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31.10.13

A reforma protestante e sua importância para a juventude



A Reforma Protestante foi um passo decisivo para a sociedade ocidental. Seu alcance não se restringiu ao aspecto eclesiástico. Nas mais diversas áreas da existência humana, podemos ver sua influência, devido à liberdade de pensamento e expressão que ela garantiu ao enfrentar o domínio católico da produção intelectual da humanidade. Certamente, os jovens têm muito que aprender com esse movimento tão decisivo para a humanidade, iniciado por um jovem monge agostiniano.
A Reforma iniciou-se no dia 31 de outubro de 1517. Martinho Lutero cuidava da igreja do Castelo de Wittemberg, Alemanha, enviado para lá pelo seu mentor, este do convento em que estudava. O intuito era ajudar o jovem Lutero a resolver suas dúvidas de fé. No tempo que se seguiu à sua chegada a Wittemberg, o jovem monge dedicou-se ao estudo e à leitura da Bíblia. Focado em Romanos, Martinho Lutero chegou à conclusão que a prática da Igreja Católica estava errada e que uma reforma era necessária.

No dia mencionado, Lutero pregou suas famosas 95 teses, que ia de encontro à autoridade papal, a cobrança de indulgências e a salvação pelas obras. Diferentemente do que parece, isso não trouxe uma reação imediata. Wittemberg até hoje é uma cidade pequena e as teses foram escritas em Latim, numa época em que poucos sabiam ler, ainda mais em Latim. Demoraram alguns meses para que tudo chegasse ao conhecimento do alto clero católico, mas quando isso se concretizou, a reação foi rápida e severa.

Nos dias que se seguiram, Martinho foi interrogado, ameaçado e desafiado. Suas obras foram proibidas, queimadas e execradas pela "autoridade espiritual' da época. Não fora o apoio de poderosos que se convenceram que Lutero estava certo, sua morte seria uma questão de dias. Ainda assim, a ação deste homem de Deus e daqueles que o seguiram muito tem nos dizer. Devemos olhar para a Reforma buscando algo além da teologia, da doutrina, da hermenêutica e outros aspectos importantes do estudo da Bíblia. Ela nos ensina sobre atitudes importantes quanto ao nosso relacionamento com Deus.

Primeiro, a Reforma nos fala sobre fidelidade a Deus e à sua Palavra. Com uma igreja completamente desviada da verdade das Escrituras, Martinho, certamente, teve a graça de Deus ao seu lado para ter uma visão completamente diferente da dominante na Igreja Romana. Atualmente, o desvio das Escrituras pode ser visto por todos os lados, em diversas denominações cristãs. Assim como a Igreja Católica, elas se cercam de misticismos e ritos estranhos, porém, que impressionam e causam admiração. Por isso, é de extrema importância que o jovem, sempre à procura de novidades, não se deixe levar por emoções e pelo visual das coisas, buscando sempre adequar-se ao que a Palavra de Deus nos ensina e vivendo pela graça.

