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16.11.21

As rugas e manchas espirituais

Por Ana Chagas


O tempo passa para todos nós.  Alguns demonstram mais o peso da idade, outros não... Mas uma coisa é certa: temos um tempo permitido por Deus para ainda estar por aqui. A questão é: o que temos feito com essa nossa breve vida? 
Alguns pensam que viver intensamente e fazer a vida valer a pena é viver uma vida louca. E é um terrível engano! Só fazemos a vida valer a pena quando a vivemos para a glória de Deus! Todo o tempo que vivi e não glorifiquei a Deus com a minha vida, foram vãos no sentido espiritual! 
E como saber como viver para a glória de Deus? É simples: No Salmo 119. 9-16 diz:

"9 - Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra. 
10 - Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos. 
11 - Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti. 
12 - Bendito sejas, Senhor! Ensina-me os teus decretos. 
13 - Com os lábios repito todas as leis que promulgaste. 
14 - Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas. 
15 - Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas. 
16 - Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra."
No versículo 9 , fazendo uma aplicação para a nossa vida, podemos substituir a palavra "jovem" pelo nosso próprio nome. Releia. 
Ou seja, a Bíblia é o espelho no qual podemos ver refletida a imagem da nossa alma é compará-la com a imagem do Deus Único (três pessoas subsistindo em uma só, que possuem mesma essência,  todavia, com funções diferentes na História da Salvação.  Poderíamos chamar de triunidade) e Santo, e temos certeza do quanto estamos aquém daquilo que Ele espera de nós!  Mas, calma! Isso não é motivo para desistirmos de orar e de lutar contra o pecado que a nossa carne tanto deseja! Pelo contrário; aí é que precisamos nos esforçar nessa busca, com todas as forças, clamando sempre pela ajuda do Espírito Santo, o qual é o nosso Ajudador! Pois O próprio Senhor está preparando a sua Noiva (nós os que cremos e fomos regenerados por Ele, selados com o Espírito Santo, para Aquele Grande Dia da Redenção)! 
Sabemos que a nossa busca pela santidade só se completará na glória com Cristo; pois ali, já não haverá a presença do pecado, e teremos um corpo glorificado, assim como é o de Cristo após a sua ressurreição.
Em suma, a vida só terá valido a pena, se de fato tivermos vivido para a glória de Deus! 
Como diz o título do Livro/Filme: "Em seus passos, o que faria Jesus?" Será que Ele tem aprovado nossas práticas? Será que Ele teria uma vida diferente do seu discurso? Será que Ele negligenciaria a necessidade de uma vida de obediência ao Pai? A resposta é Não. 
Pare de desperdiçar a sua vida. Alguns adotam frases que são reprovadas por Deus, como: "Se te faz feliz, não é pecado. Está tudo bem." ou "Se você sentir paz no seu coração,  é porque Deus aprova". E não é assim! 
A Bíblia diz em Jeremias 17.9-10:
"9 - O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo? 
10 - Eu sou o Senhor que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um de acordo com a sua conduta, de acordo com as suas obras."
Portanto, cuidado! Pois a Bíblia também afirma em 1 Coríntios 11.31-32: 
"31 - Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo. 
32 - Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo." Ou seja, não somos autorizados a darmos o veredito final acerca de nossas próprias obras, palavras, pensamentos,  ou intenções do nosso coração! Daí a necessidade de nos olharmos no espelho das Escrituras! 
Jesus quer apresentar para Si mesmo naquele Dia, uma noiva sem ruga e sem mácula/mancha! O trecho de Efésios 5. 25-27 nos mostra esta verdade:

"25 - Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si mesmo por ela 
26 para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a palavra, 
27 e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável."
 
Não importa se as rugas já aparecem nesse nosso corpo mortal; Deus olha para o nosso interior, e busca aqueles que o Adorem em espírito e em verdade! 

Vivamos para a glória de Deus! 




30.5.14

AS MÁSCARAS E O ADULTÉRIO

Por Ana Chagas


VOCÊ SABIA?
A palavra "sincero" vem do latim que quer dizer "sem cera" Os atores de teatro na Grécia Antiga usavam máscaras feitas de cera Muitas vezes, atrás de uma máscara sorridente, existia um ator muito triste.
Devemos, então, aplicar esta verdade às nossas vidas enquanto cristãos, amigos, esposos e esposas.

AS MÁSCARAS E O ADULTÉRIO
O relacionamento firme e duradouro é aquele onde não há necessidade de máscaras; mas é transparente, onde cada parte tem humildade, confiança e liberdade, não apenas para falar sobre os assuntos mais íntimos que lhe inquietam no relacionamento, ou até mesmo para confessar ao outro um pecado cometido. Sim, pois o pecado que cometemos que feriu diretamente a Deus, mas que não envolveu ninguém mais, deve ser confessado a Deus, mas aquele pecado que direta ou indiretamente envolveu o nosso cônjuge e feriu a nossa comunhão, mesmo que tenha sido pecados por pensamento, ou mesmo de maneira virtual, deve ser confessado a Deus, mas também ao cônjuge, para que haja cura, perdão e restauração.

VEJAMOS O QUE A BÍBLIA DIZ:
"A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" (Mateus 6:22,23)
""Vocês ouviram o que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração." (Mateus 5:28).
"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará." (Hebreus 13:4).
"O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia." (Provérbios 28:13);
"E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar." (Hebreus 4:13).
 

11.4.13

A Disciplina bíblica na igreja

Por Ana Chagas
 Algo que me deixa muito triste é perceber que em algumas igrejas a Dsiciplina não tem sido aplicada como deveria ser, e que isso acaba ferindo as ovelhas, ou mesmo deixando-as tão cheias de lã, sem cuidados, que acabam caindo, sem ter quem as levante, não podendo, portanto suportar a altas temperaturas, devido ao excesso de lã. A realidade da vida da ovelha que se perde das demais, parece bastante com esta situação, de fato.

