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30.11.10

PL 122: Dados manipulados acerca de assassinatos a gays em 2007 aumentam a pressão para a aprovação deste Projeto

Assassinatos contra gays: dados manipulados
Júlio Lins

Segundo reportagem da Agência Câmara, "pesquisas registram mais de 200 assassinatos a homossexuais em todo o país". Sim, mas assassinados por quê? Pelo fato de serem homossexuais? Pelo fato de estarem em ambientes marcados pela violência? Pelo consumo de drogas? Pela libertinagem? Por latrocínios? Pelo fato de estarem de madrugada em ruas e bairros perigosos? Não se cita. Assim sendo, parece que, se um homossexual estiver andando de madrugada na Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro e calhar de ele ser assassinado, engrossará as estatísticas de "assassinatos contra homossexuais".
Não bastasse a ausência de detalhes em tais pesquisas, todos os veículos de imprensa falham em mencionar que, no Brasil, no ano de 2007, ocorreram 47.707 assassinatos. Logo, se cerca de 200 são contra homossexuais, então o número de assassinatos contra homossexuais é 0,42% do total.
Homossexuais representam 0,42% da população? Certamente não. Não há pesquisas isentas sobre o número de homossexuais no Brasil, embora os grupos gays mais radicais dizem chegar a 9% da população. No entanto, na Europa, onde a aceitação ao homossexualismo é maior que no Brasil, a porcentagem de gays não chega a passar de 2%.
No Reino Unido, segundo pesquisa da ONS (Office for National Statistics), feita com quase 250.000 pessoas, chegou-se à conclusão que 1,3% dos homens são gays, 0,6% das mulheres são lésbicas e 0,5% são bissexuais. No total, 1,5% das pessoas são gays ou bissexuais.
Na Espanha, pesquisa da INE, baseada em 10.838 entrevistas praticadas no último semestre de 2003, assinalou que somente 1% da população mantém relações exclusivamente homossexuais. A população que reconhece ter tido em alguma ocasião este tipo de relação ao longo de sua vida é de 3%, 3,7% entre os homens e 2,7% entre as mulheres.
No Canadá, pesquisas feitas em 2003 com 121.000 adultos canadenses mostrou que somente 1,4% se consideravam homossexuais.
O fato é que, de uma forma ou de outra, se o número de assassinatos contra gays é de cerca de 200, os gays estão subrepresentados quanto ao total de assassinatos, ou seja, os gays são menos propensos a sofrer violência e assassinatos que o resto da população, ao contrário do que a grande mídia propaga.
Alguém poderia dizer: e a agressão contra um homossexual ocorrida recentemente em São Paulo? Eu responderia: Sim, é um caso deplorável, mas se a pessoa agrediu o homossexual, o Código Penal já prevê punição para ela; o que não pode acontecer é o crime se tornar maior pelo fato de o agredido ser homossexual, pois isso configuraria uma discriminação contra todos os não-homossexuais.
Quantas pessoas morrem por ano em filas de hospitais? Seriam menos de 200? E o número de mendigos mortos queimados, principalmente no Nordeste? Seriam menos de 200 por ano? Quantas pessoas inocentes morrem por dia na violência das grandes cidades? Seriam menos de 200 por ano? Quantos policiais morrem vítimas da violência? Quantas pessoas morrem por ano vítimas das drogas? Quantas pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito? Seriam menos de 200?
Logo, não faz sentido nenhum as polícias e o Poder Judiciário desviarem a atenção dos 99,58% de assassinados no Brasil (uma vez que a segurança pública brasileira é insuficiente para atender as pessoas que mais precisam dela) para dar tratamento especial a uma minoria de 0,42% que, aliás, está subrepresentada nas estatísticas de assassinatos.
Divulgação: www.juliosevero.com
Homolatria: As vítimas VIP da violência no Brasil

Via Alabastro

2.11.10

Como nós, os cristãos, lidamos com o Preconceito?



Repercutiu muito o fato de a estagiária de Direito Mayara Petruso ter twitado um comentário maldosíssimo contra os nordestinos, e realmente é chocante; ainda mais vindo de quem veio. Alguém que deveria estar se esmerando pela erradicação da injustiça social, da violência e do preconceito, se prestou ao ato de promover algo detestável, que é o preconceito. Creio que a Mayara deve ter tido, a esta altura, das duas atitudes, uma: Ou a de reconhecer o quanto errou (não sei se ela se retratou com os nordestinos também via twitter ou não. Espero que sim) ou de permanecer irredutível diante de tamanha falha, continuando a destilar maldade contra aqueles que não lhe fizeram mal algum. Pois, mesmo quando alguém nos faz algum mal (o que não é o caso entre a Mayara e os nordestinos), Jesus nos ensinou a retribuir com o bem, porém, a humanidade teima em fazer o contrário. Sinceramente eu espero que a minha primeira hipótese tenha se cumprido na vida dela, ou seja, o arrependimento.
Sou nordestina e não me envergonho, pelo contrário, tenho orgulho (um orgulho santo) de fazer parte deste povo. Vejo no preconceito regional algo muito negativo, como o são também os outros tipos de preconceito; o Brasil é um País enorme, lindo, cheio de belezas- peculiares a cada uma de suas regiões, cada região com sua riqueza cultural, linguística (sim, linguística!) onde não deveria haver rejeição ao que é do outro, ao que apenas é diferente do seu. Quem incorre neste erro, é muito infeliz, pois deixa de valorizar a diversidade do seu próprio País, passando, muitas vezes a supervalorizar o que é do exterior, podendo perder, assim, até a sua própria identidade pátria. Ainda pesa a questão de que, foi o povo negro, indígena e nordestino que deu o sangue para que o Brasil fosse o que ele é hoje, sendo oprimidos na exploração das nossas riquezas, na construção de monumentos e prédios em que muitos preconceituosos moram hoje, e não sabem valorizar estas mãos que deram duro para que eles hoje estivessem usufruíndo do que o Brasil, especialmente o Sudeste tem hoje.

