25.6.13

O cristão, a cultura e o pecado

Por Ana Chagas

A cultura não deve, em hipótese alguma prevalecer acima dos valores divinos. Devemos ter discernimento para saber até onde a cultura não fere os princípios bíblicos.
Somos instruídos pela Bíblia a não dar motivos de escândalo (Ef 5.15; 2 Co 6.3, 13-18), e ainda, a fugirmos de toda e qualquer aparência do mal (1 Ts 5.22).
Jesus abriu mão de sua glória por amor de nós, e nós, resistimos a deixar os prazeres mundanos por amor dEle (Mt 19.29). O que são esses  prazeres passageiros diante do que Ele deixou por nós? Quem é maior? Cristo ou a tradição?

Infelizmente, muitos se aproveitam de festas culturais para extravasar. O que muda? Apenas o nome "gospel" que traz uma "consciência tranquila" em estar nestes ambientes e de fazer o que outros fazem.

Onde estão os crentes que sentiam prazer única e exclusivamente em Deus sem precisar render-se a estas coisas? Onde estão os crentes que tinham prazer de, em dias feriados, retirar-se para um jejum e oração?

O que ocorre é que, cada vez mais estamos gostando mais de estar no mundo. Estamos tão distraídos com as coisas daqui que nem sequer nos satisfazemos em ouvir pregações em que somos lembrados de que Jesus está voltando e de que nada temos feito para Deus.

O cristão que se satisfaz exclusivamente em Deus não sente falta destes prazeres, e, se sentir-se tentado, luta por resisti-los, pois sabe que em Cristo há prazer pleno e superior. Se se abstém deles, não se sente como se alguém tivesse tirado uma chupeta de sua boca; mas sabe que o Cordeiro é digno, sabe que os prazeres que satisfazem apenas a carne e que em nada nos edificam não agradam a Deus.

Pensemos nisso.
 

23.6.13

Cristo por toda a Bíblia


Em Gênesis Jesus é o Deus Criador, e o Cordeiro no altar de Abraão

Em Êxodo é o nosso Cordeiro da Páscoa

Em Levítico ele é o Sumo Sacerdote

Em Números ele é a nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite

Em Deuteronômio ele é a cidade de nosso refúgio

Em Josué, ele é o tecido vermelho na janela de Raabe e o Príncipe dos Exércitos do Senhor

Em Juízes ele é o nosso Juiz

Em Rute ele é o nosso parente redentor

Em I e II Samuel ele é o nosso profeta confiável

Nos livros de Reis e Crônicas é o nosso soberano

Em Esdras ele é o nosso escriba fiel

Em Neemias é o reconstrutor de tudo que está destruído

Em Ester ele é Mardoqueu assentado fielmente no portão, Ele é aquele que age mesmo sem ser mencionado

Em Jó ele é o nosso redentor que vive para sempre cujos planos não podem ser frustrados

Em Salmos ele é o meu pastor e nada me faltará

Em Provérbios e Eclesiastes ele é nossa sabedoria

Em Cantares ele é o belo noivo

Em Isaías ele é o Servo sofredor

Em Jeremias e Lamentações Jesus é o profeta que chora

Em Ezequiel ele é o maravilhoso homem de quatro faces

Em Daniel ele é o quarto homem na fornalha

Em Oséias ele é o amor sempre fiel

Em Joel ele nos batiza com o Espírito Santo e com fogo

Em Amós ele leva nossos fardos

Em Obadias nosso salvador

Em Jonas ele é o grande missionário que leva ao mundo a Palavra de Deus

Em Miquéias ele é o mensageiro dos pés formosos

Em Naum ele é o vingador

Em Habacuque ele é a sentinela orando sempre pelo reavivamento

Em Sofonias ele é o Senhor poderoso para salvar

Em Ageu ele é o restaurador de nossa herança perdida

Em Zacarias é a nossa fonte

Em Malaquias ele é o filho da justiça com a cura em suas asas.