Em segundo lugar, a Reforma nos ensina sobre a coragem em defender a verdade. Nos tempos de Lutero, o herege era morto. Aqueles que discordavam do alto clero eram considerados traidores de Deus. Nosso reformador não se deixou levar pela intimidação e foi fiel à sua consciência, cativa à Palavra de Deus. Em certa ocasião, na chamada Dieta de Worms, proclamada pelo Imperador Carlos V, Lutero foi intimado para confirmar ou negar seus ensinos. Sua resposta foi um brado pelo que hoje denominamos liberdade de expressão:
    "Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão, porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável."
Será que teríamos essa coragem? Em nossos dias, somos desafiados a defender a verdade. Infelizmente, muitos são os covardes que, por medo da desaprovação dos amigos, ou por simples pressão no local de trabalho, na faculdade, ou mesmo na família, sede a ideias contrárias às Escrituras. Pior ainda, não são poucos que sucumbem totalmente e negam as verdades bíblicas só para fugir da possibilidade de ficar isolado. Enquanto pré-reformadores com John Huss, ou reformadores como Lutero agiram com coragem, como você tem reagido às pressões do dia a dia?
Em último lugar, gostaria de olhar para dependência epistêmica desses homens. Essas palavras parece difícil, mas ela se refere a uma coisa bem simples: conhecimento. Homens como Lutero, Calvino, Huss, Wyclif, Martin Bucer foram totalmente submissos às Escrituras. Por mais que haja diferença entre os pensamentos destes teólogos, resultado das incertezas e debilidades humanas, todos eram submissos à Bíblia. Se no tempo desses homens foi um fator decisivo serem dependentes de Deus para se alcançar conhecimento verdadeiro, hoje, com os avanço e com a relativização da verdade, é salutar que o jovem, servo do Senhor Jesus, sinta-se dependente de Deus para alcançar tal conhecimento. Por mais convincentes que algumas descobertas pareçam ser, mesmo aquelas que contradizem diretamente a Bíblia, precisamos confiar que a Palavra de Deus é a revelação infalível do Criador. Basta lembramos que a ciência  vive em idas e vindas em suas descobertas, tendo suas principais postulações cheias de furos e contradições. Por sua vez, a Bíblia é a mesma desde os tempos antigos, mostrando que devemos tê-la como óculos pelos quais enxergaremos o mundo.
Fidelidade, coragem e dependência: um legado invejável e honroso. Somos jovens protestantes que têm muita história para contar e raízes profundas com as quais firmamos nossos passos. Nesses [496] anos de Reforma protestante, lembre-se que não só tivemos nossas doutrinas definidas, mas que temos desafios grandiosos a fim de nos relacionarmos com Deus e sermos testemunhas de sua verdade. Termino com as palavras de João Calvino:
    "Para que nossa fé repouse verdadeira e firmemente em Deus, devemos levar em consideração, ao mesmo tempo, estas duas partes de seu caráter - seu imensurável poder, pelo qual ele pode manter o mundo inteiro sob seus pés; e seu amor paternal, o qual manifestou em sua Palavra. Quando estas duas coisas vão juntas, não há nada que possa impedir nossa fé de desafiar todos os inimigos que porventura se ergam contra nós, nem devemos ter dúvidas de que Deus nos socorrerá, uma vez que já nos prometeu fazê-lo" (João Calvino: Edições Paracletos, 1999, p.335,336).



Autor: Rev. Ricardo Moura
Fonte: Revista Mocidade Presbiteriana, Nº 38 - 4º Trimestre 2011, p. 17-18 

12.10.13

Eu, a TV, a Internet e a Glória de Deus

Por Ana Chagas


O que assistimos na nossa casa, em nossa TV, ou ainda, o que acessamos na internet tem glorificado a Deus?
O fato de sermos cristãos não deveria de alguma forma interferir na forma com que selecionamos o que vemos ou deixamos de ver?
Alguém certa vez me falou que possuía “um filtro”, e que sabia muito bem o que deveria escolher. Mas, será que isto é verdade em relação a todos nós? Como vai o meu "filtro" de lixo televisivo ou virtual? Até que ponto temos este controle? Ou, em que condições estaríamos aptos para tal? 

