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5.8.16

Pokémon Go - Mais uma ferramenta de alienação do ser humano

Por Ana Chagas


     Não são poucos os vídeos que praticamente viralizaram na internet após o lançamento do Pokémon Go no Brasil mostrando acidentes de jovens e adolescentes, e até mesmo adultos, com os olhos grudados na tela do celular, e muitos desses vídeos sendo compartilhados nas redes sociais apenas como algo divertido de se ver. No entanto, estes problemas trazidos pela displicência das pessoas que andam pelas ruas com os olhos fixados na telinha, conectados, seja no Whatsapp, Facebook, Instagram, Twitter,  ou em um jogo como este, ao qual nos referimos não é algo para gerar risos, e sim para lamentarmos... E esse problema não vem de hoje, mas já começou desde que a internet passou a ser acessada a partir de celulares, e vem piorando cada dia mais.

     Falando mais especificamente sobre o jogo, há quem não ache nada demais jogá-lo. Mas a questão que trago aqui não se restringe apenas a este jogo, mas a todo tipo de distração que venha a nos dominar e pôr em risco a nossa vida. Não estou dizendo que trata-se de um jogo do demônio, como muitos estão afirmando, mas trago este alerta baseado nos prejuízos que este e muitos outros jogos e aplicativos têm trazido para as pessoas, que se esquecem até mesmo do valor de sua própria vida quando se expõem ao risco de morte por aí. As pessoas tornam-se tão dependentes do jogo, que vão até aos locais aonde o jogo "manda". Sem falar que muitos ladrões, aproveitando-se disso, têm armado emboscadas para realizar assaltos aos que vão a lugares divulgados por eles como, supostamente, "infestados" de pokémons.

     O que será desta e das futuras gerações? Serão pessoas desejosas em empenhar-se em crescer profissionalmente, e assim realizar-se e prover suas famílias? Serão bons leitores que, em consequência de suas boas leituras saberão interagir e intervir frente aos problemas reais da sociedade em que estam inseridos? Ou passarão pela vida sendo apenas zumbis humanos correndo atrás do ouro no final do arco íris virtual?

     Gosto de utilizar a internet, exploro ao máximo as ferramentas que estão ao meu dispor para o bem. Não sou alienada, gosto de lazer e sei que é necessário na vida do ser humano, mas ainda sou do tempo em que lazer só tem valor se for compartilhado com as pessoas reais, a quem amamos; as quais hoje podem estar comigo, e daqui a pouco não mais. Não sabemos até quando estarão conosco, ou até quando nós estaremos com elas. A tecnologia é boa, mas há que se usar de forma equilibrada e com bom senso. Há que se selecionar o que de fato serve e acrescenta algo positivo para a nossa vida, sem nos afastar da realidade, e das verdadeiras amizades, que estão morrendo, bem debaixo do nosso nariz, aqui fora, no mundo real. 

     Não sejamos, e nem deixemos que os nossos filhos se tornem pessoas inúteis e alienadas da realidade!  Se o uso exagerado de TV e computador por longos períodos, roubando de nós um tempo que poderia estar sendo investido para o nosso crescimento espiritual, social e intelectual já representava um grande problema, imaginemos quando por causa deste ou de quaisquer outros jogos, aplicativos, ou redes sociais, põe em risco a nossa integridade física! Caminhadas fazem um bem tremendo à nossa saúde, é verdade, mas apenas se estivermos atentos por onde estamos andando, onde estamos pisando; e não é o que acontece quando usamos celular enquanto andamos pela rua.
   
