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7.7.13

Maior é o que está em nós! Creia!

Por Ana Chagas

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em nós do que aquele que está no mundo" (1 João 4.4).


Um dia alguém desejou que eu fosse tanta coisa ruim nesta vida... Jogando palavras amargas ao vento... Palavras de destruição, de derrota... Mas aquela pessoa estava sendo usada pelo inimigo de nossas almas.
Hoje entendo que, de fato, aquela era a vontade do Diabo para a minha vida; mas Deus é Aquele que nos escolhe, nos toma pela mão e nos faz Seus Filhos e nos guia pelas veredas da sua justiça, nos faz santos, pecadores justificados e mais que vencedores em Cristo Jesus que nos amou, e ainda, que nos diz a cada dia "Não temas! Eu te ajudo! Este é O Deus de amor e de mistério que eu sirvo e amo. Hoje, olho pra trás e vejo que os planos forjados pelo Diabo contra a minha vida foram frustrados, e que, dia após dia, o Senhor deixa isto bem claro para mim, me trazendo à memória o que me pode dar esperança, dia após dia: "Eis que estou convosco até a consumação dos séculos" e ainda a estrofe do hino que diz: "As ondas atendem ao meu mandar. Sossegai!" Aleluia! Deus está no meu barquinho! Não estou só! Confia nesta verdade! Tu também não estás sozinho em meio a esta tempestade! Tens contigo aquele que governa todas as coisas, e Ele te diz: Não temas, eu te ajudo!

As palavras de destruição enviadas contra a vida daqueles que são escolhidos do Senhor não prosperarão, o próprio Deus nos garante isto: "Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR." (Isaías 54.17); porque agindo Deus ninguém pode impedir (Jó 42.2). E se Ele em sua Soberania, em sua presciência, em sua misericórdia quis nos amar (1 Pedro 1.2; Efésios 2.1-10), não há Diabo que impeça as bênçãos do Senhor sobre nós (Isaías 58.14; 14.27; 43.13; Hebreus 13.6; Ester 7.6; Salmos 106.10; 61.3; 41.11).

Não enfatizo aqui de bênçãos materiais (as quais Deus dá a quem quer, tanto a justos quanto a injustos; fato que não significa salvação); falo de bênçãos espirituais nas regiões celestiais, as quais ladrão não mina, ferrugem não corrói; que são eternas, as quais já começamos a usufruir aqui, por meio da esperança desta glória, no nosso caminhar com Cristo, maravilhados diante do Ser de Deus e diante de tamanha Graça que nos alcançou: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo." (Efésios 1:3).

Portanto, priorizemos em nossas vidas as bênçãos espirituais, como Jesus nos ensina (Mt 6. 19-33; ) e as demais coisas nos serão acrescentadas, conforme o desejo de Deus.
Apenas o fato de sabermos que Ele é o nosso dono, o nosso Pai, o nosso amigo, o qual vela por nós, nos enche de alegria. O nosso coração pode assim descansar plenamente nEle, sem reservas. Pois somos seus, e ninguém poderá nos arrancar de Suas poderosas mãos (João 10.28). Por acaso há prazer maior do que termos esta certeza?
Se o inimigo em algum momento te disser que você não é digno de dirigir a tua voz em oração perante Ele, lembre-se: "Ao coração quebrantado e contrito não desprezará o Senhor." (Sl 51.17b); e ainda,lembre-se de que se o Senhor já te perdoou, estás perdoado, e não há acusação que fique de pé contra vc diante dEle: "Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. " (Romanos 8.33). Se de fato vives agora não mais como aquele pecador que tinha prazer no pecado, mas sim como um pecador justificado pelo sangue de Cristo; se vives como pecador que odeia o pecado assim como Deus também o odeia; então não há porque temer; podes achegar-te confiadamente ao trono da Graça a qual te alcançou, e serás ouvido; serás socorrido em tempo oportuno.

Quem é, pois, o inimigo para intentar algum mal contra nós? Maior é o que está em nós do que o que está no mundo!
 

7.2.11

Lembrai-vos da mulher de Ló: Um exemplo a não ser seguido

"Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lucas 17. 32)

Se pedirmos que as pessoas citem os nomes de mulheres da Bíblia que mais marcaram as suas vidas, ou que são mais conhecidas, com certeza ouviremos os nomes de mulheres valorosas como Sara, Ana, Rebeca, Débora, Ester, Rute, Noemi, Maria Madalena, Maria- mãe de Jesus, Salomé, Dorcas, e de muitas outras. Mas com certeza, de pronto não lembrariam da mulher de Ló, embora neste trecho de Lucas onde fala sobre a sua vinda, Jesus mencione esta mulher e ainda, use o imperativo "lembrai-vos" da mulher de Ló.
Alguns afirmam que a ordem de louvar a Maria- mãe de Jesus-homem está explícita na Bíblia, o que não procede. Porém a ordem explícita na Bíblia, vinda da boca de Jesus filho do carpinteiro é que tivessem o cuidado de não se esquecerem do exemplo da mulher de Ló. Então alguns dizem: "Mas, para quê lembrar dela, se ela não nos deixou bom exemplo?" E é justamente esta a razão pela qual Jesus quer que nos lembremos dela, pelo seu mau exemplo; não para seguí-lo, mas para evitarmos cairmos no mesmo erro que ela caiu , pelo qual recebeu imediata recompensa.

