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6.4.10

Educação para uma Vida sustentável à luz da Bíblia

Texto: I Pedro 2.13- 17

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"




O que tenho a comentar sobre esta frase:


"Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive..."
Sempre ouvimos frases como: "Precisamos cuidar do Planeta para as próximas gerações" ou: "O que será dos nossos filhos e netos se não cuidarmos do planeta agora?" Claro que é importante nos preocuparmos com este assunto, e a pergunta vencedora neste Congresso sobre Vida Sustentável é bastante relevante para a realidade do nosso contexto atual; pois nos leva a questionarmos mais acerca da nossa postura enquanto cidadãos, enquanto habitantes da Terra e principalmente como EDUCADORES DAS PRÓXIMAS GERAÇÕES.

"Por quê o Planeta está sofrendo tanto como vemos à nossa volta? Será que a culpa está em Deus, como muitos andam dizendo: "Que Deus é esse que deixa o povo sofrer assim?"


Será que estas mesmas pessoas já pararam para pensar que a causa de todo esse desmantelo é algo que vai além da falta de Educação dos cidadãos?

Quando o autor da frase vencedora pergunta: "Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?" Automaticamente somos levados a pensar na Educação desde a raíz da Sociedade: A FAMÍLIA. Certamente que a Família é a base, pois é no seio familiar que a criança adquire a primeira visão de mundo; é lá que lhe são passados valores e até mesmo preconceitos (preconceitos os quais não deveriam ser jamais inculcados na sua cabeça, mas infelizmente é o que acontece). Novas gerações vão surgindo, uma após a outra,e muitas famílias continuam cometendo os mesmos erros dos seus antepassados, deixando de formar nos seus filhos o Temor a Deus, o respeito ao Planeta, ao Meio Ambiente, e por que não dizer, ao próximo, e muitas vezes até por a si mesmo.
Não me ignorem por afirmar esta verdade. Esta deficiência à qual me refiro não surge de repente em determinada Família, mas é passada de geração a geração. Por exemplo, se eu nada ouvi em minha casa acerca da importância de colocar um pequeno papel de bombom no lixeiro, de respeitar e honrar aos mais velhos e aos que exercem liderança sobre mim; com certeza a minha atitude será a mesma na sociedade e, se eu não tiver uma mudança de atitude no decorrer da minha vida, repetirei o mesmo erro na Educação dos meus filhos. Se eu nada ouvi acerca de Deus, sobre quem Ele é e da importância de viver para ELE; isto é, de maneira que glorifique a ELE; como poderei viver sem este valor primordial para a vida humana? Mas dou graças a Deus, que por sua Misericórdia, nos faz chegarmos ao conhecimento Dele em determinado momento da nossa vida; seja através da sua criação, como a natureza,; quer seja através da sua Palavra; mas sabemos que aquele que não lhe dá ouvidos, sofrerá prejuízos, não somente aqui, para ele e para os seus filhos e descendentes, mas por toda eternidade.
Voltando ao que falava, mesmo que eu não tenha recebido esta formação em casa, poderei talvez, até sofrer alguma mudança, devido ao contexto atual em que eu vivo: mais avançado; onde há muito mais informações acerca da Educação e Preservação através da Escola, na Tv, etc. Mas o que percebemos claramente é que esses conceitos já devem estar presentes na vida de uma pessoa desde os seus primeiros anos.
Não podemos esperar que a Escola venha a ser totalmente responsável por esta tarefa, mas devemos assumí-la desde os primeiros anos dos nossos filhos.
Vamos analisar o contexto da Educação nas Escolas nos dias atuais: Onde está o respeito que se tinha para com os professores no passado? Por quê os melhores valores estão se perdendo a cada geração? O que vemos hoje são professores estressados, adoecendo: tendo estafa geral, entrando em depressão, ou ainda desenvolvendo outras doenças que tem sua origem no âmbito emocional; morrendo ou abandonando o emprego para não morrer, por falta de respeito por parte dos seus alunos e por falta do reconhecimento do seu trabalho; por uma remuneração injusta; por constatarem que não tem sido levada em conta a pressão que sofrem diariamente no âmbito da sala de aula: alunos violentos, que não respeitam nem dão honra alguma à pessoa do professor, que é Mestre, que é Líder, que é autoridade sobre eles enquanto alunos (o que deveria acontecer) . Vemos ainda Programas Educacionais ineficientes, que não atendem plenamente a necessidade dos alunos e que não os leva a desenvolver o senso crítico e a interagir de maneira positiva na sociedade em que estão inseridos (embora saibamos que existem interesses por parte de alguns nos bastidores deste quadro do Sistema Educacional no Brasil- o que não vou entrar em detalhes no momento. Porém esta deficiência requer uma atenção especial por parte dos governantes). Entendemos que são muitos os fatores que tem levado as novas gerações a agredir seus semelhantes e ao Meio Ambiente de maneira desenfreada, mas isso vai muito além de causas externas. Alguns de nós temos a mania de quando tudo dá errado começamos a procurar culpados ao redor, e quando não encontramos uma explicação óbvia, lançamos então a culpa em Deus. Mas eu convido a cada pessoa a que faça uma introspecção e descubra onde realmente está a raíz de tudo de mal que nos sobrevém.