     Quando o uso indiscriminado destas ferramentas tornam-se algo incontrolável e nos domina, está caracterizado um vício, e enquanto nos entregamos a um vício deste porte estamos desperdiçando o tempo e perdendo o interesse pelo que realmente importa para o nosso crescimento como pessoa! Há tanta vida pra ser vivida aqui fora! O tempo corre, e, como diz o salmista: "Quanto ao homem, os seus dias são como a erva, como a flor do campo assim floresce. Passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não será mais conhecido." (Salmos 103:15,16). Sendo assim, façamos valer os anos de vida que Deus nos dá sobre a terra! Vivamos de fato! Amemos de fato! Estejamos de fato presentes (e não apenas de corpo) quando estivermos com a nossa família à mesa para as refeições, ou na sala quando todos ao nosso redor anseiam pelo aconchego da nossa voz e do nosso abraço!  Jamais priorizemos o prazer de conquistas virtuais quando sofremos perdas reais aqui fora, a partir do momento que negligencimos as pessoas e nosso relacionamento com elas!

      E o que dizer dos cristãos que também estão viajando nessa "onda" de viver praticamente o dia inteiro conectado em jogos e redes sociais, desde o acordar, ao alimentar-se, ao andar pelas ruas, etc.?       A vida atual tem um ritmo frenético, e todos dizem a uma que não têm tempo para nada... Não têm tempo para ler bons livros, não têm tempo para ir à igreja cultuar coletivamente, não têm tempo para ler a Bíblia, a qual deveria ser o primeiro alimento buscado ao abrirmos os nossos olhos pela manhã (se é que estão fechando-os para dormir!), e muito menos para sair na evangelização. Muitos podem até protestar: "Mas o cristão não tem o direito de ter lazer?" Sim, claro que tem! Mas estes entretenimentos virtuais têm uma incrível capacidade de sugar das pessoas o seu tempo e sua vida real. Cuidado!

     Será que vale mesmo a pena viver na alienação de um vício virtual? Não percamos algo tão valioso por coisas tão banais e passageiras!

19.5.16

Aborto em pauta

Por Ana Chagas

Gostei muito da resposta que a membro do parlamento dinamarquês, Mette Gjerskov, recebeu da representante africana Obianuju Ekeocha (microbióloga pela Universidade da Nigéria e Mestre em Ciências Biomédicas pela Universidade de East London), por estar incentivando a prática do aborto nas sociedades africanas. E, observando a firmeza com que a Obianuju defende seus valores culturais, morais e éticos, fortaleci ainda mais a minha certeza de que precisamos ser firmes em nossa convicção cristã, precisamos posicionarmo-nos diante desta e de outras questões tão destacadas nos últimos tempos em nossa sociedade.
Pesquisando acerca de Obianuju, li um de seus artigos, de onde destaquei estres trechos, que gostaria de compartilhar com vocês:
"Uma mulher liberal é uma mulher de fé e da família. Esta é a verdade que deve ser falada em toda a África."

"[...] Eu oro para que as mulheres que estão grávidas possam  escolher a vida para seus bebês a todo o custo."
Antes de prosseguir a leitura, veja o conteúdo do vídeo, que ocorre em uma sessão da ONU, onde palestrantes e especialistas discutiam as oportunidades e os obstáculos nas políticas de ajuda externa para reduzir a mortalidade materna na África:



A ênfase do meu comentário não é na questão política do colonialismo ou neo-colonialismo. Não. A minha questão envolve principalmente os valores éticos e morais cristãos.
Você pode até argumentar que cada pessoa tem sua opinião, e adota a postura que bem lhe parecer diante desta questão. Com certeza cada pessoa deve respeitar a opinião e a expressão de opinião de outra. Porém, quanto a aprovar o aborto e concordar com aquelas mulheres que o praticam, é algo a refletir e ponderar muito bem antes de, simplesmente, ser "Maria vai com as outras" no sentido de aceitá-lo como algo legal e normal, pois há alguns pontos a serem observados neste vídeo:

1) O vídeo registra parte importante de um encontro de representações políticas na Organização das Nações Unidas (ONU) discutindo o destino e comportamento das sociedades quanto ao controle de taxa de mortalidade materna na África.