Uma pequena Reflexão para a Mayara Petruso:

"Quem sabe não é um nordestino quem bate todas as madrugadas a massa do pão que você compra de manhã...
Quem sabe não foi um nordestino quem construiu o prédio onde você mora...
Quem sabe não foi um nordestino que construiu a Escola onde você estudou, na qual ele não teve oportunidade de estudar...
Quem sabe não foi um nordestino que fez o parto da sua mãe quando deu à luz você...
Quem sabe, com essa miscigenação que há no Brasil, não tem sangue nordestino correndo nas tuas veias...
Quem sabe não é um nordestino que cuida dos seus dentes quando você vai ao consultório...
Quem sabe não tem nordestinos que estudam para Direito, e que, diferentemente de você, fazem jus à profissão que escolheram seguir, combatendo o preconceito e a violência...
Quem sabe não foi um nordestino que estava perto de você em um momento de dificuldade e te estendeu a mão, enquanto outros viraram as costas pra você...
Quem sabe não será um nordestino por quem você vai se apaixonar (caso ainda não seja comprometida)...
Perceba, o nordestino é o carro-chefe do desenvolvimento das grandes cidades, principalmente de São Paulo. O que seria de você sem o nordestino?
Não queira ser comparada aos Skinheads, que apesar de se autodenominarem uma cultura, carregam este lado sombrio: perseguem e matam nordestinos, negros, índios e homossexuais.
Faça jus pelo menos ao Curso pelo qual você optou!"


Bom, trazendo este tema para uma discussão mais ampla, abrangendo também outros tipos de preconceito, comecei a refletir:
"Quantas vezes nos pegamos criticando outras pessoas por esse tipo de atitude, seja preconceito social, racial, regional, etc. mas somos pegos pelo olhar de Deus cometendo semelhantes atrocidades?"
Falo a todas as pessoas, mas especialmente a nós cristãos neste post. Não quero aqui generalizar, pois não gosto de generalizações, acho injusto. Mas, infelizmente, no decorrer da minha vida, pude ter o desprazer de presenciar cenas onde pessoas, algumas crentes e outras não crentes, agiram de forma preconceituosa contra o seu próximo.
Em Deuteronômio 16.19a, Deus diz:
"Não torcerás a justiça, não farás acepção de pessoas."
Na 1ª Carta de Pedro 1.17, ele diz:
"Ora, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação."
Deus não faz acepção de pessoas, portanto, nós também devemos seguir seus Princípios Santos.
Há quem faça acepção quanto àquele irmão mais pobre, ou àquele outro irmão porque ele é negro, enfim, este tipo de coisa é inadmissível a servos do Senhor. Se este tipo de atitude ainda encontra guarida em nossos corações, clamemos a Deus que Ele expurgue de dentro de nós tudo o que não o agrada. Que possamos olhar nos olhos do nosso irmão negro, do nosso irmão paupérrimo, do nosso irmão que fala errado, porque não teve oportunidades iguais às que nós tivemos, e dizer-lhes que os amamos, sem hipocrisia. Que o nosso momento de confraternização, corramos também para abraçar a estes irmãos, não por "pena", não por desencargo de consciência, mas porque os consideramos em honra maiores e melhores que nós, assim como Deus nos ensina, através do Apóstolo Paulo:
"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Romanos 12.10

Há cristãos que tem anos e anos e anos de vida cristã e ainda alimentam um racismo tremendo; não aceitam de forma alguma aquele de pele mais escura que a sua. Creio que precisamos reavaliar nossos conceitos e exterminar os nossos preconceitos.
Eu, particularmente, sou casada com um homem negro e sou muito feliz, passamos por dificuldades como qualquer outro casal passa, porém, servimos ao Senhor, e buscamos ser fiéis a Ele, o que nos fortalece para nos mantermos fiéis um ao outro; mas, juntos, já enfrentamos diversas situações em que percebemos preconceito nos olhos dos outros.
Mas uma coisa tenho aprendido a cada dia, é que não importa a cor que está na pele, isto é apenas um minúsculo detalhe; o que importa, na verdade, é se o homem e a mulher tem caráter, isto é o que determina quem somos e o que podemos oferecer aos outros.
"Não podemos dizer que amamos a Deus a quem não vemos, se não conseguirmos amar ao nosso próximo, a quem vemos." I João 4.20