Antes de prosseguirmos, é muito interessante que observemos o que é a disciplina na vida da igreja.

  • A disciplina não é vingança; mas é um remédio para alguém que precisa ser sarado; é um processo que deve estar sempre embasado na Palavra de Deus; com amor e prudência.
  • A disciplina não deve ser geradora daquele terrível sentimento de "alma lavada" naqueles que desejavam a disciplina do irmão que estava em pecado. Antes, deve gerar nos que presenciam esta aplicação, um sentimento de temor à santidade de Deus e de grande compaixão pelo seu próximo que tropeçou na caminhada;
  • Não é um castigo sem finalidade, mas um procedimento bíblico com propósito restaurador;
O crente quando disciplinado ou que esteja vivendo de forma digna de disciplina,  não pode encarar a mesma como uma "perseguição" da igreja à sua pessoa, nem mesmo como "falta de amor"; antes, ele mesmo deve compreender que a igreja do Senhor é testemunha de Cristo aqui na terra e deve ter bom testemunho diante do mundo e diante de Deus, que a todos sonda e conhece. O crente que está em pecado deve ser o primeiro a reconhecer o seu erro, e a sua necessidade de disciplina, e deve, o quanto antes, procurar o seu líder, o seu pastor. E não, procurar o pastor somente quando sabe que o assunto, guardado por tanto tempo, e com tanto zelo, virá à tona de qualquer jeito, quando não há mais o que esconder, como última alternativa. O crente arrependido aceita a disciplina, sofre o dano, justamente porque a sua prioridade é ser aperfeiçoado em santidade e pureza na presença de Deus. Infelizmente, há muitos que se tornaram tão rebeldes, a ponto de não aceitar a disciplina, nem sequer acompanhamento algum por parte de sua igreja. A estes que assim procedem só nos resta orar por eles e pedirmos ao Senhor uma oportunidade e uma palavra vinda do alto, na hora certa, para nos dirigirmos a ele. Há ainda alguns que estão numa atitude semelhante de rebeldia, porém, como reação a feridas causadas por palavras erradas ditas pelos próprios irmãos.
 

Mas, afinal, o que a Bíblia diz acerca do objetivo da Disciplina? 

A Disciplina é um dos instrumentos por meio dos quais o Espírito Santo dirige a igreja a uma vida de santidade e pureza.  Dentre estes instrumentos estão a pregação e o ensino das Escrituras Sagradas; a qual opera lavagem no coração dos ouvintes eleitos, como afirma o próprio Senhor Jesus: "Vós já estás limpos pela Palavra que vos tenho falado." (Jo 15.3). O apóstolo Paulo também nos ensina acerca desta purificação e santificação que o Senhor efetua na sua igreja por meio da Palavra: "[...] como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela Palavra." (Ef 5.25b e 26). Não apenas o ensino e a pregação são importantes na vida da igreja, mas a presença da disciplina é um sinal de que aquela igreja busca viver dentro da doutrina dos apóstolos, e que busca preservar a si mesma imaculada até a vinda do seu Senhor. 

É fato que alguns dos que são de fora consideram, embora que erroneamente, a disciplina como algo injusto e opressor por parte das igrejas que a aplicam; mas esta é uma ótica puramente humana e emocional. Precisamos entender que os preceitos de Deus para a sua igreja são bons e promovem o seu crescimento saudável e contínuo na presença dEle. Outros, mesmo não sendo cristãos, se revoltam ao perceber que tantos cristãos por aí afora andam escandalizando o evangelho e a igreja não toma uma posição disciplinar em relação a eles. E elas têm razão. Infelizmente há muitos líderes que têm se omitido em disciplinar seus membros por diversos motivos, até mesmo para não perder amizades, para não perder membros, e consequentemente, perder dízimos. É triste, mas isto é notório na igreja de forma geral. Deus coloca o líder à frente de uma igreja, ele é investido de autoridade diante da igreja, porém, na hora de disciplinar, ele se esquiva. O Senhor, com certeza cobrará destes pastores sua falta de cuidado para com as ovelhas, pois, antes de ser deles, são ovelhas do próprio Deus. Pois o pastorado não envolve somente a responsabilidade de alimentar as ovelhinhas, mas também a grande responsabilidade de fazer uso do cajado e da vara na caminhada de crescimento do seu aprisco quando necessário.

Precisamos olhar para a disciplina de forma equilibrada, olhar para ela vendo o que, de fato, ela é, ou pelo menos, o que ela deveria significar no meio da igreja. 

Vejamos o que diz a Bíblia acerca deste assunto no cap. 5 da primeira Carta de Paulo aos Coríntios em relação à Disciplina na igreja: "Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus. Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade. Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo".
A partir deste texto, vemos que, de fato, a disciplina é algo inseparável da vida da igreja. Apenas temos que ter cuidado no modo como enxergamos a disciplina, e na forma como estamos tratando os irmãos que passam por ela. Lamentavelmente tenho que mencionar quenão poucas vezes, pessoas acabam não voltando mais para a comunhão da igreja após um período,seja ele curto ou longo de disciplina. Por que será que isso acontece? Nós bem sabemos que nós mesmos, como igreja do Senhor, muitas vezes, ao invés de sermos irmãos, queremos ser o carrasco. A situação de uma pessoa que está sob disciplina é de vergonha, de arrependimento e de desejo de ser restaurado por Deus completamente; pelo menos é o sentimento esperado na vida dele/dela. E isso já não é bastante? Por que será que muitas vezes a restauração não ocorre no tempo previsto? Justamente porque, no meio do seu árduo caminho de cura, de restauração, alguns imprudentes lançaram pedras sobre ele/ela, ao invés de cordas para o/a puxar para cima, rumo à restauração na presença do Senhor. (Leia ainda: Gl 6.1; 2 Tm 3.16-17)

Qual é a função do corpo quando um membro adoece? Mesmo que via medicamentos, é produzir defesa, anticorpos para expurgar o que não está fazendo bem, nutrientes para fortalecê-lo para que ele responda positivamente ao tratamento, e assim, este membro poderá ser restabelecido. 