2) O assunto Aborto tem sido tratado banalmente como sendo "questão de saúde pública", ou mesmo de um "direito da mulher sobre o seu próprio corpo". A senhora dinamarquesa no vídeo acima defende o aborto. Mas eu pergunto: "Antes que ela pensasse desta forma, quem incutiu em sua mente que o aborto é o melhor caminho?" Pois, se ela afirma que a mulher deve ter o direito de abortar ou não, significa que ela considera o aborto algo aprovável. 
Isto mostra o quanto a sociedade em que ela está inserida se distanciou dos padrões cristãos; tendo em vista que a Dinamarca professa ter a predominância cristã Luterana. Uma sociedade originalmente cristã sabe que o aborto é um atentado contra a vida. 
É estarrecedor perceber o quanto a representante africana é veemente em afirmar seus valores de fé, sustentando tais valores morais e éticos, certamente tendo recebido o exemplo desde seus ancestrais, que também eram radicalmente contra o aborto.


3) A própria Ciência reconhece que desde a fecundação já existe a nutrição e um processo de desenvolvimento, portanto, intrinsecamente a vida já se encontra ali, embora ainda, informe. Isto também é aceito pela genética, pela embriologia e pela medicina fetal.

4) A nossa mente tem a condição de evoluir conforme o grau de nosso conhecimento, isto é um fato, porém, quando se trata de tornar legal o assassinato a um ser indefeso e incapaz de expressar um grito de socorro, apenas para que se torne mais leve o peso na consciência de quem tal coisa pratica, e para que seja banalizada a vida a tal ponto, não se trata mais de um progresso de ideologia e de comportamento das sociedades, mas de um retrocesso, pois Deus nos fez humanos, mas, cada dia mais este tem se afastado de sua humanidade, e ao se afastar de Deus e da sua Lei, o homem perde o rumo. E o homem sem rumo tenta gerir sua própria vida, mas o governo do homem é injusto e parcial, em favor de si mesmo e dos males que pratica.

Todavia, quando o homem (homem ou mulher, no sentido genérico) volta-se para Deus, quando coloca os óculos corretos (mesmo num mundo relativista), este pode enxergar qual é a vontade de Deus expressa em sua Palavra, a qual, absolutamente, não aprova o aborto. 

12.5.16

Impeachment - Qual o papel da Igreja numa situação como esta?

Por Ana Chagas

Neste frágil momento na política do nosso País, momento este, em que estamos vivendo uma incerteza, vendo a economia arruinada, o Setor da Saúde na UTI; onde de fato, vemos mais oportunidades de acesso ao ensino superior, porém, a educação base deixando ainda muito a desejar. Momento em que, crianças são geradas e levadas à escola apenas visando aumentar a renda da família num Programa Social (lamentável); e ainda, outros setores, que também clamam em alta voz por medidas eficazes por parte do governo, e não é de hoje. São problemas que perduram em nosso País por longos anos.
Claro, que, enquanto cidadãos, não podemos viver alienados desta realidade; mas o que não podemos é, ficar nos degladiando sem podermos dar a solução ao problema aí já instalado.
Então, surge a pergunta: Qual seria o posicionamento correto para nós, Igreja do Senhor?
Sabemos que, tanto os que são da direita, quanto os que são da esquerda, tanto os que queriam o Impeachment quanto aqueles que prefeririam novas eleições, estão agora diante de uma mesma expectativa: o que será do futuro do nosso Brasil?

Independente de que lado eu e você estivermos, há uma ordenança do Senhor à sua Igreja. Muitos nem gostam de ler ou mesmo ouvir alguém recitando este trecho bíblico, tamanha é sua revolta contra os governantes ora em evidência.

Porém, uma coisa é certa: Ninguém recebe autoridade se Deus não lhe conceder, foi isso que Jesus disse a Pilatos:

"Disse-lhe, pois, Pilatos: Não me falas a mim? Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar?
Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima não te fosse dado;" (João 19:10,11a)
Por isso, devemos, em primeiro lugar, submeter-nos à permissão de Deus, e clamarmos incessantemente para que o nosso País não seja submetido a ainda mais sofrimento.

"Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;
Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;
Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador." (1 Timóteo 2:1-3). 

"Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior;
Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem." (1 Pedro 2:13,14).

Deus é Juiz, confiemos em sua Palavra, que diz que aquilo que o homem ceifar, isto colherá, começando já aqui neste mundo, e muito mais na eternidade.
Deus tenha misericórdia do nosso País! Que dias melhores venham para nós!

Gostaria de finalizar indicando excelentes Artigos sobre Política na Bíblia, do Pr. Yago Martins, Acesse e, ao final dos títulos dos artigos vá avançando ou retornando e lendo todos os temas que ele aborda.



Deus nos abençoe!

31.10.13

A reforma protestante e sua importância para a juventude



A Reforma Protestante foi um passo decisivo para a sociedade ocidental. Seu alcance não se restringiu ao aspecto eclesiástico. Nas mais diversas áreas da existência humana, podemos ver sua influência, devido à liberdade de pensamento e expressão que ela garantiu ao enfrentar o domínio católico da produção intelectual da humanidade. Certamente, os jovens têm muito que aprender com esse movimento tão decisivo para a humanidade, iniciado por um jovem monge agostiniano.
A Reforma iniciou-se no dia 31 de outubro de 1517. Martinho Lutero cuidava da igreja do Castelo de Wittemberg, Alemanha, enviado para lá pelo seu mentor, este do convento em que estudava. O intuito era ajudar o jovem Lutero a resolver suas dúvidas de fé. No tempo que se seguiu à sua chegada a Wittemberg, o jovem monge dedicou-se ao estudo e à leitura da Bíblia. Focado em Romanos, Martinho Lutero chegou à conclusão que a prática da Igreja Católica estava errada e que uma reforma era necessária.

No dia mencionado, Lutero pregou suas famosas 95 teses, que ia de encontro à autoridade papal, a cobrança de indulgências e a salvação pelas obras. Diferentemente do que parece, isso não trouxe uma reação imediata. Wittemberg até hoje é uma cidade pequena e as teses foram escritas em Latim, numa época em que poucos sabiam ler, ainda mais em Latim. Demoraram alguns meses para que tudo chegasse ao conhecimento do alto clero católico, mas quando isso se concretizou, a reação foi rápida e severa.

Nos dias que se seguiram, Martinho foi interrogado, ameaçado e desafiado. Suas obras foram proibidas, queimadas e execradas pela "autoridade espiritual' da época. Não fora o apoio de poderosos que se convenceram que Lutero estava certo, sua morte seria uma questão de dias. Ainda assim, a ação deste homem de Deus e daqueles que o seguiram muito tem nos dizer. Devemos olhar para a Reforma buscando algo além da teologia, da doutrina, da hermenêutica e outros aspectos importantes do estudo da Bíblia. Ela nos ensina sobre atitudes importantes quanto ao nosso relacionamento com Deus.

Primeiro, a Reforma nos fala sobre fidelidade a Deus e à sua Palavra. Com uma igreja completamente desviada da verdade das Escrituras, Martinho, certamente, teve a graça de Deus ao seu lado para ter uma visão completamente diferente da dominante na Igreja Romana. Atualmente, o desvio das Escrituras pode ser visto por todos os lados, em diversas denominações cristãs. Assim como a Igreja Católica, elas se cercam de misticismos e ritos estranhos, porém, que impressionam e causam admiração. Por isso, é de extrema importância que o jovem, sempre à procura de novidades, não se deixe levar por emoções e pelo visual das coisas, buscando sempre adequar-se ao que a Palavra de Deus nos ensina e vivendo pela graça.