Havia tanta corrupção em Sodoma e em Gomorra que o cálice da ira de Deus transbordou e Ele determinou a execução da sua Santa Justiça sobre aquelas cidades, permitindo, pela sua misericórdia e pela intercessão de Abraão, que Ló, suas duas filhas e a sua esposa fossem tirados dali às presas pela mão de um anjo.
Jesus compara o dia da sua vinda com a época de Noé e também com a época de Ló, pois as pessoas ouviram de Noé que Deus mandaria o dilúvio e aquelas pessoas não creram, pelo contrário, continuaram vivendo normalmente, como se não pudesse sobrevir repentinamente o cumprimento da Palavra de Deus, o que veio quando não esperavam e foram tragados todos, exceto a família de Noé. Da mesma forma, Ló avisou aos seus futuros genros da destruição de Sodoma, mas eles riram dele, e foram surpreendidos pelo cumprimento da palavra da boca de Deus juntamente com todas aquelas outras pessoas que habitavam aquelas cidades. Jesus afirma que na sua vinda será da mesma forma; as pessoas não darão crédito à mensagem de arrependimento e quando menos esperarem, o Senhor virá nas nuvens, com poder e grande glória, mais uma vez cumprindo as palavras da sua boca, as as quais Ele disse que poderiam passar os céus e a terra, mas elas não passariam, mas se cumpririam. E naquele momento não haverá para onde correr, nem dará tempo pensar em buscar coisas ou pessoas, agora a conversa será entre cada uma delas e Deus, o juízo final é inevitável.

Na nossa vida atual, não temos noção do quanto nossas atitudes irão refletir na nossa eternidade. Há um ditado popular que diz: "Aqui se faz, aqui se paga", outro ditado diz ainda: "Quem planta, colhe.", porém, vale lembrarmos que, além de já colhermos aqui consequências do pecado de Adão no Édem e também dos nossos próprios erros, ainda haverá a eternidade, que significa um tempo sem fim, no qual alguns gozarão da eterna presença do Senhor Jesus, e outros, infelizmente, sofrerão juntamente com o Diabo no fogo eterno. E para termos certeza de onde estaremos nesse tempo, precisamos ter sido salvos pelo Senhor Jesus ainda em vida; pois depois da morte, segue-se apenas o dia do Juízo final.
Na imagem abaixo podemos ver a formação geológica de sal, próximo ao Mar Morto, a qual provavelmente é a mulher de Ló.
A Bíblia (a qual é divinamente inspirada, ou seja, homens receberam o "sopro de Deus" por meio do Espírito Santo e a escreveram, não de forma mecânica, em épocas e contextos totalmente diferentes, e mantiveram harmonia entre si) traz relatos tanto dos acertos quanto dos erros dos personagens reais que compunham o seu conteúdo. Deus permitiu que fosse assim justamente para que fique bem claro para quem a lê, que Deus não escondeu de nós as falhas e pecados dos seus servos, para que pudéssemos direcionar as nossas vidas de modo agradável a Ele, fugindo do pecado e de toda a aparência do mal.
O exemplo da mulher de Ló é um destes exemplos a não serem seguidos, pois no momento em que Deus estendeu a sua mão de misericórdia para livrá-la da destruição, ela preferiu ceder ao seu próprio impulso e ficar para trás.

Vejamos qual o exemplo que temos da mulher de Ló:
  1. Não guardou (não obedeceu) ao que Deus havia ordenado (Gn 19.17)
  2. Saiu de Sodoma, mas o seu coração ainda ficou lá (Gn 19.26)
  3. Faltou-lhe Fé e Esperança (I Co 15.19)
  4. Não olhou para o objetivo (Hb 12.1-2)
  5. Não deu o devido valor à misericórdia que Deus dispensou em seu favor (Gn 19.16; Ef 2.8-9)
Infelizmente, não poucas vezes, vemos pessoas cometendo estes mesmos erros, comprometendo, assim, a sua eternidade; façamos o contrário. Obedeçamos ao Senhor; nos entreguemos por completo a Ele, sem reservas; demos a Ele a prioridade que deve ter na nossa vida; mantenhamos acesa em nós a esperança da glória, tenhamos o capacete da salvação, a mente de Cristo, firmada em serví-lo fielmente até o fim; mantenhamos os nossos olhos fitos no Senhor, pois Ele é o único caminho que leva ao céu; não desprezemos a mão de misericórdia que Deus nos estende; agarremos a chance de sermos reconciliados com Ele enquanto é tempo!