Luiz Gonzaga cantou a Música Asa Branca, onde ele diz:
"Eu perguntei a Deus do céu: "Ai, por quê tamanha judiação?..."
A letra da sua música nos leva a pensar que Deus é o único que poderia saber o por quê do sofrimento humano. Sim, realmente, somente Deus sabe esta resposta; mas também compartilhou conosco algumas destas razões através da sua Palavra: A Bíblia. Aquele que lê e crê compreende a resposta de Deus para esta questão: Gênesis 2.15-17 e 3.17 (morte espiritual- distanciamento de Deus e morte física- por doenças, velhice ou por outras razões; a maldição da terra por causa do pecado do homem) Romanos 1.28-31 (pelo afastamento e desinteresse do homem por tudo aquilo que diz respeito a Deus; ESTE retirou de sobre estes homens pecadores a SUA GRAÇA e por isso o aumento da maldade que o homem produz no seu próprio coração e que afeta a si mesmo e à Sociedade em que está inserido. Ex.: pessoas injustas gerando uma sociedade injusta e desigual, etc.) e Eclesiastes 7.29 (Deus criou o homem reto e bom, mas o próprio homem afastou-se Dele. Daí surge o desejo desenfreado pela prostituição, pelas drogas, pelo amor ao dinheiro, o qual é a raíz de todos os males, etc.). Em suma: Deus não é o culpado de toda a maldade que o homem produz e que sofre; mas o pecado que habita o próprio homem é a sua verdadeira causa.
Gosto muito da música da Banda Sal da Terra que faz alusão a esta música Asa Branca. A letra diz o seguinte:

Quem é o culpado? (Banda Sal da Terra)

Eu perguntei a Deus no céu: Ai, por que tamanha judiação?

Tal qual seu Luiz, tu ficas preocupado sem saber a causa de tanta judiação?
Será, quem será, me diga quem é o culpado pela fome e seca que assola esta Nação?

Será o Doutor, o prefeito ou o Deputado? Será Deus pai, esquecido este povão?
Será, quem será, me diga quem é o culpado pela seca e fome que assola esta nação?

Na cozinha o fogão de lenha sempre apagado de fome chora o menino pedindo pão.
Será, quem será, me diga quem é o culpado pela fome e seca que assola esta Nação?

O Barreiro tão seco tem o seu chão rachado, é coro e osso o gado nesta estação.
Será, quem será, me diga quem é o culpado pela seca e fome que assola esta Nação?


O ônibus sai pra São Paulo sempre lotado de sonhos que quase sempre caem pelo chão.
Será, quem será, me diga quem é o culpado pela seca e fome que assola esta Nação?

Este tempo de aflição, a que será comparado? É dor, é gemido, é choro é desolação.
Será, quem será, me diga quem é o culpado pela seca e fome que assola esta Nação?

É o pecado que nos maltrata e nos separa de Deus
E só em Cristo há esperança que dias melhores virão:
Confessando e arrependendo receberemos a salvação.