Não sei exatamente de quem é esta frase,mas a acho muito propícia: "O exército cristão é o único exército que deixa para trás os seus feridos." Isso é uma realidade muito séria!

Quando a disciplina eclesiástica é aplicada com o propósito de restaurar aquele que caiu, é biblicamente corretíssima. Ou seja, a disciplina bíblica é aplicada ao mesmo tempo que ocorre um acompanhamento por parte da igreja, tanto de líderes quanto dos irmãos em prol da restauração daquele que pecou, e isso deve ser feito com amor e com sabedoria de Deus. Mas quando a disciplina deixa de ser instrumento de bênção de restauração, e passa, por causa de alguns que não tem maturidade cristã, a ser uma pedra para acabar de matar o que caiu, é um verdadeiro desastre. Infelizmente, muitos tripudiam sobre aquele que caiu, ao invés de estender a mão para ser instrumento de cura e de restauração. Saibamos que o agente que opera tudo em todos é Deus, mas nós somos seus embaixadores aqui, e a nossa mensagem é "Reconciliai-vos" e não, "Afastai-vos". Infelizmente, na história da igreja muitos ficaram para trás, pararam estagnados à beira do caminho, e não houve quem o ajudasse. Quero dizer que eu creio que os eleitos de Deus também podem estar entre os que ficaram para trás, abandonados pelas suas igrejas, e que, até mesmo na hora de seu último respirar na terra, o Senhor pode tratar com eles, como? Mistério de Deus. O Deus que eu sirvo pode fazer com que um segundo se torne em horas, pois Ele está acima do tempo, fora do nosso chronos. Mas, uma coisa é certa: Deus cobrará dos pastores que não socorreram corretamente suas ovelhas, e de cada um de nós, membros de igrejas, que desprezamos os nossos irmãos e nada fizemos pela sua restauração.
A igreja sempre se renova, vão-se cinco, vêm dez, e assim por diante. Porém, os dez que chegam não podem nos fazer esquecer os cinco que ficaram para trás. E muitos tem feito assim, infelizmente.

Precisamos ter sabedoria e prudência acerca de o que falar, como falar, e quando calar. Se o que temos pra falar não for edificar. Fechemos a nossa boca. Nem sequer devemos ir à casa do nosso irmão que está passando por estas dificuldades ou que já está em processo de restauração se não tivermos em nosso coração e em nossos lábios palavras que possam edificá-lo.  Se não estivermos levando conosco unguento para suas feridas.


Que Deus nos ensine a ser cristãos melhores.

11.1.11

Unção, amor, perdão e serviço

Imagine um relógio daqueles que funcionam com engrenagens, todas funcionando perfeitamente bem, cada uma delas movimentando-se no momento certo para a direção correta... Que maravilha não? Esta perfeita harmonia garante que aquele relógio não irá atrasar, nem adiantar, e muito menos parar.

Agora, imagine outro relógio, onde as suas engrenagens estão enferrujadas e desgastadas cuja ferrugem está fazendo com que elas não se movimentem de forma harmoniosa e perfeita, que desastre, não? Este segundo relógio passa a funcionar de forma irregular, atrasa, adianta, ou até mesmo pára de vez. O que fazer, então quando isto acontece? Imediatamente o seu dono o leva a um relojoeiro, o qual imediatamente o examina, descobre o problema, realiza uma limpeza, em seguida providencia o óleo e lubrifica cada peça, o que fará com que o atrito entre elas seja eliminado de maneira que passem a movimentar-se de forma harmoniosa, como em uma melodia, trazendo assim, a vida útil ao relógio, antes, parado.

Fazendo uma reflexão sobre a nossa própria vida espiritual, podemos nos comparar àquele relógio. Sim ou não? Claro que sim. Pois somos partes, “engrenagens” que formam um só corpo- o Corpo de Cristo, e precisamos nos movimentar de forma harmoniosa para que este Corpo possa “funcionar”; andar e agir, enfim, para que este corpo seja útil, direcionado pela Cabeça que é Cristo. E para que vivamos uma vida de comunhão com os nossos irmãos é necessário que tenhamos uma vida cheia da unção de Deus, do seu óleo (uma vida cheia do Espírito Santo), o qual ele providenciou para que funcionássemos perfeitamente como corpo, do qual Ele é a Cabeça.

Em meio à “ferrugem” (o ódio, as desavenças, as divisões, os partidarismos, o individualismo, as picuinhas, falta de perdão, etc.) que teima em afetar o nosso convívio com “as outras peças da engrenagem” (nossos irmãos), precisamos buscar de Deus o enchimento; devemos urgentemente clamar ao Deus-Espírito Santo para que venha nos encher constantemente, para que venha tornar aptos a viver o verdadeiro amor de Deus, o qual é o efeito do óleo sobre as “peças” (eu e você). Assim, será menos difícil conviver com nossos irmãos, e não iremos apenas tolerar, mas iremos amar a cada um deles. Precisamos ir muito além de um simples “suportar o irmão”; e esta tarefa é impossível a peças emperradas pela ferrugem do pecado, do ódio, do orgulho, da obstinação. Precisamos nos livrar da ferrugem, e só conseguiremos isso, se buscarmos ao Senhor de todo nosso coração, com todas as nossas forças e com todo nosso entendimento.

Se cada peça teimar em funcionar sozinha, cada uma por si mesma, o relógio permanecerá quebrado, portanto, inútil. Porém, quando nos colocarmos diante de Deus como vasos que estão rachados mas querem ser “moldados” consertados, pelo Oleiro, então Ele nos restaurará e nos tornará um novo relógio, pronto para a boa obra, prontos, portanto, para realizar o seu Serviço com amor, união e unidade de pensamento e visão; somente assim, o corpo se moverá avante, rumo ao propósito divino, o qual ele estabeleceu para “engrenagens ungidas” com o seu óleo.