Algo não menos importante a observarmos nesta passagem é o exemplo de três pessoas que iam correndo com aquela mulher saíndo de Sodoma. Ló e suas filhas com certeza perceberam que ela havia ficado para trás, mas não hesitaram, prosseuiram olhando firmemente para a frente. Não podemos deixar passar o exemplo destas três pessoas, pois quantas vezes quando vemos outros ao nosso redor enfraquecer na caminhada cristã, somos tentados a parar também e a ficar à beira do caminho, respondendo a uma falsa e maléfica; solidariedade. Ao contrário, devemos nos firmar cada vez mais no Senhor, para que, por meio de nós, Ele venha fortalecer e encorajar a muitos a que olhem para a frente, até que Ele volte. Pois "A verdadeira solidariedade cristã não é aquela que me leva a desfalecer junto com a outra pessoa, mas é aquela onde me fortaleço em Deus para conseguir lançar uma corda e tirá-la do buraco."

Ana Chagas

20.7.10

A firmeza do cristão frente à oposição do reino das trevas

Ruínas de Jerusalém
Textos: Neemias 1. 1-10;
2. 1-11 e 4. 1- 23

Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Igreja do Senhor (Mt 16.18b). Isto implica dizer que a Igreja do Senhor deve sempre avançar, e ainda que sempre haverá resistência por parte do reino das trevas contra o seu avanço. O inimigo de nossas almas se utilizará de todas as oportunidades que puder, para fazer com que a igreja esteja estagnada, apática, doente e improdutiva.

A narrativa de Neemias no livro que leva o seu próprio nome nos traz uma visão bem detalhada de uma batalha travada por ele e pelo seu povo, o povo de Deus; o qual tinha voltado do cativeiro babilônico e o remanescente que escapou do exílio. Um estudo minucioso desta passagem bíblica nos proporciona um melhor conhecimento e preparo para vencer batalhas no campo espiritual, assim como Neemias venceu.

Neemias estava servindo ao rei como copeiro, na Pérsia, quando recebeu notícias de Jerusalém. Ele ficou sabendo que, apesar da alegria pelo fato de Esdras ter reedificado o Templo; após tantos anos passados após o período do cativeiro, nada mais havia sido feito. Muitos judeus preferiram continuar na Babilônia, já que lá havia toda uma estrutura de centro comercial. Mas o remanescente que havia escapado do exílio e aqueles que voltaram a Jerusalém, estavam vivendo em total miséria, no meio das ruínas do que antes era Jerusalém, cujos muros agora fendidos e suas portas todas queimadas, resultado do ataque dos Caldeus quando os atacaram e os levaram ao cativeiro babilônico (II Reis 24. 18-20; 25. 1-30).

Na narração mosaica acerca da trajetória do povo de Deus, e ainda nos livros das Crônicas, lemos que o povo, e muitos dos seus reis, passavam por momentos de inconstância e de esmorecimento, nos quais murmuravam contra Deus, iam após os deuses das nações pagãs, davam muitas vezes a glória devida ao Únco Deus "com D maiúsculo" a deuses feitos pelas suas próprias mãos; e ainda colocavam a culpa de todo o seu sofrimento em Deus, quando na verdade eles mesmos eram os causadores de tudo aquilo que lhes sobrevinha. Mas, lemos também que, sempre que o povo se voltava arrependido para Deus, e clamava pelo seu perdão e pela restauração, o Senhor atendia ao seu clamor e agia em seu favor (II Cr 14. 1- 13). Na época de Neemias não foi diferente. O povo que murmurou contra Deus, durante o cativeiro foi tratado, e lá puderam enxergar que eles mesmos, segundo a Palavra que o Senhor ja havia falado, eram os culpados pelo próprio sofrimento, e arrependeu-se (Ne 1. 8-11).

Como os cristãos de hoje podem agir como Neemias e permanecer firmes diante das oposições do reino das trevas?

1- Agindo como Neemias vislumbrando as ruínas (1.3; 2.13-15)- Ao saber da triste notícia, Neemias até que poderia ter reagido com indiferença, pois ele próprio estava bem, estava muito bem acomodado no palácio, afinal ele estava confortável e de nada tinha falta. Mas Neemias vislumbrou a situação caótica do seu povo; ele vislumbrou as ruínas de Jerusalém. E diz a Palavra do Senhor que ele se entristeceu e chorou, e esteve orando e jejuando em favor do seu povo, pedindo a Deus a oportunidade de intervir naquela situação. Tomando como exemplo os habitantes da cidade de Palmares-PE, podemos observar duas atitudes nas pessoas que sabem da situação deles após a devastação causada pela enchente que houve recentemente: Alguns ouvem e ficam indiferentes "Ah, não é comigo, eu estou muito bem..." Outros, ao saber disso, estão sentindo a dor deles e se mobilizando para socorrê-los. Desta mesma maneira Neemias reagiu; ele não se conformou enquanto não pôde fazer algo para resolver aquele problema, que não era somente do seu povo, mas era o seu problema, afinal, ele também fazia parte daquele povo. Muitas vezes nós, tems sido indiferentes para com a situação da nossa própria alma. O pecado passou, causou uma devastação, deixou tudo em ruínas; os muros estão derribados, as portas estão queimadas; pecados não confessados, perdão que não foi liberado, não houve uma retratação da nossa parte para com alguém; feridas que estão abertas e infeccionadas dentro de nós. E nós simplesmente estamos indiferentes. Não conseguimos lamentar pela nossa própria situação diante de Deus; já não oramos mais, não lemos mais a sua Santa Palavra, a nossa vida de comunhão com Ele está apagada. Devemos reagir assim como Neemias, que vislumbrou a situação, que não se conformou em apenas ouvir, mas foi constrangido a intervir.

