sabem administrar bem, ou mesmo não conseguem cantar bem, mesmo sendo crentes? Deus permite que tenham,porém estas coisas não têm em si efeito salvífico, Deus apenas lhes concedeu para que usufruíssem.
  • Deus não está limitado a determinações humanas, nem na área financeira (dando sucesso a todo mundo que ofertar a determinado ministério, e porque aquele líder religioso orou e "determinou" a sua vitória, nem na área da salvação (sendo obrigado a salvar toda a família de quem "semear" com a oferta de determinado valor previamente estipulado). Deus age soberanamente em todas as áreas da nossa vida: "No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe apraz." (Salmo 115. 3).
7- Em meio à tribulação Deus gera em nós perseverança, fé e louvor (Jó 42.1,5,6)- Lendo outros textos para corroborar com o que houve na vida de Jó, encontramos que a tribulação gera a perseverança (Rm 5.3-5); que a tribulação gera fé, glória e honra para Deus (1 Pe 1.6-7)

Louvemos a Deus mesmo em meio às tribulações e entendamos que Ele é soberano, que Ele reina eternamente, que todas as coisas estão sujeitas à sua vontade. E não nos esqueçamos que em tudo quanto Ele nos permite passar, há um propósito; que enquanto estamos sendo moldados por Ele, estamos tendo a nossa visão ampliada quanto à sua glória e temos a oportunidade de crescer mais, de amadurecermos espiritualmente.

Aprendamos com a história de Jó.



10.12.10

Doenças genéticas degenerativas na família: Como lidar com esta situação?

Olá, meus leitores e seguidores! Tenho outros Artigos para postar aqui no Conectado na Bíblia mas hoje quero falar com vocês sobre uma situação pela qual eu e a minha família passamos: O convívio com a MDJ- SCA3- Síndrome de Machado Joseph- uma Doença genética, degenerativa do Sistema Nervoso Central, que afeta toda a coordenação motora, lentamente, ou, podendo, em alguns casos, ser mais severa. Esta Síndrome é rara, e se manifesta em indivíduos que já trazem o gene defeituoso desde o nascimento, alguns podem apresentar sintomas desde a segunda infância, outros, podem manifestá-la na adolescência ou na fase adulta, até mesmo aos setenta anos, como já foram constatados casos pelos geneticistas pesquisadores da Doença.

Sobre a Síndrome:

Houve, durante muito anos, em certas localidades das ilhas dos Açores, uma enfermidade denominada pelo vulgo: Doença do Tropeção. O povo e até os médicos consideravam que esta doença devia ser devido à bebedeira ou então causada por doenças venéreas trazidas pelos tripulantes de New Bedford, Massachusetts, que andavam à caça da baleia no Atlântico Norte e deixavam a marca do seu mal nos Açores... As vítimas desta doença foram, durante muitos anos, ridicularizadas injustamente!
Em 1972 foram diagnosticados na área de Fall River os dois primeiros casos da Doença do Tropeção ou da Doença de Machado-Joseph.
O primeiro caso a ser descoberto foi o de William Machado, descendente de uma família da Bretanha na Ilha de São Miguel. O segundo foi de uma família chamada Thomas e logo a seguir apareceu outro caso no norte da Califórnia numa família chamada Joseph e daí o nome de Doença Machado-Joseph.
Em medicina há uma regra para se designar o nome de uma doença quando acabam de descobrí-la. Ou se usa o nome do médico que a descreveu há muitos anos, como por exemplo Doença de Parkinson (nome do primeiro médico inglês que descreveu esta doença). Ou então usa-se o nome do primeiro doente no qual foi detectada a nova enfermidade; como é o caso da Síndrome de Machado Joseph: a ciência médica adotou prestar homenagem aos últimos nomes dos dois doentes: Machado e Joseph.


Minha história:

Tenho alguns casos em minha família, mas vou evitar citar os nomes ou onde moram, pois preciso preservá-los, visto que esta situação não é nada fácil para aqueles que a enfrentam.


