29.2.12

Somos verdadeiros amigos de Deus?

 Texto: João 15.14 "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando."

Estas palavras de Jesus são muito fortes se pararmos para analizá-las profundamente. Ser amigo de Deus... Quem não deseja ser considerado por Deus como um amigo? Mas não é algo tão fácil assim. Muitos de nós podemos até pensar que temos sido amigos dele, quando na verdade o nosso comportamento tem negado algo que pensávamos ser verdade.
 Já falei aqui, na postagem "Deus aceita a qualquer culto?", que Deus rejeita a mera religiosidade. O mero ajuntamento solene desvinculado da obediência não redunda em glória para Deus, pelo contrário; o aborrece.
Algo que me incomoda é a minha falta de atitude e  falta de atitude em grande parte do povo denominado como "Povo de Deus". Se fizermos um levantamento de todas as frases no imperativo que Jesus proferiu, deixando como uma ordem, não como um mero convite; veremos então, o quanto estamos aquém daquilo que devemos ser. Logo, reconheço que minha postura em relação a estas ordens, são vergonhosas para alguém que julga e ousa afirmar que é amiga de Deus.
E a ordem que é mais gritante aos meus ouvidos neste momento é: "Ide, portanto, fazei dicípulos de todas as nações;[...] ensinando-as a guardar tudo quanto vos tenho ensinado." (Mt 28.20).

De que adianta eu dizer que sou amiga de Deus se permaneço no conforto do banco da minha igreja, do sofá da minha sala, enquanto tantos necessitam ouvir a pregação do Evangelho, por meio da qual, Deus escolheu chamar os seus escolhidos, mediante a ação do Espírito santo em suas vidas? O que eu estou fazendo aqui na minha zona de conforto?
O conhecimento teológico é importante? É, e muito. Mas o colocar em prática este conhecimento é algo fundamental para que vivamos como verdadeiros discípulos e amigos de Deus. Sempre falo aqui e no meu outro Blog Compaixão pelas almas que a Teologia não pode ser separada da Missão; pelo contrário, a Teologia deve redundar em pronta disposição à ação! Não adianta lermos e relermos a Bíblia, nos vangloriarmos no fato de já ter conseguido lê-la tantas vezes, se de fato ela ainda não se tornou nossa própria vida, a tal ponto que não suportemos lê-la, sem que tenhamos uma atitude positiva diante do confronto a nós proposto por Ela.

Hoje, na última palestra de abertura das aulas do Seminário assistindo a ação evangelística de grupos que tomaram uma atitude, olhei pra mim e cheguei à seguinte conclusão: É chegado o tempo de tomar atitude! Então faço uma singela oração ao meu Deus, que gostaria que você orasse juntamente comigo agora:

"Senhor, não peço que tenhas misericórdia de mim por minha negligência, pelo meu comodismo; mas peço que me perdoes a omissão e que me levantes com poder e ousadia do teu Espírito Santo, a ponto de não olhar os obstáculos que surgirem, mas olhar fixamente para Ti. Tira-me da zona de conforto, porque somos tendenciosos a fugir da dor e do sofrimento, do sol quente, de um chão frio, de ladeiras, de situações que talvez representem perigo à nossa vida, etc. Faz-me dizer e viver o que disse e viveu o Apóstolo Paulo em At 20.24: "...Em nada tenho a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o Evangelho da graça de Deus."  Não quero pensar que sou teu amigo, quero, de fato, ser teu amigo, como o foi Enoque, que andou contigo, que te agradou, que andou segundo a tua vontade. Em nome de Jesus, Amém!


Que, de fato, venhamos, eu e você, refletirmos sobre a nossa vida e prática. Somos o que dizemos que somos? Penso que estamos aquém disso; mas creio que podemos ser restaurados à obediência pelo poder que há no Nome do Senhor Jesus, por meio do agir do Espírito Santo, e então, poderemos considerar a nós mesmos como amigos do Senhor. A Ele toda a glória para sempre. Amém!