Em segundo lugar, a Reforma nos ensina sobre a coragem em defender a verdade. Nos tempos de Lutero, o herege era morto. Aqueles que discordavam do alto clero eram considerados traidores de Deus. Nosso reformador não se deixou levar pela intimidação e foi fiel à sua consciência, cativa à Palavra de Deus. Em certa ocasião, na chamada Dieta de Worms, proclamada pelo Imperador Carlos V, Lutero foi intimado para confirmar ou negar seus ensinos. Sua resposta foi um brado pelo que hoje denominamos liberdade de expressão:
    "Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão, porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável."
Será que teríamos essa coragem? Em nossos dias, somos desafiados a defender a verdade. Infelizmente, muitos são os covardes que, por medo da desaprovação dos amigos, ou por simples pressão no local de trabalho, na faculdade, ou mesmo na família, sede a ideias contrárias às Escrituras. Pior ainda, não são poucos que sucumbem totalmente e negam as verdades bíblicas só para fugir da possibilidade de ficar isolado. Enquanto pré-reformadores com John Huss, ou reformadores como Lutero agiram com coragem, como você tem reagido às pressões do dia a dia?
Em último lugar, gostaria de olhar para dependência epistêmica desses homens. Essas palavras parece difícil, mas ela se refere a uma coisa bem simples: conhecimento. Homens como Lutero, Calvino, Huss, Wyclif, Martin Bucer foram totalmente submissos às Escrituras. Por mais que haja diferença entre os pensamentos destes teólogos, resultado das incertezas e debilidades humanas, todos eram submissos à Bíblia. Se no tempo desses homens foi um fator decisivo serem dependentes de Deus para se alcançar conhecimento verdadeiro, hoje, com os avanço e com a relativização da verdade, é salutar que o jovem, servo do Senhor Jesus, sinta-se dependente de Deus para alcançar tal conhecimento. Por mais convincentes que algumas descobertas pareçam ser, mesmo aquelas que contradizem diretamente a Bíblia, precisamos confiar que a Palavra de Deus é a revelação infalível do Criador. Basta lembramos que a ciência  vive em idas e vindas em suas descobertas, tendo suas principais postulações cheias de furos e contradições. Por sua vez, a Bíblia é a mesma desde os tempos antigos, mostrando que devemos tê-la como óculos pelos quais enxergaremos o mundo.
Fidelidade, coragem e dependência: um legado invejável e honroso. Somos jovens protestantes que têm muita história para contar e raízes profundas com as quais firmamos nossos passos. Nesses [496] anos de Reforma protestante, lembre-se que não só tivemos nossas doutrinas definidas, mas que temos desafios grandiosos a fim de nos relacionarmos com Deus e sermos testemunhas de sua verdade. Termino com as palavras de João Calvino:
    "Para que nossa fé repouse verdadeira e firmemente em Deus, devemos levar em consideração, ao mesmo tempo, estas duas partes de seu caráter - seu imensurável poder, pelo qual ele pode manter o mundo inteiro sob seus pés; e seu amor paternal, o qual manifestou em sua Palavra. Quando estas duas coisas vão juntas, não há nada que possa impedir nossa fé de desafiar todos os inimigos que porventura se ergam contra nós, nem devemos ter dúvidas de que Deus nos socorrerá, uma vez que já nos prometeu fazê-lo" (João Calvino: Edições Paracletos, 1999, p.335,336).



Autor: Rev. Ricardo Moura
Fonte: Revista Mocidade Presbiteriana, Nº 38 - 4º Trimestre 2011, p. 17-18 

27.9.13

A moda do entretenimento toma conta de muitas igrejas. Cuidado!

Por Ana Chagas



“Chegará um dia em que no lugar dos pastores alimentando as ovelhas haverá palhaços entretendo os bodes." C. H. Spurgeon

Temos vivido estes dias, infelizmente. Esta é uma afirmação que fazemos, não com indiferença, mas com grande pesar. 
Podemos lembrar aqui daquilo que o Senhor falou por meio do Profeta Ezequiel (cap.34) acerca do problema de maus e falsos líderes; que é real época após época, e agora, com muito mais força. Dizemos isto, baseados também nas palavras do Apóstolo Paulo a Timóteo.