Uma coisa é certa, o homem natural, ou seja, o homem que ainda não teve uma experiência verdadeira de novo nascimento não tem condição alguma de escolher o bem, antes, a sua natureza contaminada pelo pecado originalmente, desde Adão, o torna apto sim, mas para desejar tudo quanto é inimizade para com Deus. O nosso coração é enganoso: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9); como, pois, poderíamos escolher coisas boas? Porém, aqueles que já foram regenerados de fato, agora têm a mente de Cristo, ou seja, deve pensar como Cristo, e logo surge aquela pergunta clássica: “Em seus passos, o que faria Jesus?" Será que Ele se sentaria ao teu lado ou ao meu lado para assistir o que você e eu escolhemos assistir ou ver na internet? Como será que o Senhor olha para nós neste momento? Às vezes penso que Ele sente como quando disse: “[...] quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!”(Mateus 23:37 b), sabe por quê? Porque somos rebeldes contra Deus, somos pessoas de dura cerviz, teimosas, como Ele diz muitas vezes com o povo de Israel. Às vezes criticamos o povo de Israel porque era tão rebelde e idólatra de seus próprios prazeres, enquanto nós, não poucas vezes, estamos nos comportando muito pior do que aquele povo. Precisamos rever como temos vivido neste mundo, como estamos vivendo dentro de nossas próprias casas, ou como nos portamos quando estamos sozinhos no nosso quarto, à frente de um computador.

Alguns podem dizer: “Mas desse jeito você está pregando moralidade”. Eu respondo: “Não, eu estou pregando a vida nova que Jesus nos chamou para que a vivêssemos!" Leia comigo o que Paulo diz aos Efésios: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:1-10).
Observe o final do trecho: criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas! Portanto, não podemos mais guiar-nos a nós mesmos pelo que o nosso “coração” diz que é bom para nós; mas devemos guiar-nos pela instrução do nosso Deus, assim, com certeza não erraremos na escolha dos programas que assistimos, ou das atitudes que tomamos, ou ainda das palavras que falamos; antes desejaremos manter a nossa mente longe de todo e qualquer lixo televisivo ou virtual. Não estou dizendo que a contaminação está apenas fora de nós,na verdade a impureza está presente no nosso coração, mas tudo isso é aguçado pelo que deixamos entrar nas nossas mentes. 
A Sua Palavra nos diz ainda: “E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.” (Filipenses 4:7-9).

Mas como encontrar esta direção de que precisamos para não escolhermos mal o que vamos ver? Sendo salvo, nascido de novo, alimentando-se da fonte de toda sabedoria e prudência: o temor do Senhor, por meio de uma vida de comunhão com Ele; lendo a sua Palavra e orando sem cessar, pois a sua Palavra é luz: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Salmos 119:105); e também é Sabedoria: "[...] Quando caminhares, te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida.” (Provérbios 6:20-23). 

Se a escolha do que se assiste na nossa casa está em seu poder ou no meu, (pois nem sempre temos autoridade para tal, mas podemos nos retirar da sala, se esta for a única saída, mas de forma educada) não aceitemos lixo! E não falo apenas de uma propaganda que surge do nada (mas num canal que, diga-se de passagem, também fomos nós que escolhemos ver), falo de programas que escolhemos deliberadamente para assistir mesmo sabendo que o seu conteúdo é totalmente abominável aos olhos de Deus. 

O problema não está em possuirmos televisão ou não , mas naquilo que escolhemos ver. O problema não é estarmos no mundo, mas é o sermos atraídos a amoldar-nos a ele e cedermos. Aprendamos a rejeitar aquilo que o nosso Deus rejeita. Afinal, não estamos na presença dEle apenas quando estamos nas paredes do templo, mas sempre: “Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?” (Sl 139.7), pois nós mesmos somos o seu templo: “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo.” (1 Co 3.16-17). Como disse o Apóstolo Paulo: "Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." (Romanos 8:5-9). 

SANTIDADE, esta é a palavra que resume tudo o que eu afirmo aqui! É também o que Deus espera de nós. Não é o que devemos ser para que Ele nos ame e nos salve, mas é para o que Ele nos amou e nos chamou para sermos santos!

Pensemos nisso.
 

12.2.13

Pela vivência do cristianismo sério e autêntico

Por Ana Chagas



É triste quando o crente desvia o seu olhar das coisas do céu e começa a encantar-se pelas coisas do mundo. Ele começa a achar que tudo é "normal", e até passa a interpretar a Palavra ao seu próprio modo, chegando até a dizer: "Não é bem isso que a Bíblia quis dizer; as pessoas é que são muito radicais em sua interpretação.” Mas sabemos que na verdade isto é uma artimanha da nossa natureza pecaminosa; e que a Bíblia tem uma única interpretação, e que a mesma não negocia o que alguns acham conveniente ou não para eles, ela é pura e verdadeira.