Que Deus- o nosso “Relojoeiro por excelência” nos abençoe e escute quando clamarmos e conserte a nossa vida, para que, restaurados, estejamos aptos para toda a boa obra; pois Ele mesmo afirmou em sua Palavra: “Serei achado daqueles que me buscarem.” (Pv 8.17; Is 65.24).


5.1.11

Arrependimento e restauração: Não temas,ó, bichinho de Jacó, povozinho de Israel, eu te ajudo!

"Não temas, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel." (Isaías 41.14)

Vivemos dias em que a igreja de modo geral encontra-se apática e infrutífera, o esfriamento espiritual já predito pelo Senhor Jesus quando este se referia ao começo das dores, o começo do fim já pode ser claramente sentido no meio dela. O maior fator que contribui para este esfriamento, não diferente do fator que afetou também o povo de Israel, é o pecado, e não há como negar esta verdade. Muitos, infelizmente têm se apoiado no fato de que Deus é amor, e de que sempre perdoa para apoiar os seus próprios erros e desejos de pecar, e suas frequentes "quedas" (não que exista super crentes que não pecam; mas devemos viver em temor e sabermos que com Deus não se brinca). Ele nos chamou para sermos santos, separados para o louvor da sua glória, mas temos nos desviado constantemente dos seus preceitos, deixando a vida cristã prática, quando deveríamos lutar para deixarmos de ser cristãos meramente nominais, dos quais as igrejas estão abarrotadas, infelizmente. Deus é misericórdia e amor, certo? Certo! Mas Deus também é, não em menor proporção ou em uma ordem posterior de intensidade, mas na mesma medida e ao mesmo tempo, Justiça! Ele ama a retidão, e deseja que aqueles que se chamam por seu nome, andem de modo digno de alguém que leva este nome; como um arauto que leva um decreto do Rei, selado com o seu anel real, o qual deve representá-lo diante do povo e transmitir com fidelidade a sua vontade, sem tirar nem pôr. A igreja de nossos dias tem perdido a visão do alvo, tem fixado o seu olhar em outros objetivos, como por exemplo, a ênfase na prosperidade a todo o custo (ou você prospera ou das duas uma: Ou você está em pecado ou Deus não é Deus). Muitos crentes estão vivendo e achando que são miseráveis porque não prosperam, achando que não são verdadeiros cristãos porque nem tudo sai como planejaram lá na sua empresa, ou lá no seu trabalho. Outros procuram ostentar templos monumentais, ou ainda uma roupagem patriarcal, dizendo-se superiores e dignos de honras; líderes famosos começam a se degladiarem para ver quem conquista mais investidores para as suas igrejas-empresas, que são mais instituições com fins lucrativos do que meramente igrejas. As pessoas estão muito ocupadas com o seu próprio umbigo para se preocuparem umas com as outras. Já é coisa rara encontrar igrejas que seguem o exemplo da igreja primitiva, a qual caia na graça de todo o povo, e que recebia mais e mais convertidos que buscavam juntar-se a ela para adorar simplesmente ao Messias ressurreto, e não para buscar o seu sucesso financeiro. As pessoas quase não oram mais, pouco lêem a Bíblia, mas um objetivo continua de pé: querem ter vitória! Cantam, choram, se ajoelham, outras até se descabelam, pulam, rodopiam, mas suas vidas estão vazias da presença de Deus. Pois não se vêem frutos viçosos e permanentes a partir de suas pregações, mas apenas plantas sem raíz, sem vida, exceto algumas raridades. Fomos alcançados por Deus, mas estamos vivendo para nós mesmos, não para Ele. Tudo isso são sintomas de derrota e humilhação; não porque não temos riquezas e sucesso, mas porque os nossos olhos estão fitos nessas metas; sintomas de humilhação porque estamos tão ocupados que não temos tido tempo para evangelizar; sintomas de humilhação porque estamos despercebidos quanto a uma vida de constante oração e leitura e meditação na Palavra de Deus; sintomas de humilhação porque temos sido derrotados muitas vezes pelo pecado, pela carne, pelo mundo, pelo diabo. Mas Deus nos mostra em sua Palavra, não poucas vezes, que é o maior interessado em que sejamos restaurados. O povo de Israel quase foi reduzido a nada, por causa da sua própria desobediência, mas o remanescente que restou, buscou ao Senhor, e o Senhor os ouviu, e os restaurou e os abençoou; e ainda, prometeu que estaria com eles e que os ajudaria. É importante lembrarmos de que a restauração sempre é precedida pelo arrependimento e pela busca do perdão de Deus, lemos isso na história de Israel.