Tendo, então, bem clara a causa de todos os desequilíbrios do homem e das Sociedades no decorrer de toda a história, os quais se tornam mais latentes nos últimos tempos; o que nos resta a fazer é responder às seguintes questões:
E agora? O que podemos fazer para que no futuro as gerações sejam melhores? O que fazer para que haja respeito do homem para consigo mesmo, para com o seu semelhante e, consequentemente, para com o Planeta? Qual é a nossa responsabilidade diante de Deus em relação a esta situação?
Deus não abandonou o homem completamente para sempre, mas permite que este homem sofra as consequências dos seus próprios erros. Porém, também oferece a este homem o recomeço, a restauração daquilo que se havia perdido. Ele diz que ainda que os nossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve (Isaías 1.18) Diz ainda que aquele que nasce de novo em Cristo Jesus, deve andar em novidade de vida; não dando mais ênfase ao pecado, o qual continuará na sua carne que ainda é pecaminosa, porém, o pecado não terá mais domínio sobre ele. Que deverá, agora, apresentar os membros do seu corpo a Deus como instrumentos de justiça. (Romanos 6.1-14). O que quer dizer isto? Quer dizer que aquele que nasceu de novo está apto para começar por ele uma mudança no contexto em que vive; sendo uma pessoa justa, íntegra, leal, que honra aos pais, aos mais velhos, aos professores, aos deficientes, que não alimenta preconceitos raciais, sociais, regionais, etc.; que cuida bem do Meio Ambiente e que conduz os outros ao seu redor a também adquirirem uma mudança de postura e de atitude a partir do seu exemplo. Às vezes estamos de braços cruzados esperando que outros comecem as mudanças. Por quê não as começamos nós mesmos?
O que estou propondo nesta reflexão não é uma mera utopia, mas é um pouco do que Deus pode fazer quando nos colocamos em suas mãos para ser instrumentos de Sua justiça (no sentido de promover o bem-estar social e espiritual do próximo- dos que já existem e daqueles que ainda irão nascer).
Tenho certeza absoluta de que sempre haverá desigualdades sociais; mas eu e você podemos fazer a diferença, afinal, é para isso que Cristo nos convoca (Mateus 5.13-16).
Sei que a terra e os céus que hoje existem estão reservados para o fogo até o dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios (II Pedro 3. 7-8) Mas devemos prosseguir procurando viver da melhor maneira possível os dias que o Senhor nos dá sobre esta terra.
Alguns se utilizam de textos como: Jo 14. 1-3 e I Corintios 7.29-31, para apoiar a sua postura com relação à Preservação do Meio Ambiente, ou por não procurar estar por dentro das coisas que acontecem no mundo como um todo, vivendo, muitas vezes, de forma alienada da realidade, apenas esperando aquele grande dia (que com certeza virá; pois Fiel é aquele que prometeu!) E para eles, nada mais importa. Alguns nem emprego procuram, achando que devem ficar parados, apenas esperando que Jesus volte. E na verdade não estão vivendo, apenas estão existindo. Não digo "Não estão vivendo" referindo-me ao viver na prática do pecado; pois para mim, viver não significa fazer aquilo que bem quero; aquilo que a carne deseja, mas é viver verdadeiramente, é viver plenamente, em Cristo, convivendo com as pessoas, conhecendo o que se passa no mundo, fazendo a diferença, mostrando como deve ser a atitude de quem oferece seu corpo e coração a Deus como instrumento da sua Justiça neste mundo, mostrando que se cada um fizer a sua parte. Assim, poderemos não apenas ter uma vida de melhor qualidade agora, mas poderemos deixar filhos melhores para um planeta que com certeza também poderá ser melhor até que chegue o dia da vinda do Senhor, que pode ser até mesmo AGORA.
Se ensinarmos aos nossos filhos a serem fiéis a Deus, com certeza eles serão exemplo por onde quer que passarem, desde pequenos até quando forem idosos. Depende de cada um de nós. E aí? O que você vai fazer? Vai ficar parado somente olhando o tempo passar? Procure voltar-se para Deus; Ele é o único que pode nos ajudar a criar melhor os nossos filhos, a educar verdadeiros cidadãos, a prepararmos um futuro melhor para as próximas gerações.