Lembremo-nos da estratégia da Serpente no Jardim do Édem. Ela repetiu palavras que Deus havia dito, porém, as distorceu, lançando dúvidas na mente da mulher, não apenas acerca do genuíno sentido delas; mas também acerca do caráter do próprio Deus, passando Eva a pensar que Deus apenas estava os impedindo de ser como Ele; e surgiu nela o desejo de "ser como Deus"; então veio a queda do homem, se consumando na participação daquele que havia recebido a ordem "Mas deste fruto não comerás". Mas havia um detalhe: Deus, mesmo conhecendo o mal não se corrompe; o homem, porém, é limitado e ao passo que conheceu o mal foi imediatamente contaminado e corrompido por ele; e grande e terrível foi a consequência disso para o homem, para a mulher, para a natureza e na sequência inevitável, para toda a humanidade.


A Bíblia nos ensina: "Não ameis o mundo (sistema pecaminoso dominado pelo maligno) nem as coisas que no mundo há. Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está nele." (1 João 2.15). A Palavra ainda continua dizendo que aquele que se constitui amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus. Ou seja, não há como ser crente e continuar amando e se rendendo ao desejo pelas coisas do mundo.
Em cada época na história da humanidade, homens e mulheres fiéis se defrontaram com grandes tentações, só que estas tinham uma camuflagem diferente das que vemos hoje; mas aqueles homens e mulheres guardavam a Palavra fiel em seus corações para não pecar contra Deus. E os que quiseram se apartar da Palavra, levantaram para si falsos mestres, ou a si mesmos se fizeram Mestres e Profetas que começaram a dizer: "Não é bem assim que está escrito"; passando, então, a divulgar suas interpretações confortáveis a si mesmos, e a viver de forma rebelde diante de Deus. 


Há muitas práticas em nossos dias que tem nome de "boas”, mas que são abomináveis aos olhos de Deus. Muitos dizem que têm um "filtro" e que só absorvem aquilo que é "bom" do que assistem, do que ouvem em seus fones de ouvido de um lado para o outro; do que ouvem de seus "amigos" em suas rodas de conversa, daquilo que vêem na internet, etc. Há atitudes que têm sido geradas em muitos crentes justamente como resultado de uma alta absorção de lixo áudio-visual, e que têm acarretado o teor das postagens de muitos destes crentes em seus perfis nas redes sociais.


Há um filme que tem como título "Em seus passos, o que faria Jesus?" o qual se aplica muito bem nesta palavra que quero trazer. Será que Jesus postaria em seu Facebook fotos dele seminú? ("Mas naquela foto eu estava na praia, é normal, é roupa de praia...").  Precisamos considerar algumas questões: Em primeiro lugar,  tanto os rapazes quanto as moças crentes devem ter prudência quanto ao que vestem, mesmo que seja na praia. Ainda mais agora, que até a foto de um espirro que alguém dá vira uma postagem na internet. Lembremo-nos que a Internet adentra na casa das pessoas, no quarto delas, enfim. Você entraria na casa dos irmãos da igreja de biquíni? Sentaria no sofá destes irmãos e ficaria conversando vestida assim? Pois, reflita e conclua que quando você posta esse tipo de foto é isso que você está fazendo, se expondo seminua publicamente num ambiente que não é apenas "a praia". Será que o Senhor Jesus aprovaria este comportamento? A serva de Deus deve ser, acima de tudo, uma mulher sábia e prudente. E esta sabedoria e prudência não são esperadas apenas das mulheres casadas, mas das mulheres de modo geral. Em segundo lugar, pessoas não-crentes que se expunham demais na internet colheram frutos amargos por esta exposição não pensada; e que diremos das crentes? A internet é como um vento, se você soltar as penas de um travesseiro nela, jamais poderá trazê-las todas de volta.