2- Agindo como Neemias evidenciando arrependimento (1. 5-10)- O povo que antes murmurara contra Deus, agora reconhecia o seu erro e clamava pela misericórdia de Deus; renovando com Ele a alinça de temer somente o Seu Santo Nome. É necessário que cada um de nós que nos consideramos cristãos cheguemo-nos a Deus com o coração quebrantado e venhamos reconhecer o nosso pecado até então não confessado; e Ele, que sonda e conhece o nosso coração, sabendo se há sinceridade, virá e nos perdoará e reafirmará a sua comunhão conosco. Em Apocalipse 3.20, o Senhor Jesus fala algo que muitos tem utilizado para evangelizar; porém, o Senhor ali se dirige ao povo que se chama pelo seu nome, que se diz cristão, e diz: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo." O Senhor fala do seu próprio povo que tem desprezado a vida de comunhão com ele. Pregando sobre este assunto na Igreja, falei que a situação do povo de Deus é como se tivesse diante de nós uma enorme mesa, um verdadeiro banquete, e nós diante dela, somente olhando e com uma mordaça na boca, sem comer nada. Assim o Senhor já nos deu toda a sorte de bênçãos espirituais, as quais estão bem diante de nós, à nossa disposição; mas nós as temos ignorado, e estamos preferindo viver uma vida cristã raquítica e infrutífera, e estamos sendo vistos pelo mundo muitas vezes como pessoas tristes, cabisbaixas, sem razão para viver, sem prazer na vida. E definitivamente não foi para vivermos dessa forma que ele nos salvou; devemos estar diante do mundo transbordando do gozo da presença dele em nós, espargindo luz para todos os lados, chamando a atenção das pessoas para nós, de tal forma que venham desejar ter também a vida abundante que temos somente em Cristo; do contrário vão estar afirmando que de maneira alguma querem passar a ser crente porque crente é triste. O banquete está diante de nós, basta apenas que tomemos posse dele, deixando todo o embaraço do pecado, voltando à Palavra e à oração; mantendo de novo uma vida de constante comunhão com o Pai Celestial.

3- Agindo como Neemias tendo disposição para edificar (2.17-18; 4.6)- Neemias se dispunha a edificar, o povo foi voluntário e logo se prontificou a edificar com ele. Falta em nós a disposição de nos esforçarmos para que o quadro seja mudado. A salvação é obra exclusiva do Espírito Santo de Deus, porém, a santificação depende também de nós. O Senhor diz: "Sêde santos porque eu sou Santo." Diz também: "Buscai a Paz e a santificação[...]" e "Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós." Se não houver em nós essa disposição, estamos fadados a continuar vivendo uma vida cristã superficial, sem experimentarmos o que é na verdade uma vida abundante, o que é viver em profunda comunhão com Deus. Estamos diante do banquete sem comermos dele.