Quando compartilho com outras pessoas sobre este problema, elas ficam consternadas, pois aos olhos da medicina, até agora, ainda não há cura. E o pior desta Síndrome é que ela ataca o cerebelo, porém, a área responsável pela memória, pela lucidez, pela inteligência, enfim, esta área fica intacta, a pessoa fica totalmente lúcida, e vê o tempo passar por ela sem poder vivê-lo como gostaria, mas vive e entende o que se passa até que chegue o seu último dia neste mundo. O meu irmão mais novo se encontra num quadro bem avançado, tenho sofrido muito com isso, eu , meu esposo e nossos filhos amamos muito ele, e não tem sido fácil... Ele tem lutado para viver, pois aguarda um tratamento no qual seria cobaia, mas ele gostaria de submeter-se a esta tentativa. A questão é que as pesquisas não encontram até agora o apoio significativo por parte das autoridades competentes, até porque o governo prefere investir mais recursos para o controle de doenças que atingem a grande massa da população, e não em doenças raras ou raríssimas. Infelizmente, é esta a realidade no nosso País.
NOTA: Em 06 de Agosto de 2011 este meu irmão mais novo veio a falecer. Leia mais sobre este fato e ainda obtenha maiores informações sobre a Doença de Machado Joseph acessando o Blog que fiz especialmente sobre este assunto AQUI.


Alguns já me falaram que não teriam estrutura para suportar uma situação como esta, mas, em meio a tudo isso, eu tenho várias certezas:

1) Tenho a certeza de que o Deus a quem sirvo tem o controle de tudo em suas mãos, que, até mesmo situações inexplicáveis se tornam aceitáveis por meio da nossa fé e submissão a Ele. E é isto que tenho buscado em minha vida: submeter-me em amor e rendição ante o seu senhorio e amor eterno.

2) Tenho a certeza de que mesmo que não saibamos o por que de Deus permitir tal enfermidade em uma família por gerações (em resumo, sabemos que as doenças só entraram na vida da humanidade após a queda de Adão e Eva lá no Jardim do Édem, e não somente as doenças, mas a morte física e espiritual também).Mas, voltando, mesmo que não consigamos entender o por que disto acontecer conosco, devemos buscar de Deus o "para quê". Pois com certeza Deus tem um propósito em tudo aquilo que ele nos permite passar; com certeza sempre tiramos ricas lições em todas as adversidades pelas quais passamos, elas nos fazem amadurecer e nos achegarmos mais a Ele, e recebemos o seu consolo. Não que Ele tenha prazer em nosso sofrimento, mas, pela sua Justiça, a qual também é parte inseparável do seu caráter divino e infinito, Ele nos permite passar pelas consequências do pecado original, herdado daqueles que foram primeiro rebeldes para com Ele no Édem. Não é fácil aceitar, pois, nem todas as pessoas estão dispostas a submeter-se sem entender. Isto é para aqueles que crêem incondicionalmente. Só a verdadeira fé é capaz de suplantar tão grande dor.

3) Tenho a certeza de que o mesmo Deus que permite a dor, é o mesmo Deus que derrama do seu bálsamo nos nossos corações; não para que vivamos alienados da nossa dor ou da dor do nosso parente querido que sofre e morre aos poucos diante dos nossos olhos, mas para que sintamos a SUA Santa presença conosco nestes terríveis momentos, para que saibamos que temos alguém ao nosso lado que esteve aqui no mundo, se fez como um de nós, porém sem pecado, que sabe o que é sofrer, o que é sentir dores no corpo e na alma, pois foi zombado, humilhaco e ferido por amor de nós. Ninguém melhor do que o Deus-Filho para conhecer a nossa limitação, sendo Ele ilimitado. Esta doença é indolor, as dores que ela causa são mais emocionais que físicas. E somente em Deus encontramos forças para prosseguirmos até o dia em que Ele quiser intervir, se for da sua vontade intervir na situação.

4) Tenho a certeza de que Deus é o médico dos médicos, que o seu poder é ilimitado e infinito, que quando Ele quer agir de forma sobrenatural nada o pode impedir, nem mesmo um diagnóstico médico de que não tem mais jeito; mas sei também que Ele é Senhor, e que, segundo a sua Palavra diz :"Tudo faz como lhe apraz". Somente quando conseguimos finalmente entender a dimensão da Soberania do nosso Deus, podemos então caminhar, e, quem sabe, nos momentos mais cruciantes sentir que apenas nos arrastamos, mas com certeza, iremos prosseguir, sabendo que Ele tem a situação em suas mãos e que, com certeza, está conosco.

5) Tenho ainda a certeza de que o meu irmão, apesar de toda a dor, tem o seu coração posto em Deus, e que, mesmo que eu chegue a não vê-lo mais algum dia aqui, irei reencontrá-lo no céu de glória com o Senhor Jesus. Não é fácil falar sobre dor ou na pior hipótese, sobre perda. E, na verdade, quem está totalmente pronto para enfrentar tais situações?
Mas Deus nos garante que a nossa esperança não deve estar limitada apenas a esta breve vida terrena, mas que há algo muito além; algo eterno, é a salvação (ou, para outros, infelizmente, a condenação ao inferno), mas é a verdade bíblica. E esta esperança da glória nos sustenta nesta nossa brevíssima vida aqui.