A pornografia é outro terrível problema que tem dominado muitos crentes, desde a pré-adolescência até a idade adulta; que se apoiam na velha desculpa: "Eu sei o que devo acessar ou não; eu sei filtrar", etc. Além disso, muitos pais não têm vigiado seus filhos pequenos nem os preservam enquanto ainda podem. Levados pela ideia secular de que os pais têm que respeitar a privacidade dos filhos acima de tudo, muitos estão entregando seus filhos nas garras do Diabo. Os pais não podem se esquecer da grande responsabilidade que lhes é entregue por Deus ao dar-lhes um filho. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e quando for velho, não se desviará dele.” (Pv 22.6). Os filhos são ensinados pela orientação dos pais e principalmente pelo exemplo deles. Lembremo-nos: “Em seus passos, o que faria Jesus?”


A Bíblia nos ensina: "Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus." (I Co 10.31). Fica a pergunta para nós: "Será que o meu comportamento glorifica a Deus?". A Bíblia nos diz ainda: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Coríntios 6: 19-20). Amados, pertencemos a Deus! Precisamos glorificá-lo com todo o nosso ser!O nosso ouvido tem que glorificar a Deus rejeitando certas músicas que são um verdadeiro lixo, ou ainda piadas maliciosas ou ainda aquelas que parecem inofensivas, mas que até blasfemam contra Deus e de sua Palavra. A nossa boca tem que glorificar a Deus não pronunciando palavras sujas e vulgares, ou ainda, não dizendo palavras que mais parecem pedras que derrubam aquele que está à beira do abismo; precisamos dizer apenas palavras edificantes, que são como uma corda, na qual aquele que está lá, à beira do abismo, possa se sustentar e conseguir sair e fincar os pés novamente firmes no chão, para a glória de Deus! A nossa mente também precisa glorificar a Deus em tudo, a todo segundo de nossa existência.  Em Romanos 12.1-2 Deus nos ordena que devemos ser transformados pela renovação da nossa mente, para que assim, possamos experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. 

Mas como faremos isso? O salmista nos dá a resposta: “Como purificará o jovem o seu coração? Observando-o segundo a Tua Palavra.” (Salmo 119.9). O próprio Jesus, no Evangelho de João 17.17, orou ao Pai: “Pai, santifica-os na Verdade; a tua Palavra é a Verdade.” 


O que faremos diante do exposto pela Palavra de Deus? Continuaremos desprezando o verdadeiro sentido dos Preceitos do Senhor para as nossas vidas? Continuaremos sem tratar a Bíblia com a seriedade que lhe é devida? Continuaremos desprezando os alertas ali contidos quanto ao desprezo do verdadeiro conhecimento de Deus? Continuaremos interpretando-a conforme o nosso bel-prazer, conforme nos é conveniente? Será que queremos continuar vivendo um cristianismo raso, sem profundidade de comunhão com Deus e com sua a sua Palavra? Queremos ser crentes sem conteúdo que evidencie que a vida dinâmica de Cristo está em nós? 
Temos diversas oportunidades de glorificarmos a Deus no nosso dia a dia, inclusive a internet. O que faremos nós diante de tudo quanto temos recebido por meio da Palavra de Deus? Precisamos dar um “basta” na maneira como temos usado este breve tempo que vivemos aqui neste mundo;  não podemos viver de forma raquítica por falta do alimento espiritual que é a Palavra do senhor. Precisamos comer esta Palavra e aplicá-la de forma prática em nosso viver diário, e assim o Senhor será glorificado, e saberemos que o que estamos fazendo, Jesus também faria, pois estamos glorificando ao Deus-Pai.
Não estaremos vivendo de fato o cristianismo sério e autêntico enquanto não passarmos a odiar o mundo (sistema, e não pessoas) e o que nele há, assim como Deus. Lembremo-nos: Deus afirma em sua palavra que muitos o louvam com os lábios, porém, o seu coração está longe dele. (Isaías 29.13).