4- Agindo como Neemias enfrentando a oposição do inimigo (4.1-3; 6-8)- A partir do momento que os inimigos (Sambalate, Tobias e Gesem) souberam que Neemias, com o aval do rei Artaxerxes, planejava reedificar os muros que estavam fendidos com a ajuda do povo, ficaram irados e passaram a planejar o mal contra eles. É evidente que nós também sofremos os levantes do reino das trevas quando decidimos servir ao Senhor piamente, com zelo e fidelidade. O inimigo não fica nada satisfeito; afinal, o seu único intuito é matar, roubar e destruir. Alguém me disse que após ter professado a sua fé em Jesus Cristo as lutas aumentaram em sua vida. Eu, sem hesitar lhe respondi: Tenho uma notícia para você, isto é bíblico, a Bíblia nos diz que todo aquele que quiser servir a Deus plenamente padecerá mais perseguições." (II Tm 3.12). Mas o Senhor Jesus nos consola dizendo que Bem-aventurados somos nós quando nos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra nós, devemos nos alegrar e exultarmos, porque grande é o nosso galardão nos céus (Mt 5. 10-12). O texto nos diz no versículo sete que quando os inimigos viram que o povo estava progredindo na construção e que as brechas do muro já estavam sendo fechadas, ficaram sobremodo irados e planejaram um ataque. Percebemos aí que no aspecto espiritual também ocorre assim. Muitas vezes, por falta de oração e vigilância, temos dado brechas em nossas vidas para que o inimigo aja, ou particularmente em nós, ou pior, atingindo todo o Corpo (a Igreja). Gosto sempre de dar este exemplo quando falo de brechas: Numa pedreira, eles trabalham explodindo rochas e basta apenas que encontrem uma pequenina fissura na pedra e ali colocam dinamite, ao acionarem a explosão, grande é o estrago caudsado. Assim mesmo é conosco; às vezes achamos que algo não é suficiente para que o inimigo venha a cirandar na nossa vida, mas nos enganamos; pois a Palavra nos diz que um abismo chama outro abismo. Por isso devemos estar atentos aos ataques sutis do inimigo; pois ele é astuto e sagaz. A Bíblia nos alerta quanto aos seus dardos inflamados (Ef 6.16); por isso a nossa vigilância deve estar redobrada, em oração e leitura da Palavra, mantendo a nossa fé inabalável, para assim fechar todas as brechas, até mesmo naquela área na nossa vida, na qual temos mais dificuldade em vencermos. Voltando ao texto de Neemias, Deus fez com que chegasse aos ouvidos de Neemias as preparações dos inimigos da Obra (4. 11-12). Assim também o Senhor, nosso Deus nos alerta quanto às ações do Diabo através do Apóstolo Pedro: "Sede sóbrios e vigiai, porque o Diabo, o vosso adversário vive em vosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." (I Pe 5.8). Fechemos as brechas, e assim dificultaremos o agir do inimigo.

5- Agindo como Neemias reagindo ao desânimo (4. 10)- Diante da grandiosidade da obra de edificação e da quantidade de escombros que tomava conta de toda a cidade, o povo já começava a desanimar. Quantas vezes não somos tentados a parar no meio do caminho. Pensamos que não vamos conseguir, que está muito difícil vencer aquela área específica na nossa vida contra a qual temo lutado todo o dia o dia todo? E muitas vezes queremos parar, queremos desistir. Mas nestes momentos devemos recordar as palavras de jesus que diz em Apocalipse: "Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida." Não podemos parar de avançar. O salvo foi chamado para marchar avante, e não para recuar. O Senhor dos Exércitos está conosco, não vamos sozinhos, Ele passa no meio do fogo conosco para nos dar vitória. Levantemo-nos com ousadia do Espírito Santo para combater o bom combate até o fim, pois digno é o Cordeiro do sacrifício (como diziam os Moravianos).

6- Agindo como Neemias tomando atitudes de defesa- Ao perceber o plano do inimigo, Neemias encorajou o povo, lembrando a eles que o Senhor é quem pelejaria por eles e que deviam colocar a su confiança em Deus (4.9 e 20). Organizou uma estratégia de defesa; e todos eles, enquanto faziam a obra empunhavam armas, e todos os outros foram colocados para vigiar em lugares estratégicos, devidamente armados (4. 13; 4.17). Sabendo do perigo que o pecado nos oferece, de prejudicar a nossa comunhão com Deus, de entristecer o Seu Espírito Santo, devemos estar vigilantes, assim como se posicionou o povo que estava com Neemias. Devemos, portanto, vigiar e orar.
O Senhor Deus, sabendo das dificuldades que enfrentaríamos em relação ao pecado e aos ataques do reino das trevas contra o seu Povo, fez com que o Apóstolo Paulo escrevesse aos Efésios acerca da melhor armadura, da melhor estratégia de defesa e ataque frente às oposições do reino das trevas (Efésios 6. 10- 18): "Cingindo os lombos com a verdade; vestindo a couraça da Justiça; calçados os pés na preparação do Evangelho da Paz; o Escudo da Fé; o Capacete da Salvação e a Espada do Espírito, que é a Palavra de Deus. Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos."

Que nós venhamos a agir como Neemias, não sendo indiferentes, mas enxergando a verdade, (aquilo que Deus vê em nós que mas não está lhe agradando e que tem deixado o nosso coração em ruínas); que sejamos cheios da unção de Deus, arrependendo-nos dos nossos pecados juntamente com o povo (às vezes precisamos pedir perdão a Deus coletivamente, como por exemplo, a famíla toda, ou a igreja toda).
Que estejamos dispostos a edificar-nos a nós mesmos e ainda àqueles que nos rodeiam; que possamos ser sábios para enfrentarmos as oposições do inimigo; vencendo o desânimo e tomando atitudes de defesa, através da oração e da Leitura da Bíblia.

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8.5.10

Fé em meio à crise- compreendendo Habacuque 3.19

Habacuque diz: "Jeová, o Senhor, é minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas."
O cervo é um animal muito veloz, e tem a capacidade de manter a velocidade por longas distâncias e ainda consegue, depois disso, galgar montanhas, andando em terrenos rochosos, íngremes, enfim, ele é forte e destemido e não se deixa abater.