6) E finalmente, tenho a certeza de que o motivo pelo qual Deus não curou meu irmão até agora não é a "minha incredulidade", não é por eu "estar em pecado", não é por causa de "maldições hereditárias" como alguns defendem por aí, mas é pura e simplesmente porque Ele, em sua Soberania não quis; simplesmente, e, se há um propósito por parte de Deus de curá-lo, ainda não chegou o momento que Ele determinou. Eu creio assim; pois quando Deus quer agir, ninguém, nem nada pode impedir. Ele é Senhor sobre todas as coisas. Para Ele tanto faz curar uma gripe quanto curar um câncer ou mesmo uma doença genética: Ele é Deus!

A minha oração diante de Deus é: "Senhor, se for da sua vontade, se isto fizer parte dos teus planos, impede, em nome de Jesus, que esta enfermidade venha a manifestar-se em mim, nos meus outros irmãos, sobrinhos, nos nossos filhos, e em todos os nossos descendentes até a tua volta. Contudo, seja feita a tua vontade. Te agradeço pela tua presença conosco em meio a esta realidade."

Para alguns estas palavras podem até soar incoerentes, inaceitáveis, mas quando imagino a possibilidadede que alguém pense assim, eu me lembro de um versículo onde o Apóstolo Paulo diz que a sabedoria do homem é loucura para Deus e que a Sabedoria de Deus é loucura para o homem natural.

Aproveitando o ensejo, falo aqui de pessoas que se mobilizam em favor de mais investimento em pesquisas e na busca da cura e de uma melhor qualidade de vida para quem sofre com Doenças raras.

Leia mais sobre o assunto:
Informações sobre a Síndrome de Machado Joseph
Dia 28/02/2011- Dia das Doenças raras- Pauta: "As doenças raras e a desigualdade na saúde"



8.5.10

Fé em meio à crise- compreendendo Habacuque 3.19

Habacuque diz: "Jeová, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas."
O cervo é um animal muito veloz, e tem a capacidade de manter a velocidade por longas distâncias e ainda consegue, depois disso, galgar montanhas, andando em terrenos rochosos, íngremes, enfim, ele é forte e destemido e não se deixa abater.

Habacuque fez uma linda comparação quando disse que Deus fazia os seus pés semelhantes aos das cervas. Ele entendia o quanto a dependência de Deus era importante na sua vida, ao ponto de poder passar por todas as dificuldades as quais descreve anteriormente (3. 17,18). Ele compreendia que se fosse com seus próprios pés e com a sua própria força, não conseguiria ir muito longe, poderia até desfalecer e ficar prostrado. Mas afirma que é somente Deus quem lhe fortalecerá e que lhe fará andar sobre as suas alturas. Habacuque, numa visão humana, limitada, tinha todas as razões do mundo para entrega-se, para desistir, tudo estava indo de mau a pior. Ele estava em meioa uma crise nacional, presenciando um momento muito difícil para Judá; as reformas de Josias; o tratamento violento de seus cidadãos; opressão contra o necessitado e a ruína do sistema legal. E além disso, as ameaças do Norte causava ainda mais desordem em Judá. Todo este panorama poderia ter levado Habacuque a desmaiar, desistir de caminhar; mas ele perseverou e pôde, por isso, fortalecer a outros também.

Ouvi uma mensagem ontem à noite, através do Pr. Joelson, que me fez refletir mais sobre a Fé. Realmente muitos tem tido uma noção errada em relação ao que é verdadeiramente ter fé. Quantas vezes pensamos equivocadamente que se realmente tivermos fé, sempre seremos vitoriosos e que no final, tudo sairá como desejamos? É aí que erramos. A Fé é o sentimento que nos liga a Deus de maneira incondicional;. Quem tem verdadeiramente Fé em Deus, recebe Dele a capacidade de manter-se firme, independente daquilo que lhe sobrevenha. Quem tem Fé, está disposto a ir até o fim, sem negá-la, porque não valeria a pena viver sem Deus.