Israel tinha o privilégio de ser o povo escolhido por Deus para ser santo e testemunhar do Deus único, vivo e Senhor Todo-Poderoso diante das Nações pagãs, porém, em muitos momentos da sua história podemos perceber Israel indo por outro caminho, indo após ídolos, abandonando o Senhor e afastando-se da comunhão com Ele. Observamos também o profundo amor e a fidelidade de Deus para consigo mesmo e para com a Aliança que havia firmado com Abraão, Isaque e Jacó. Especialmente no livro de Isaías, onde este é levantado como Profeta em meio a um período crítico, quando aquele povo estava totalmente corrompido mas insistia em continuar se apresentando diante do Senhor como se nada estivesse acontecendo.
Deus mostra ao seu povo que ele estava pecando e desagradando de tal forma o seu coração , que chega a compará-lo a Sodoma e Gomorra (Is 1.10)- cidades que foram totalmente extirpadas pelo fogo do juízo de Deus por causa de suas abominações (Gn 18.16-19.29). Sodoma e Gomorra, em sua época, não foram dignos de receber outra chance; e Israel não estava em situação muito diferente; Deus deixou isto bem claro através do Profeta, quando profere uma palavra de juízo para o seu povo, o qual, conhecendo ao Deus vivo, não foi fiel, não foi verdadeiramente Servo do Senhor (Isaías 1.10-17). Por causa de seu próprio pecado, Israel passou por muitas situações de humilhação diante de outras Nações, especialmente neste período, diante do Império babilônico, onde permaneceu em cativeiro durante setenta anos a fio. Porém, Deus permitiu que tais coisas sucedessem ao seu Povo para que ali ele pudesse ser tratado. Dez tribos desapareceram no ano de 722 a.C., e Judá foi quase destruída em 587 a. C., deixando apenas um resto inexpressivo, que mais tarde voltou da Babilônia para reconstruir Jerusalém. O remanescente foi aquele que permaneceu no Senhor, mesmo distante do seu lugar, sofreu, mas perseverou, o braço do Senhor os trouxe de volta a restaurar aquilo que havia ficado para trás. O amor e a misericórdia de Deus proporcionou esta bênção para o seu povo que agora estava em número bem reduzido. Israel que havia servido de "peteca" entre os Impérios rivais do oriente, agora ouvia da boca do Senhor a frase: "Não temas, ó, bichinho, ó, vermezinho de Israel; eu te ajudo!" O povo estava reduzido? Estava! Estava em aparente desvantagem diante daqueles que olhavam para ele? Com certeza! Mas aquele remanescente tinha ao seu lado o Deus Todo- Poderoso, que apesar dos erros do seu Povo, quis dar-lhe novamente a oportunidade de voltar a seu lugar e restaurá-lo para a glória Daquele que já o havia determinado. A Fidelidade de Deus a si mesmo e aos seus decretos fez com que estendesse a Israel uma segunda oportunidade.

Oh, como é maravilhoso sentirmos o amor de Deus sobre as nossas vidas! Como nós, não poucas vezes temos sido infiéis, assim como Israel e entristecido ao nosso Pai amoroso! Muitas vezes estamos vivendo em uma situação de humilhação, digo isto, não em se tratando de finanças, pois não é este o meu foco aqui, mas digo em questão espiritual mesmo. Quantas vezes estamos caídos, fracos, feridos e cheios de ódio e falta de perdão, ou temos buscado glórias humanas ao invés de buscarmos direcionar toda a glória para aquele que é digno (Deus); quantas vezes estamos cheios de orgulho e de soberba, cheios de nossa intransigência e inflexibilidade diante do agir do nosso oleiro, querendo muitas vezes, até indagar o que é isto que Ele está fazendo, quando nada somos, a não ser um caco entre outros cacos. Quando deveríamos nos dobrar e nos quebrantarmos ao seu moldar, muitas vezes estamos murmurando, pecando contra Deus e exaltando ao diabo. Nós mesmos nos colocamos nesta situação, pois Deus diz através do Profeta Jeremias: "De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados." (Lm 3.39)
Nós somos os culpados da nossa situação de miserabilidade. Às vezes, mesmo sendo cristãos, nos esquecemos de viver a Palavra de Deus e aí a fé esmaece, e as tentações encontram abrigo em nós, o assédio do pecado já não precisa ser tão forte, pois estamos mais vulneráveis e assim, cedemos mais facilmente a ele. Por isso, muitos deixam de evangelizar, deixam de testemunhar acerca de Cristo, deixam de perdoar e assim, as igrejas ficam abarrotadas de crentes nominais, doentes e infrutíferos, que não sentem sequer compaixão pelas almas que estão perecendo no mundo. E é isso que alegra o diabo. Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja, é verdade. Mas esse texto muitas vezes não tem sido bem interpretado, Jesus quis dizer: "Quando a minha igreja avançar contra o inferno, as portas dele não prevalecerão." Mas, se permanecermos enfermos não teremos força nem poder para avançar. É necesário que haja em nós um despertamento e avivamento, primeiro pessoal, e a partir deste, o mesmo acontecerá de forma geral, para que possamos agir mediante o que Deus já nos garantiu. Não somos dignos, mas aprouve a Ele nos escolher para ser o Israel de Deus, o Israel espiritual, circuncidados no coração, como disse o Apóstolo Paulo em Fp 3.3. e isto traz sobre nós a grande responsabilidade de testemunharmos dEle diante do mundo.
O Deus Todo-Poderoso é Fiel aos seus decretos, e disse a Abraão que nele seriam benditas todas as Nações, todas as famílias da terra, ele falou através dos seus profetas que iria atrair com amor eterno muitas nações, aqueles que não o conheciam, que nunca ouviram falar dele. Aleluia! Eu e você, gentios (não-judeus) fomos escolhidos pelo Senhor também, Ele quis ter misericórdia de nós, mesmo quando éramos seus inimigos, e mesmo não havendo nada de bom em nós. Ele nos tirou do lamaçal do pecado, nos lavou no sangue do Cordeiro, morto antes da fundação do mundo em nosso lugar, nos selou com o Seu Santo Espírito para a salvação, o que nos garante estarmos com Ele para sempre; bênção esta que nada e nem ninguém pode nos arrancar jamais.
Mesmo quando estamos nos sentindo um resto, um povinho tão pequeno, tão incapaz, tão impotente, Deus nos diz: "Não temas, ó, bichinho de Jacó, eu te ajudo." Ele está comigo. Ele está contigo, meu irmão! Não temas! O Deus que restaura e usa o seu povo e que venceu os midianitas com os trezentos de Gideão, é o mesmo que está conosco. Com Ele somos a maioria. O inferno não é pário para nós. Ele é astuto, é sagaz, é sutil, é atrevido, mas em Cristo somos mais que vencedores! Basta nos fortalecermos em Deus, orarmos e jejuarmos, a vitória é do povo de Deus. Não há demônio que suporte o poder de Deus na minha e na tua vida! Não podemos recuar, precisamos avançar, como Cristo ordenou. O tempo está próximo. O nosso Senhor está às portas, não devemos nos apresentar diante dEle de mãos vazias. Somos poucos e pequenos? Temos à nossa frente e ao nosso lado o Todo- Poderoso! Sozinhos realmente não faremos nada, mas em Deus faremos proezas! Ele nos faz cavalgar sobre as nossas alturas, Nele somos capazes de combater e resistir a todo o mal que se levante contra nós. Como diz esta reflexão, deixemos todo embaraço do pecado e nos acheguemos a Deus, busquemos o seu perdão e restauração, sejamos sarados pelo Senhor; e só então, estaremos novamente aptos para a obra que Ele tem a realizar através de nós. Não há outra forma de o povo cristão marchar em vitória, a não ser de joelhos em humilhação e adoração ao seu Deus e Mestre! Ele, o nosso Redentor continuará falando ao nosso ouvido em suave murmurar: "Não temas, ó, bichinho, ó, vermezinho de Israel, eu te ajudo!"