Habacuque fez uma linda comparação quando disse que Deus fazia os seus pés semelhantes aos das cervas. Ele entendia o quanto a dependência de Deus era importante na sua vida, ao ponto de poder passar por todas as dificuldades as quais descreve anteriormente (3. 17,18). Ele compreendia que se fosse com seus próprios pés e com a sua própria força, não conseguiria ir muito longe, poderia até desfalecer e ficar prostrado. Mas afirma que é somente Deus quem lhe fortalecerá e que lhe fará andar sobre as suas alturas. Habacuque, numa visão humana, limitada, tinha todas as razões do mundo para entrega-se, para desistir, tudo estava indo de mau a pior. Ele estava em meioa uma crise nacional, presenciando um momento muito difícil para Judá; as reformas de Josias; o tratamento violento de seus cidadãos; opressão contra o necessitado e a ruína do sistema legal. E além disso, as ameaças do Norte causava ainda mais desordem em Judá. Todo este panorama poderia ter levado Habacuque a desmaiar, desistir de caminhar; mas ele perseverou e pôde, por isso, fortalecer a outros também.

Ouvi uma mensagem ontem à noite, através do Pr. Joelson, que me fez refletir mais sobre a Fé. Realmente muitos tem tido uma noção errada em relação ao que é verdadeiramente ter fé. Quantas vezes pensamos equivocadamente que se realmente tivermos fé, sempre seremos vitoriosos e que no final, tudo sairá como desejamos? É aí que erramos. A Fé é o sentimento que nos liga a Deus de maneira incondicional;. Quem tem verdadeiramente Fé em Deus, recebe Dele a capacidade de manter-se firme, independente daquilo que lhe sobrevenha. Quem tem Fé, está disposto a ir até o fim, sem negá-la, porque não valeria a pena viver sem Deus.

Quantos exemplos temos na Bíblia de pessoas que exerceram a verdadeira Fé; estas pessoas nos mostram que ter fé em Deus, nem sempre é somente triunfar na mesma visão que o mundo entende por triunfar. Na visão secular, você triunfa quando fica rico, quando consegue um bom emprego, quando tem um casamento perfeito, quando é curado de uma doença grave, etc. Mas na visão bíblica, triunfar é, como disse Habacuque "andar sobre as suas alturas", isto é, ir além das suas condições humanas; é ser capacitado por Deus para suportar as dores, e até mesmo para prosseguir até o seu último suspiro neste mundo conseguindo adorar a Deus, incondicionalmente. Porque o verdadeiro adorador é aquele que consegue adorar, mesmo quando tudo vai de mau a pior. Um dos exemplos bíblicos de uma verdadeira Fé é Enoque (Gn 5.23,24) o qual viveu 365 anos e andou com Deus de tal maneira que este o tomou para si, e ninguém mais o viu; imagine o que é perseverar em meio às batalhas da vida e viver em Fé durante 365 anos sendo fiel ao Senhor.( quando muitas vezes não queremos aceitar nem sequer 365 dias numa luta). Outro exemplo para nós é (Jo 1.21,22; 2.10) porque teve a capacidade dada pelo próprio Deus, através da Fé, de ser adorador mesmo em meio ao caos total que se abateu sobre ele e a sua casa; Jó disse com toda a sinceridade do seu coração: "Recebi de Deus todo o bem, porque também não iremos aceitar o mau?" e ainda em meio a todas as perdas disse: "O Senhor o deu, o Senhor o tomou, bendito seja o nome do Senhor".Um outro exemplo são os três jovens Sadraque, Mesaque e Abednego (nomes babilônicos) que demonstraram a sua Fé inabalável, mesmo sob a ameaça de morte por parte do rei Nabucodonosor de lançá-los na fornalha de fogo, quando puderam dizer: "O Deus a quem servimos pode nos livrar da fornalha, mas fica sabendo, ó rei, que mesmo que ele não nos livre, não nos prostraremos diante da tua estátua." ( Dn 3.16-18).

Fé é isto, amados! É estar disposto a ir até o fim sem recuar na confiança posta em Deus e na submissão à sua Soberania. Claro que se Ele quiser nos tirar da prova, Ele tira, se Ele quiser nos fazer prosperar, Ele faz, se Ele quiser nos curar, Ele curará; mas devemos estar com a nossa Fé inabalável NELE. Vejamos o exemplo de Eliseu, um homem de Deus, grandemente usado por Ele; mas que em seus últimos dias experimentou dores até morrer, adoeceu e Deus não quis curá-lo. Mas mesmo assim, não deixou de ser um vencedor. Pedro morreu crucificado de cabeça para baixo, porque até na morte quis glorificar e relembrar aquele em quem estava posta a sua Fé ; não se considerando digno de morrer na mesma posição em que Jesus havia sido crucificado. Ele glorificou a Deus em meio à sua dor, até o fim, mesmo quando para o mundo a sua vitória seria se Jesus o tivesse feito descer da cruz.. E tantos outros exemplos, como o do próprio Habacuque, que para pronunciar estas palavras do nosso texto básico, teria que estar munido de Fé; a Fé que se dispõe a sofrer o dano, as afrontas, a opressão, a humilhação, a oposição do resto do mundo, mas que está disposta a permanecer glorificando a Deus mesmo assim.