VEJAMOS ESTES TRECHOS DAS ESCRITURAS:

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (2 Timóteo 3:1-17)  

“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências.” (2 Timóteo 4:3)

“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?

Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.

As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

Assim se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do campo, porquanto se espalharam.

As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as buscasse.

Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:

Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que, porquanto as minhas ovelhas foram entregues à rapina, e as minhas ovelhas vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuraram as minhas ovelhas; e os pastores apascentaram a si mesmos, e não apascentaram as minhas ovelhas;

Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:

Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu estou contra os pastores; das suas mãos demandarei as minhas ovelhas, e eles deixarão de apascentar as ovelhas; os pastores não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e não lhes servirão mais de pasto.

Porque assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu, eu mesmo, procurarei pelas minhas ovelhas, e as buscarei.

Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão.

E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países, e as trarei à sua própria terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos rios, e em todas as habitações da terra.

Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será o seu aprisco; ali se deitarão num bom redil, e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel.

Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS.

A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo.

E quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu julgarei entre ovelhas e ovelhas, entre carneiros e bodes.

Acaso não vos basta pastar os bons pastos, senão que pisais o resto de vossos pastos aos vossos pés? E não vos basta beber as águas claras, senão que sujais o resto com os vossos pés?

E quanto às minhas ovelhas elas pastarão o que haveis pisado com os vossos pés, e beberão o que haveis sujado com os vossos pés.

Por isso o Senhor DEUS assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre a ovelha gorda e a ovelha magra.

Porquanto com o lado e com o ombro dais empurrões, e com os vossos chifres escorneais todas as fracas, até que as espalhais para fora.

Portanto livrarei as minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina, e julgarei entre ovelhas e ovelhas.

E suscitarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as apascentará; ele lhes servirá de pastor.

E eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse.

E farei com elas uma aliança de paz, e acabarei com as feras da terra, e habitarão em segurança no deserto, e dormirão nos bosques.

E delas e dos lugares ao redor do meu outeiro, farei uma bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão.

E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o Senhor, quando eu quebrar as ataduras do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas.

E não servirão mais de rapina aos gentios, as feras da terra nunca mais as devorarão; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante.

E lhes levantarei uma plantação de renome, e nunca mais serão consumidas pela fome na terra, nem mais levarão sobre si o opróbrio dos gentios.

Saberão, porém, que eu, o SENHOR seu Deus, estou com elas, e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor DEUS.

Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois; porém eu sou o vosso Deus, diz o Senhor DEUS.(Ezequiel 34:1-31).

O que podemos concluir a partir do que acabamos de ler nas Escrituras Sagradas?

Esta crise teológica que vivenciamos em nossos dias gera a escassez da genuína Palavra de Deus nos púlpitos. Muitos “ministros” só querem dar ao povo o que o povo quer, porém, Jesus mesmo disse: "Errais não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus." (Mateus 22:29). Quem não conhece o verdadeiro, não consegue por si só escolher o verdadeiro. É por isso que eu discordo em parte com aqueles que dizem que a culpa disso tudo está apenas na multidão, que só busca esse tipo de pregação; pois, se as pessoas estão indo a estas igrejas em busca desse tipo de mensagem, é porque alguém começou a oferecer esse tipo de mensagem. Quando o líder oferecer o alimento adequado às suas ovelhas, elas ansiarão cada vez mais pelo puro leite, e em seguida, pelo alimento sólido, quando adquirirem maturidade espiritual para isso. Porém, quando um líder decide que, para abarrotar sua igreja de pessoas precisa ser "Maria vai com as outras" e entrar na onda do antropocentrismo, massageando o EGO daqueles que na verdade precisam é de arrependimento, perdão, regeneração, salvação e santificação; este líder está trazendo culpa sobre si, é o que o Senhor diz em Ezequiel 34. Você pode ler mais sobre o pastor e o alimento que ele dá às ovelhas no Artigo Comentário Bíblico- João 10.1-18, e ainda no Artigo Uma oração de clamor a Deus por todos os cristãos, que escrevi há algum tempo aqui.
Dou graças a Deus porque esse tipo de pensamento contrário às Escrituras. não tomou a mente de todos os pregadores e Líderes, e me alegro em saber que ainda há o remanescente, aqueles que não negociam a sua unção pelo preço barato da popularidade e do sucesso com as multidões; como já comentei também no Artigo Deuteronômio 28. 1-2 X A Teologia da Prosperidade- Afinal, o que determina a bênção de Deus sobre nós?