20.7.10

A firmeza do cristão frente à oposição do reino das trevas

Ruínas de Jerusalém
Textos: Neemias 1. 1-10;
2. 1-11 e 4. 1- 23

Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja do Senhor (Mt 16.18b). Isto implica dizer que a Igreja do Senhor deve sempre avançar, e ainda que sempre haverá resistência por parte do reino das trevas contra o seu avanço. O inimigo de nossas almas se utilizará de todas as oportunidades que puder, para fazer com que a igreja esteja estagnada, apática, doente e improdutiva.

A narrativa de Neemias no livro que leva o seu próprio nome nos traz uma visão bem detalhada de uma batalha travada por ele e pelo seu povo, o povo de Deus; o qual tinha voltado do cativeiro babilônico e o remanescente que escapou do exílio. Um estudo minucioso desta passagem bíblica nos proporciona um melhor conhecimento e preparo para vencer batalhas no campo espiritual, assim como Neemias venceu.

Neemias estava servindo ao rei como copeiro, na Pérsia, quando recebeu notícias de Jerusalém. Ele ficou sabendo que, apesar da alegria pelo fato de Esdras ter reedificado o Templo; após tantos anos passados após o período do cativeiro, nada mais havia sido feito. Muitos judeus preferiram continuar na Babilônia, já que lá havia toda uma estrutura de centro comercial. Mas o remanescente que havia escapado do exílio e aqueles que voltaram a Jerusalém, estavam vivendo em total miséria, no meio das ruínas do que antes era Jerusalém, cujos muros agora fendidos e suas portas todas queimadas, resultado do ataque dos Caldeus quando os atacaram e os levaram ao cativeiro babilônico (II Reis 24. 18-20; 25. 1-30).

Na narração mosaica acerca da trajetória do povo de Deus, e ainda nos livros das Crônicas, lemos que o povo, e muitos dos seus reis, passavam por momentos de inconstância e de esmorecimento, nos quais murmuravam contra Deus, iam após os deuses das nações pagãs, davam muitas vezes a glória devida ao Únco Deus "com D maiúsculo" a deuses feitos pelas suas próprias mãos; e ainda colocavam a culpa de todo o seu sofrimento em Deus, quando na verdade eles mesmos eram os causadores de tudo aquilo que lhes sobrevinha. Mas, lemos também que, sempre que o povo se voltava arrependido para Deus, e clamava pelo seu perdão e pela restauração, o Senhor atendia ao seu clamor e agia em seu favor (II Cr 14. 1- 13). Na época de Neemias não foi diferente. O povo que murmurou contra Deus, durante o cativeiro foi tratado, e lá puderam enxergar que eles mesmos, segundo a Palavra que o Senhor ja havia falado, eram os culpados pelo próprio sofrimento, e arrependeu-se (Ne 1. 8-11).

Como os cristãos de hoje podem agir como Neemias e permanecer firmes diante das oposições do reino das trevas?

1- Agindo como Neemias vislumbrando as ruínas (1.3; 2.13-15)- Ao saber da triste notícia, Neemias até que poderia ter reagido com indiferença, pois ele próprio estava bem, estava muito bem acomodado no palácio, afinal ele estava confortável e de nada tinha falta. Mas Neemias vislumbrou a situação caótica do seu povo; ele vislumbrou as ruínas de Jerusalém. E diz a Palavra do Senhor que ele se entristeceu e chorou, e esteve orando e jejuando em favor do seu povo, pedindo a Deus a oportunidade de intervir naquela situação. Tomando como exemplo os habitantes da cidade de Palmares-PE, podemos observar duas atitudes nas pessoas que sabem da situação deles após a devastação causada pela enchente que houve recentemente: Alguns ouvem e ficam indiferentes "Ah, não é comigo, eu estou muito bem..." Outros, ao saber disso, estão sentindo a dor deles e se mobilizando para socorrê-los. Desta mesma maneira Neemias reagiu; ele não se conformou enquanto não pôde fazer algo para resolver aquele problema, que não era somente do seu povo, mas era o seu problema, afinal, ele também fazia parte daquele povo. Muitas vezes nós, tems sido indiferentes para com a situação da nossa própria alma. O pecado passou, causou uma devastação, deixou tudo em ruínas; os muros estão derribados, as portas estão queimadas; pecados não confessados, perdão que não foi liberado, não houve uma retratação da nossa parte para com alguém; feridas que estão abertas e infeccionadas dentro de nós. E nós simplesmente estamos indiferentes. Não conseguimos lamentar pela nossa própria situação diante de Deus; já não oramos mais, não lemos mais a sua Santa Palavra, a nossa vida de comunhão com Ele está apagada. Devemos reagir assim como Neemias, que vislumbrou a situação, que não se conformou em apenas ouvir, mas foi constrangido a intervir.