Aqueles que vivem uma vida de Fé poderão viver uma vida plena em Deus, a vida abundante que Cristo nos oferece; a qual já começa aqui (Jo 10.10). O Salmista Davi pôde afirmar: "O Senhor é o meu Pastor, e nada me faltará." Ele quis dizer que tudo poderia acontecer, mas o Pastor estaria sempre ali, bem pertinho a guiá-lo a sustentá-lo a refrigerar a sua alma em meio às adversidades. Quando exercemos Fé, podemos dizer como Paulo: "Já aprendi estar contente em qualquer circunstância [...] Tudo posso naquele que me fortalece." (Fp 4.13) porque quando Jesus nos fortalece suplantamos toda adversidade, pois andamos sobre as nossas alturas, como disse Habacuque, o qual também aformou acerca das adversidades que lhe sobrevinham: "Todavia eu me alegrarei no Senhor."(Hc 3.18) Que o Senhor nos faça compreender o que é viver em Fé mesmo em meio à crise, seja qual for a sua origem, seja na área familiar, da saúde ou das finanças.

Saibamos que temos o Deus vivo conosco que nos faz andar sobre as nossas alturas, isto é, nos faz ir muito além do que acreditávamos que poderíamos suportar. Porque se Ele está conosco, nada nos fará falta.

27.5.09

DISPOSIÇÃO, FÉ E CORAGEM



Por Ana Chagas


"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma." (Ec 9.10).

Muitas vezes nos surpreendemos murmurando, reclamando da vida; dizendo que nada dá certo para nós, que nada de novo ou de bom nos acontece... Porém, é necessário refletirmos acerca de algumas verdades:

  • Será que realmente nada de bom tem nos acontecido? Ou nós é que só temos conseguido enxergar as coisas ruins que nos sobrevém? (Salmos 103.1-2 e Lamentações de Jeremias 3.21) Precisamos perceber tudo de bom que Deus tem nos dado e a sermos gratos a Ele desde as pequenas bênçãos. A murmuração foi a causa que levou o povo de Israel a andar durante 40 anos pelo deserto, para poder alcançar a terra Prometida através da sua segunda geração, a qual não se comportou da mesma maneira que seus pais.

  • Será que nada de novo tem surgido trazendo a possibilidade de concretização dos nossos sonhos; ou somos nós que estamos desperdiçando todas as ricas oportunidades que tem surgido, todas os desafios que se nos propõem? (Eclesiastes 9.10)

  • Temos tido a disposição, a fé e a coragem necessárias para empreender novos desafios, novas possibilidades, através das quais poderemos ou não alcançar aquilo que tanto almejamos? (Josué 1.9). É necessário lembrarmos que em tudo precisamos buscar a aprovação e confirmação da parte do Senhor através da Oração e da constante Leitura da Sua Palavra, a Bíblia, sabendo que a sua Vontade para as nossas vidas sempre será Boa, Agradável e Perfeita. (Romanos 12.1-2). Esta pergunta também se aplica ao nosso trabalho na Obra do Senhor. Precisamos enxergar como temos nos comportado diante destas oportunidades que Deus nos oferece. Muitas vezes, nos consideramos incapazes, nos inferiorizamos, e aí nos fechamos para o novo; não conseguimos vislumbrar a superação das nossas limitações; não que esta capacidade venha de nós mesmos, mas do Senhor, que sempre tem capacitado aqueles a quem ELE chama para a sua obra e na vida dos quais tem um Ministério específico a ser desenvolvido no Seu Reino.

Deus nos criou com a capacidade de superação, não é à toa que vemos este grande avanço tecnológico no decorrer dos anos. Toda essa capacidade vem de Deus; o que nos resta é reconhecermos que ela vem DELE. 


Não podemos ir para os extremos, pois como costumo dizer: "Todo extremo é perigoso" Não podemos nos sentir totalmente incapazes, e muito menos nos considerarmos autossuficientes e soberbos diante de Deus nem diante do nosso próximo; pois estes pensamentos e atitudes, definitivamente, não agradam a Deus.

Temos visto tantos exemplos de pessoas que ninguém dava nada por elas, mas que se superaram, deram o seu melhor e são exemplos de vida para todos nós.O que dizer daquele morador de rua de Recife-PE, que esforçou-se, agarrando cada oportunidade que chegava às suas mãos lendo livros em bibliotecas públicas, enfrentando e vencendo cada desafio,cada obstáculo que surgia à sua frente; chegando a ser aprovado no Concurso do Banco do Brasil? (Leia: http://www.unibr.com.br/noticia/noticia.php?cdNoticia=86). O segredo é traçar metas e objetivos, confiar no Senhor Deus (Isaías 40. 28-31), pois "sem Ele, nada podemos fazer".(João 15.5) e sem dúvida alguma AGIR.