Quantos exemplos temos na Bíblia de pessoas que exerceram a verdadeira Fé; estas pessoas nos mostram que ter fé em Deus, nem sempre é somente triunfar na mesma visão que o mundo entende por triunfar. Na visão secular, você triunfa quando fica rico, quando consegue um bom emprego, quando tem um casamento perfeito, quando é curado de uma doença grave, etc. Mas na visão bíblica, triunfar é, como disse Habacuque "andar sobre as suas alturas", isto é, ir além das suas condições humanas; é ser capacitado por Deus para suportar as dores, e até mesmo para prosseguir até o seu último suspiro neste mundo conseguindo adorar a Deus, incondicionalmente. Porque o verdadeiro adorador é aquele que consegue adorar, mesmo quando tudo vai de mau a pior. Um dos exemplos bíblicos de uma verdadeira Fé é Enoque (Gn 5.23,24) o qual viveu 365 anos e andou com Deus de tal maneira que este o tomou para si, e ninguém mais o viu; imagine o que é perseverar em meio às batalhas da vida e viver em Fé durante 365 anos sendo fiel ao Senhor.( quando muitas vezes não queremos aceitar nem sequer 365 dias numa luta). Outro exemplo para nós é (Jo 1.21,22; 2.10) porque teve a capacidade dada pelo próprio Deus, através da Fé, de ser adorador mesmo em meio ao caos total que se abateu sobre ele e a sua casa; Jó disse com toda a sinceridade do seu coração: "Recebi de Deus todo o bem, porque também não iremos aceitar o mau?" e ainda em meio a todas as perdas disse: "O Senhor o deu, o Senhor o tomou, bendito seja o nome do Senhor".Um outro exemplo são os três jovens Sadraque, Mesaque e Abednego (nomes babilônicos) que demonstraram a sua Fé inabalável, mesmo sob a ameaça de morte por parte do rei Nabucodonosor de lançá-los na fornalha de fogo, quando puderam dizer: "O Deus a quem servimos pode nos livrar da fornalha, mas fica sabendo, ó rei, que mesmo que ele não nos livre, não nos prostraremos diante da tua estátua." ( Dn 3.16-18).

Fé é isto, amados! É estar disposto a ir até o fim sem recuar na confiança posta em Deus e na submissão à sua Soberania. Claro que se Ele quiser nos tirar da prova, Ele tira, se Ele quiser nos fazer prosperar, Ele faz, se Ele quiser nos curar, Ele curará; mas devemos estar com a nossa Fé inabalável NELE. Vejamos o exemplo de Eliseu, um homem de Deus, grandemente usado por Ele; mas que em seus últimos dias experimentou dores até morrer, adoeceu e Deus não quis curá-lo. Mas mesmo assim, não deixou de ser um vencedor. Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo, porque até na morte quis glorificar e relembrar aquele em quem estava posta a sua Fé ; não se considerando digno de morrer na mesma posição em que Jesus havia sido crucificado. Ele glorificou a Deus em meio à sua dor, até o fim, mesmo quando para o mundo a sua vitória seria se Jesus o tivesse feito descer da cruz.. E tantos outros exemplos, como o do próprio Habacuque, que para pronunciar estas palavras do nosso texto básico, teria que estar munido de Fé; a Fé que se dispõe a sofrer o dano, as afrontas, a opressão, a humilhação, a oposição do resto do mundo, mas que está disposta a permanecer glorificando a Deus mesmo assim.

Aqueles que vivem uma vida de Fé poderão viver uma vida plena em Deus, a vida abundante que Cristo nos oferece; a qual já começa aqui (Jo 10.10). O Salmista Davi pôde afirmar: "O Senhor é o meu Pastor, e nada me faltará." Ele quis dizer que tudo poderia acontecer, mas o Pastor estaria sempre ali, bem pertinho a guiá-lo a sustentá-lo a refrigerar a sua alma em meio às adversidades. Quando exercemos Fé, podemos dizer como Paulo: "Já aprendi estar contente em qualquer circunstância [...] Tudo posso naquele que me fortalece." (Fp 4.13) porque quando Jesus nos fortalece suplantamos toda adversidade, pois andamos sobre as nossas alturas, como disse Habacuque, o qual também aformou acerca das adversidades que lhe sobrevinham: "Todavia eu me alegrarei no Senhor."(Hc 3.18) Que o Senhor nos faça compreender o que é viver em Fé mesmo em meio à crise, seja qual for a sua origem, seja na área familiar, da saúde ou das finanças.

Saibamos que temos o Deus vivo conosco que nos faz andar sobre as nossas alturas, isto é, nos faz ir muito além do que acreditávamos que poderíamos suportar. Porque se Ele está conosco, nada nos fará falta.