2- Agindo como Neemias evidenciando arrependimento (1. 5-10)- O povo que antes murmurara contra Deus, agora reconhecia o seu erro e clamava pela misericórdia de Deus; renovando com Ele a alinça de temer somente o Seu Santo Nome. É necessário que cada um de nós que nos consideramos cristãos cheguemo-nos a Deus com o coração quebrantado e venhamos reconhecer o nosso pecado até então não confessado; e Ele, que sonda e conhece o nosso coração, sabendo se há sinceridade, virá e nos perdoará e reafirmará a sua comunhão conosco. Em Apocalipse 3.20, o Senhor Jesus fala algo que muitos tem utilizado para evangelizar; porém, o Senhor ali se dirige ao povo que se chama pelo seu nome, que se diz cristão, e diz: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo." O Senhor fala do seu próprio povo que tem desprezado a vida de comunhão com ele. Pregando sobre este assunto na Igreja, falei que a situação do povo de Deus é como se tivesse diante de nós uma enorme mesa, um verdadeiro banquete, e nós diante dela, somente olhando e com uma mordaça na boca, sem comer nada. Assim o Senhor já nos deu toda a sorte de bênçãos espirituais, as quais estão bem diante de nós, à nossa disposição; mas nós as temos ignorado, e estamos preferindo viver uma vida cristã raquítica e infrutífera, e estamos sendo vistos pelo mundo muitas vezes como pessoas tristes, cabisbaixas, sem razão para viver, sem prazer na vida. E definitivamente não foi para vivermos dessa forma que ele nos salvou; devemos estar diante do mundo transbordando do gozo da presença dele em nós, espargindo luz para todos os lados, chamando a atenção das pessoas para nós, de tal forma que venham desejar ter também a vida abundante que temos somente em Cristo; do contrário vão estar afirmando que de maneira alguma querem passar a ser crente porque crente é triste. O banquete está diante de nós, basta apenas que tomemos posse dele, deixando todo o embaraço do pecado, voltando à Palavra e à oração; mantendo de novo uma vida de constante comunhão com o Pai Celestial.

3- Agindo como Neemias tendo disposição para edificar (2.17-18; 4.6)- Neemias se dispunha a edificar, o povo foi voluntário e logo se prontificou a edificar com ele. Falta em nós a disposição de nos esforçarmos para que o quadro seja mudado. A salvação é obra exclusiva do Espírito Santo de Deus, porém, a santificação depende também de nós. O Senhor diz: "Sêde santos porque eu sou Santo." Diz também: "Buscai a Paz e a santificação[...]" e "Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós." Se não houver em nós essa disposição, estamos fadados a continuar vivendo uma vida cristã superficial, sem experimentarmos o que é na verdade uma vida abundante, o que é viver em profunda comunhão com Deus. Estamos diante do banquete sem comermos dele.

4- Agindo como Neemias enfrentando a oposição do inimigo (4.1-3; 6-8)- A partir do momento que os inimigos (Sambalate, Tobias e Gesem) souberam que Neemias, com o aval do rei Artaxerxes, planejava reedificar os muros que estavam fendidos com a ajuda do povo, ficaram irados e passaram a planejar o mal contra eles. É evidente que nós também sofremos os levantes do reino das trevas quando decidimos servir ao Senhor piamente, com zelo e fidelidade. O inimigo não fica nada satisfeito; afinal, o seu único intuito é matar, roubar e destruir. Alguém me disse que após ter professado a sua fé em Jesus Cristo as lutas aumentaram em sua vida. Eu, sem hesitar lhe respondi: Tenho uma notícia para você, isto é bíblico, a Bíblia nos diz que todo aquele que quiser servir a Deus plenamente padecerá mais perseguições." (II Tm 3.12). Mas o Senhor Jesus nos consola dizendo que Bem-aventurados somos nós quando nos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra nós, devemos nos alegrar e exultarmos, porque grande é o nosso galardão nos céus (Mt 5. 10-12). O texto nos diz no versículo sete que quando os inimigos viram que o povo estava progredindo na construção e que as brechas do muro já estavam sendo fechadas, ficaram sobremodo irados e planejaram um ataque. Percebemos aí que no aspecto espiritual também ocorre assim. Muitas vezes, por falta de oração e vigilância, temos dado brechas em nossas vidas para que o inimigo aja, ou particularmente em nós, ou pior, atingindo todo o Corpo (a Igreja). Gosto sempre de dar este exemplo quando falo de brechas: Numa pedreira, eles trabalham explodindo rochas e basta apenas que encontrem uma pequenina fissura na pedra e ali colocam dinamite, ao acionarem a explosão, grande é o estrago caudsado. Assim mesmo é conosco; às vezes achamos que algo não é suficiente para que o inimigo venha a cirandar na nossa vida, mas nos enganamos; pois a Palavra nos diz que um abismo chama outro abismo. Por isso devemos estar atentos aos ataques sutis do inimigo; pois ele é astuto e sagaz. A Bíblia nos alerta quanto aos seus dardos inflamados (Ef 6.16); por isso a nossa vigilância deve estar redobrada, em oração e leitura da Palavra, mantendo a nossa fé inabalável, para assim fechar todas as brechas, até mesmo naquela área na nossa vida, na qual temos mais dificuldade em vencermos. Voltando ao texto de Neemias, Deus fez com que chegasse aos ouvidos de Neemias as preparações dos inimigos da Obra (4. 11-12). Assim também o Senhor, nosso Deus nos alerta quanto às ações do Diabo através do Apóstolo Pedro: "Sede sóbrios e vigiai, porque o Diabo, o vosso adversário vive em vosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." (I Pe 5.8). Fechemos as brechas, e assim dificultaremos o agir do inimigo.