Não sei quem é o autor desta ilustração, mas a considero propícia para a nossa meditação de hoje: "Certo homem, sofreu um naufrágio e ficou sozinho numa ilha deserta. Ali ele clamou a Deus que o tirasse daquela ilha, sentou-se e ficou a esperar. Logo passou um navio e ele não fez esforço algum para ser visto, pois cria que Deus iria tirá-lo dali. Depois de algum tempo, passou um helicóptero e alguém de lá o avistou e desceram mais perto e ofereceram ajuda, e aquele homem rejeitou afirmando que só sairía de lá quando Deus o fosse resgatar. Depois de mais um tempo passou um avião, só que este passou bem veloz e muito alto, o que tornou impossível que pudessem avistá-lo. Resultado: Aquele homem não foi resgatado e acabou morrendo naquela ilha. Diz a ilustração que ele chegou diante de Deus e foi imediatamente reclamar do silêncio de Deus em relação à sua oração:"Esperei o Senhor me resgatar daquela ilha e o Senhor não me atendeu." Então Deus respondeu:_ Pelo contrário, eu respondi a tua oração, tanto é, que enviei um navio e logo em seguida um helicóptero; porém, ao invés de aproveitar a oportunidade de escapar dali você a rejeitou."
O que aprendemos através desta ilustração? Aprendemos que devemos agarrar as oportunidades que surgem diante de nós. Se queremos gozar dos frutos, precisamos nos esforçar no preparo da terra, no plantio e no cultivo da fruteira. Se não cuidarmos da terra e nela não plantarmos nenhuma fruteira, o terreno apenas nos produzirá cardos e espinhos. E depois? Reclamaremos de Deus? Ele nos ajuda, Ele nos dá forças, mas a fé e a iniciativa tem que partir de mim e de você.Muitas vezes queremos tratar a Deus como nosso servo, fazendo exigências e querendo apenas ficar "deitados eternamente em berço esplêndido", para apenas esperar as bênçãos caírem prontas do céu direto nas nossas mãos. Porém Deus nos fez criaturas inteligentes e criativas, capazes de se superar a cada novo desafio.


Há pessoas que afirmam veementemente: "Só vou trabalhar se for para ganhar o salário que pretendo, para ganhar menos que isso, prefiro ficar em casa." Considero isso uma acomodação extremamente nociva. 


Acho bonita a atitude daqueles que agarram todas as oportunidades para produzirem coisas boas. Se aquilo que eu realmente almejo ainda não chegou, isso não me impede de ir fazendo outras coisas, ganhando experiências em outras áreas, todo esforço é válido, nenhum trabalho tira a dignidade do homem; pelo contrário, o trabalho enobrece o homem e sempre tem algo novo e bom a lhe acrescentar. À medida que continuo em movimento, lanço fora o comodismo. E concomitantemente continuo a buscar aprimoramento na área que almejo trabalhar no futuro (fazendo reciclagem, especializações, cursos, etc.). E assim Deus nos ajudará a galgar os degraus para a nossa vitória. Não desprezemos as oportunidades que Ele nos oferece de sairmos da ilha onde estamos presos. Aprendamos a valorizar os pequenos começos (Zc 4.10); a ter paciência e perseverança. Entendamos que através de uma pequena janela, pode abrir-se uma grande porta, como já ouvi muitos testemunhos de pessoas que aceitaram um serviço abaixo de sua capacitação, e logo em seguida, Deus abriu uma porta a partir daquele trabalho, que talvez fosse considerado por alguns como sendo nada. Porta esta, que tem sido bênção na vida destas pessoas e de suas famílias. 
Que Deus nos ajude a estar dispostos a sair da Ilha, a agarrar as oportunidades, a dar o melhor de nós nesse empreendimento; pois a Palavra nos diz em Colossenses 3.17 e em I aos Coríntios 10.31, que devemos fazer tudo para a glória de Deus. 

Nem toda a porta que surge escancarada diante de nós foi aberta por Deus. Lembremos que existem também ofertas do Diabo, ofertas que vem para tirar você da presença de Deus.
Se algo que nos é proposto não glorifica a Deus, então devemos fugir de tal oferta, aquilo que não glorifica a Deus e que não reflete harmonia com a Sua Santa Palavra, com certeza não é da Sua Vontade para nossas vidas. Sejamos sábios como José, que ao perceber que estava, diante da tentação, prestes a ferir a santidade de Deus, fugiu! (Gênesis 39.12). Oremos, mas também nos esforcemos!!!! O homem é um ser altamente dinâmico, Deus não nos criou para estarmos plantados num sofá esperando as coisas caírem prontas nas nossas mãos. Saiamos da caverna, saiamos à luta, oremos e nos revistamos de Deus antes de sairmos, confiemos Nele e o mais Ele fará. Ele prometeu que estará conosco todos os dias até a consumação dos séculos. (Mateus 28.20b)