A santificação não é ingresso para a salvação, em hipótese alguma. Contudo, a Bíblia diz que sem ela ninguém verá o Senhor; o que nos leva a concluir que ninguém que esteja entre os salvos viverá de forma abominável a Deus, mas procurará sempre agradá-lo e glorificá-lo em tudo. Por isso, partindo do pressuposto de que o ímpio não anela pela santificação, somente os salvos, o Senhor diz em Apocalipse: "Quem for sujo suje-se mais ) e quem for santo, santifique-se mais, permaneça em santificação."

7.1.11

Vício em Internet: Quero a minha vida real de volta!

De repente percebi que preciso voltar...
Ah, que saudade de quando eu tinha mais amigos reais do que virtuais...!!!
De quando eu visitava mais amigos reais que amigos virtuais... Não que alguns dos virtuais também não sejam reais... Mas sinto falta...

Acho pouco ter inúmeros amigos no orkut, mesmo que nunca tenha os visto pessoalmente; daí, descubro quais as outra redes sociais que existem e quero ter todos aqueles amigos em todas as redes sociais e ainda outros, e muitos mais... Mas estou sozinho aqui... Olho ao redor... Onde estão os meus amigos reais? Quanto tempo faz que fui à casa de um deles visitá-los e olhar em seus olhos e dizer: "Estou aqui, vim saber como você está... Você está verdadeiramente no meu coração"...?

Sinto saudade de quando me bastavam os problemas mais imediatos que me cercavam; hoje, já não cabem na minha mente os problemas do mundo todo, no mesmo minuto em que ocorrem...
Parece que quanto mais utilizo a internet, mais distante me sinto das pessoas reais...
Me sinto mais retraído para comunicar-me com o mundo real, mesmo que tenha adquirido maior desenvoltura utilizando os meus dedos no teclado do meu computador...
Parece até que este mundo virtual começa sugar-me para dentro dele como um ímã e cada vez mais me retira do meu mundo real... Todos os que conhecem o mundo virtual têm o mesmo jargão: "Sei equilibrar o uso dela"... Mas na vida real... Acabam reconhecendo, como eu: reconheci "Não quero isso, mas é como se fosse um ímã..."

O mundo sem a internet parece que seguia um curso mais ameno; os dias demoravam mais a passar... As pessoas tinham mais tempo para passear e visitar velhos amigos para "jogar conversa fora"... Para momentos de contemplação da natureza; pois faz tanto bem admirar a criação de Deus, ainda mais se for na companhia de verdadeiros amigos reais... É muito melhor que ficar ingerindo todo o tipo de lixo virtual que nos assedia todo o tempo na tão amada "Net"...
Antes as pessoas tinham tempo de parar e lembrar que pessoas reais precisavam da presença delas e abriam mão dos seus afazeres com mais facilidade para se doarem ao próximo. Hoje... Mais sei o que as outras pessoas andam realizando pelo mundo a fora do que tenho realizado eu mesmo...
Hoje... Hoje as pessoas quase não têm tempo para si mesmas, porque todo o seu tempo está preso a uma pequena máquina conectada ao mundo todo, como se estivessem presas a um balão de oxigênio...

Claro que nem todos têm acesso à internet, mas com certeza, todos estão sofrendo a consequência, direta ou indiretamente, da influência que ela têm exercido em todo o mundo real.
Amizades desfeitas (pois deixam de aceitar sair ou visitar amigos para estar na Internet); casamentos abalados (pois há pessoas que levam o PC até para a cama); relacionamentos enfraquecidos (pois já não "sobra" tempo para o diálogo e o lazer em família)... Eu acordei! Não é esta vida que quero para mim e para a minha família! Preciso resgatar a minha vida real, que é tão preciosa, e, por sinal, é única! Só viverei aqui no mundo uma única vez; portanto, devo fazer valer a pena, marcando a vida das pessoas reais, as quais estão pertinho de mim; devo gastar, ou melhor "investir" tempo em companhia delas. Sei que é isto que Deus quer para mim!