5- Agindo como Neemias reagindo ao desânimo (4. 10)- Diante da grandiosidade da obra de edificação e da quantidade de escombros que tomava conta de toda a cidade, o povo já começava a desanimar. Quantas vezes não somos tentados a parar no meio do caminho. Pensamos que não vamos conseguir, que está muito difícil vencer aquela área específica na nossa vida contra a qual temo lutado todo o dia o dia todo? E muitas vezes queremos parar, queremos desistir. Mas nestes momentos devemos recordar as palavras de jesus que diz em Apocalipse: "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida." Não podemos parar de avançar. O salvo foi chamado para marchar avante, e não para recuar. O Senhor dos Exércitos está conosco, não vamos sozinhos, Ele passa no meio do fogo conosco para nos dar vitória. Levantemo-nos com ousadia do Espírito Santo para combater o bom combate até o fim, pois digno é o Cordeiro do sacrifício (como diziam os Moravianos).

6- Agindo como Neemias tomando atitudes de defesa- Ao perceber o plano do inimigo, Neemias encorajou o povo, lembrando a eles que o Senhor é quem pelejaria por eles e que deviam colocar a su confiança em Deus (4.9 e 20). Organizou uma estratégia de defesa; e todos eles, enquanto faziam a obra empunhavam armas, e todos os outros foram colocados para vigiar em lugares estratégicos, devidamente armados (4. 13; 4.17). Sabendo do perigo que o pecado nos oferece, de prejudicar a nossa comunhão com Deus, de entristecer o Seu Espírito Santo, devemos estar vigilantes, assim como se posicionou o povo que estava com Neemias. Devemos, portanto, vigiar e orar.
O Senhor Deus, sabendo das dificuldades que enfrentaríamos em relação ao pecado e aos ataques do reino das trevas contra o seu Povo, fez com que o Apóstolo Paulo escrevesse aos Efésios acerca da melhor armadura, da melhor estratégia de defesa e ataque frente às oposições do reino das trevas (Efésios 6. 10- 18): "Cingindo os lombos com a verdade; vestindo a couraça da Justiça; calçados os pés na preparação do Evangelho da Paz; o Escudo da Fé; o Capacete da Salvação e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos."

Que nós venhamos a agir como Neemias, não sendo indiferentes, mas enxergando a verdade, (aquilo que Deus vê em nós que mas não está lhe agradando e que tem deixado o nosso coração em ruínas); que sejamos cheios da unção de Deus, arrependendo-nos dos nossos pecados juntamente com o povo (às vezes precisamos pedir perdão a Deus coletivamente, como por exemplo, a famíla toda, ou a igreja toda).
Que estejamos dispostos a edificar-nos a nós mesmos e ainda àqueles que nos rodeiam; que possamos ser sábios para enfrentarmos as oposições do inimigo; vencendo o desânimo e tomando atitudes de defesa, através da oração e da Leitura da Bíblia.

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5.7.09

Você precisa ir ao Médico JESUS


Disse Jesus: "Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes." (Mt 9.12b)

Conheço pessoas que jamais vão ao médico porque tem medo; outras, porque tem preguiça, outras, porque acham desnecessário, embora tenham alguns problemas de saúde; outras, acham que estão tão bem, que jamais necessitarão de médico algum.
O problema é que estas pessoas que pensam não precisar de médico, são, justamente, aquelas que mais são surpreendidas por doenças silenciosas, que se desenvolvem tão sutilmente, que quando vem o seu golpe, nem sempre há tempo de escapar, pois geralmente, quando se descobre é tarde demais; ou ainda; quando se trata de um infarto, muitas vezes é fuminante, quando não deixa sequelas para o resto das suas vidas.

Na nossa vida espiritual também acontece coisa semelhante. Muitos tem medo de ouvir falar sobre a vida eterna, que poderá ser no céu ou no inferno; não havendo outra opção; e por isso, preferem afastar-se do assunto e de pessoas que falem sobre ele. Porém,eles não atentaram para algo muito importante:O FATO DE CRERMOS OU NÃO QUE JESUS VIRÁ JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS, NÃO NOS ISENTA DO GRANDE JUÍZO QUE ESTÁ PRÓXIMO. NÃO ADIANTA, TODOS COMPARECEREMOS ANTE O TRIBUNAL DE CRISTO (II Co 5.10).

Muitos sabem que precisam de um algo mais na sua vida, sentem um tremendo vazio dentro de seus corações; mas não se rendem à verdade de que só Cristo é o remédio para este vazio; só Ele é tão grande que está no mundo inteiro e tão pequeno que cabe nos seus corações. Há aqueles que se consideram auto-suficientes a ponto de afirmar que não teem necessidade alguma do Senhor Jesus; apoiando-se, muitas vezes naquilo que possuem (dinheiro), naquilo que são (status social, fama); naquilo que podem fazer para curtir a vida (falsa liberdade; gerada a partir da morte espiritual do homem lá no Jardim do Édem; que o leva à prostituição, às drogas legais e ilegais, à marginalidade, à morte física e, finalmente ao inferno). (Mt16.26.a).
Tenho uma má notícia:

Essa sensação de que está tudo bem e de que não haverá necessidade de seguir a Cristo é uma grande ilusão.
Todos nós carecemos de Deus e da sua glória, (Rom 3.23)

Mas também tenho uma boa notícia:

Jesus disse que veio para os enfermos, não para os sãos; mas para aqueles que reconhecem que estão doentes espiritualmente; que reconhecem a sua necessidade de serem curados pelo Senhor.
Não há pecadores tão vis que JESUS não possa perdoar; não há pecado tão grande que Ele não possa tornar mais alvo do que a neve através do Seu precioso sangue. Que Deus, portanto, meu amado, abençoe a tua vida ricamente e cure as tuas feridas espirituais, e realize a obra da salvação na tua vida.
Quando Ele regenerar a tua vida, então nascerás de novo, terás fé e reconhecerás a grande necessidade que tens de voltar-se a Deus. E nascer de novo só é possível em Cristo Jesus.
O consultório do Médico dos médicos funciona 24 horas por dia. E este sim, pode efetuar na tua vida uma cura que não se limita ao âmbito natural, mas também ao âmbito espiritual, onde nenhum ser humano é capaz de penetrar.

Que Deus abençoe a tua vida!