No âmbito individual, podemos entender que todo aquele que busca quaisquer coisas às quais atribuem valor acima do que deveria ter O Senhor Deus em suas vidas, não agrada a Deus, mas o seu próprio ventre tornou-se o seu deus, por isso, o mesmo Deus que julgará pastores infiéis no ministério da pregação, também julgará ovelhas que amaram este pasto adulterado e não buscaram ler as Escrituras onde está revelada toda a verdade. Sim, porque não basta balançarmos a cabeça quando ouvimos as pregações, temos que ter um comportamento semelhante aos cristãos de Bereia que comparavam as pregações de Paulo com as Escrituras: "Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as cousas eram, de fato, assim" (Atos 17:11).

Às vezes nos tornamos acomodados e não confrontamos o que ouvimos com o que Deus de fato disse em sua Palavra, por isso estas "unções" têm ganhado tanto espaço, bem como as pregações voltadas exclusivamente para a auto-ajuda, a prosperidade e o sucesso. 

Despertemos todos, pastores, líderes e ovelhas!
 

16.8.13

Omissão: Até quando Deus nos suportará?

Por Ana Chagas
O Evangelho está sendo deturpado, ultrajado, desprezado, insultado, adulterado; tudo isso em detrimento de uma vida amoldada ao mundo e suas vãs filosofias. Muitas pessoas estão buscando uma vida de concessões, do "não tem nada de mais"; do "só parece ser festa junina, mas não é"; do "parece ser um Show do mundo, mas na verdade é adoração a Deus" ? Será que Deus aceita esse tipo de adoração? Será que tudo isso não é fogo estranho levado à sua presença, e está incomodando as suas narinas?


Até quando vamos estar à procura da igreja ao gosto do freguês?
Até quando vamos estar à procura da "igreja dos nossos sonhos", que se amolde aos nossos gostos pessoais; onde somos bajulados, onde somos nós o centro das atenções, quando apenas Cristo o deve ser?

Até quando vamos querer este Evangelho barato, o qual não transforma, mas acomoda pessoas na ilusão de que, por frequentarem determinada construção de tijolos e cimento religiosamente podem se chamar de cristãos e acharem que entrarão no gozo de Cristo?

Até quando o homem continuará afastando Deus de seu viver diário, das Instituições públicas, das escolas e de suas casas?

Até quando os governos opressores e injustos continuarão a usurpar o direito do povo que perece no descaso?

Até quando as nossas crianças terão sua infância tragada pela pedofilia, pela escravidão às escondidas, pela opressão psicológica sob ameaças, pelas drogas, pelo exemplo que têm nos chefes de gangues tendo-os como seus "heróis"; e ainda por toda a sorte de violência?

Até quando os crentes estarão calados e omissos diante de tudo isso?

Até quando estaremos gostando tanto de estar no mundo e aguardarmos mais ansiosamente o sucesso pessoal do que a volta de Cristo? Até quando estaremos distraídos com os atrativos terrenos deixando Deus de lado?

Até quando continuaremos somente absorvendo conhecimento sem partir para a prática, sem partir para o ataque contra o reino das trevas? Sim, pois quando Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua Igreja, Ele quer mostrar que a Igreja não é inerte, mas é uma Igreja que batalha as batalhas da fé, que avança frente ao império da morte e do pecado. Até quando ficaremos sem esta visão ampla do que é o reino espiritual?

Deus é paciente. Mas, até quando nos suportará?