Socorro, Deus, salve-me da Internet!... Salve-me de mim mesmo!

Autora: Ana Chagas




(Mensagem de Reflexão inspirada na situação em que vive a humanidade refém do mundo virtual, independente de seu credo, posição social ou etnia. O mundo precisa pôr os pés no chão e doar mais tempo para viver sua vida real . Precisamos ter mais tempo para Deus, para nós e para os nossos amigos reais, pois podemos estar deixando que eles se afastem e fiquem no esquecimento, enquanto enchemos as nossas redes sociais e as nossas sagradas 24 horas do dia com o mundo virtual. Amo a internet, utilizo com frequência, também sinto a grande necessidade de equilibrar melhor o meu tempo para que assim a minha vida real seja mais produtiva e seja uma vida de melhor qualidade. Creio que muitos se identificarão com o que diz o texto. Um abraço a todos!)

Você é viciado em Internet? Quer saber se é? Faça esse Teste e descubra!

7.10.10

Seja um referencial a partir do exemplo de Cristo

Textos básicos:
"Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo." (I Co 11.1)

"Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza." (I Tm 4.12)

No primeiro texto encontramos o Apóstolo Paulo exortando aos crentes de Corinto a que fossem exemplo dele como ele o era de Cristo. Paulo compreendia que normalmente elegemos pessoas como referenciais, como modelo, às quais buscamos imitar em toda a nossa maneira de ser, seja no modo de andar, falar, agir, enfim, em todas as áreas das nossas vidas, até mesmo na nossa forma de ver o mundo e suas ideias; e, a partir desta compreensão ele ensinou aos irmãos coríntios que procurassem o melhor exemplo para seguir. Nos versículos anteriores podemos perceber o contexo em que se deu esta admoestação; aqueles irmãos estavam vacilantes quanto à vida cristã, a qual, agora que já nasceram de novo, deveria em tudo glorificar ao Pai celestial, porém, eles estavam dando importância a conselhos e convites à práticas que em nada agradavam a Deus. Paulo os advertiu a que procurassem em tudo parecer com Cristo, assim como ele mesmo procurava fazer. Trazendo este princípio para o nosso tempo, percebemos que ele se aplica perfeitamente à nossa realidade, mesmo depois de passados tantos anos.

Podemos constatar a situação em que se encontram os jovens e adolescentes desta nossa geração; desnorteados, em busca de um "referencial". A Sociologia aponta o porquê desta tão grande necessidade que o Ser Humano tem de ter alguém em quem se espelhar; explicando que, na verdade, a real necessidade é a de se auto- afirmar como ser social, a partir desta auto-afirmação, inconscientemente ele vai estabelecendo a sua personalidade, a qual será o resultado da sua personalidade, felizmente ou infelizmente (depende de quais foram as suas referências). E é nesta busca, que muitos acabam encontrando falsos padrões para nortearem seus passos. Vemos aí a idolatria por astros da música e do cinema, destaco mais ainda os da música. É claro que temos cantores cujas músicas são sadias, mas hoje em dia isto é coisa rara. A maioria delas fazem apologia ao sexo ilícito, à infidelidade conjugal, ao uso de drogas, à violência, enfim, são as ofertas dos"ídolos" desta nova geração que, sutilmente vão degenerando a personalidade dos seus fãs, alguns indo por este caminho definham até o mais profundo abismo, chegando a não encontrar mais razão para a sua existência. O que quero dizer com estas palavras é que é urgente a necessidade que estes jovens e adolescentes tem de encontrarem outros jovens e adolescentes que sejam exemplos fiéis de Cristo, que venham a influenciá-los positivamente. Jovens e adolescentes cujo modelo é Cristo, assim como Jesus foi modelo para Paulo, o qual, consequentemente tornou-se exemplo para tantos outros.

A igreja de Cristo deve procurar preparo para receber estes jovens e adolescentes que chegam na igreja totalmente desnorteados, com fome de Deus, mas com seus pensamentos tão confusos. Eles precisam encontrar dentro da Igreja um referencial, não apenas no seu Pastor, mas, principalmente naqueles que são da sua mesma faixa etária.
Ainda me lembro com alegria dos meus primeiros anos servindo ao Senhor. Cheguei na igreja, fui muito bem acolhida e pude, para a glória de Deus encontrar jovens e adolescentes comprometidos com Deus; pessoas da minha idade cujo maior desejo era o de agradá-lo. Vivi tempos muito edificantes com eles. Eram jovens que valorizavam o ato de congregar, de estar juntos na casa do Senhor, vivendo a comunhão uns com os outros; jovens que, ao chegar na igreja a primeira coisa que procuravam era orar juntos e buscar a face do Senhor, antes mesmo do ajuntamento para a liturgia do culto. Jovens que tinham o prazer de evangelizar e de, num feriado, retirar-se para vigílias e retiros espirituais, não retiros de "turismo", mas retiros espirituais. Eram jovens que buscavam o revestimento do poder do Espítiro Santo para as suas vidas (ou, "Batismo com o Espírito Santo", os dons, como prefiram chamar), eram jovens que buscavam com zelo os dons espirituais, como nos exortou Paulo (ICo 14.1), jovens que buscavam viver de forma coerente com a fé que professavam. Pois não adianta falarmos em línguas todo o tempo ou termos outros dons, se a nossa vida não fizer jus ao nome de cristãos (que significa "parecidos com Cristo") que levamos conosco por onde passarmos. Não falo desta época como forma de saudosismo, mas como um grito de alerta: Nós cristãos estamos deixando pouco a pouco o primeiro amor, as primeiras obras, a forma de vida cristã que agrada a Deus. Estamos nos esquecendo que o nosso testemunho diante daqueles que nos cercam fala mais alto que as nossas palavras. O verdadeiro avivamento ocorre quando há em nós uma profunda consciência de pecado, arrependimento, Fé e mudança de vida e este deve começar em nós; mas muitas vezes temos colocado a culpa da falta de avivamento nos outros. Se sabemos que este referencial está se perdendo, devemos ser os primeiros a corrermos atrás do prejuízo. Nós mesmos é que estamos perdendo com este abandono do primeiro amor, não é Deus; pois Ele continua sendo o mesmo Deus, mesmo que não o busquemos. Mas uma coisa é certa: Ele tem muito mais a nos dar, falo em termos espirituais, o banquete está preparado, e nós estamos ao lado da mesa, com as mãos para trás e com a boca e o coração fechados, sem buscá-lo, e é por isso que temos tido tão pouco a oferecer aos outros e até a nós mesmos.

Falando a Timóteo (I Tm 4.12), Paulo encoraja-0 a ser um jovem-exemplo, um jovem no qual outros possam encontrar o exemplo de Cristo, um jovem que seja modelo dos outros fiéis.
Faço agora algumas perguntas que primeiro vem para mim e só depois para os outros:
Quando um novo convertido começa a conviver com a igreja, que impressão ele tem ao olhar para o meu viver? Que referencial eu tenho sido para os mais novos na fé? De que maneira eu tenho marcado a sua vida? Tenho percebido que determinada atitude que tomei foi indigna de um servo de Cristo que deve ser exemplo dos fiéis? Tenho olhado para os jovens e adolescentes lá no meu trabalho ou na minha escola da mesma maneira que Jesus olhou para a multidão e se compadeceu delas (Mt 9.36)?
Pense nisso!

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