Em Mateus ele é o Cristo o filho do Deus vivo

Em Marcos ele é o operador de milagres

Em Lucas ele é o Filho do Homem

Em João ele é a porta pela qual todos devem passar

Em Atos é a luz brilhante que aparece a Saulo no caminho de Damasco

Em Romanos é a nossa justificação

Em Coríntios é nossa ressurreição e o que leva os nossos pecados

Em Gálatas ele nos redime da lei

Em Efésios ele é nossa riqueza insondável

Em Filipenses ele supre todas as nossas necessidades

Em Colossenses ele é a plenitude do Deus encarnado

Em Tessalonicenses ele é o nosso Rei que virá

Em Timóteo ele é o nosso mediador entre Deus e os homens

Em Tito ele é nossa bendita esperança

Em Filemon ele é o amigo mais chegado que um irmão

Em Hebreus ele é o sangue do pacto eterno

Em Tiago ele é o Senhor que cura o doente

Em Pedro ele é o pastor principal

Nos livros de João é Jesus que tem a ternura do amor

Em Judas ele é o Senhor que vem com milhares de santos

E em Apocalipse, a igreja é conclamada a levantar os olhos, pois é chegada sua redenção.

Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.


(Autor anônimo)

22.6.13

Saiba a verdade sobre a falsa notícia sobre aprovação da "Cura Gay"

Por: Reinaldo Azevedo em seu Blog

Nem tudo se resume à minoria na rua. Há outros assuntos em pauta no país. O blog recebeu ontem quase 300 mil visitas. É provável que alguns novos leitores acabem tomando gosto pela página. Nem todos conhecem os debates travados aqui. Pois bem: nos jornais desta quarta, vocês encontrarão o que já está nos sites e portais. Algo mais ou menos assim: “Comissão de Feliciano aprova projeto da cura gay”. É mentira dupla! Em primeiro lugar, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara não pertence ao deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Em segundo lugar, não existe projeto que prevê a cura gay. Isso é uma fantasia do jornalismo militante. Semelhante àquela que sustenta que o Estatuto do Nascituro é “Bolsa Estupro”. Tenho 51 anos. Quando eu tinha 20 e poucos, 30 e poucos e, acreditem, até 40 e poucos, era proibido fazer militância política em redação. Cada um que tivesse as suas convicções, mas o compromisso tinha de ser com o fato, segundo valores, a saber: defesa da democracia, do estado de direito, da economia de mercado. Era proibido, por exemplo, mentir , simplificar ou trapacear em nome do bem da humanidade. Jornalista reporta o que vê — e alguns opinam. Mas sem inventar o que não existe num caso ou noutro.
Ao fato mais recente: a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara aprovou um Projeto de Decreto Legislativo, do deputado João Campos (PSDB-GO), que susta dois trechos de uma resolução do Conselho Federal de Psicologia. O texto ainda tem de passar pelas comissões de Seguridade Social e de Constituição e Justiça. Se alguém não conhece detalhes do debate — geralmente ignorados porque fica mais fácil fazer proselitismo onde há ignorância, especialmente a bem intencionada — explico tudo abaixo, nos mínimos detalhes, conforme fiz, por exemplo, no dia 2 de maio. Vamos ver:

O Projeto de Decreto Legislativo 234/11 torna sem efeito o trecho do Artigo 3º e todo o Artigo 4º da Resolução 1/99 do Conselho Federal de Psicologia.
Então vamos aos documentos. A íntegra do Projeto de Decreto Legislativo está aqui, com a justificativa. Reproduzo a parte propositiva em azul:
Art. 1º Este Decreto Legislativo susta o parágrafo único do Art. 3º e o Art. 4º, da Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/99 de 23 de Março de 1999.

Art. 2º Fica sustada a aplicação do Parágrafo único do Art. 3º e o Art. 4º, da Resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 1/99 de 23 de Março de 1999, que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual.

Art. 3º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
Então é preciso fazer o que virou raridade nas redações quando os lobbies “do bem” ditam a pauta; saber, afinal, que diabo dizem os trechos que seriam sustados.
“Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”

Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.


COMENTO

Atenção! A proposta de Decreto Legislativo não toca no caput do Artigo 3º. Ele seria mantido intocado. Como deixa claro o projeto do deputado, seriam suprimidos apenas o Parágrafo Único do Artigo 3º e o Artigo 4º.  Como se nota, ao suprimir esses dois trechos da Resolução 1/99, o Projeto de Decreto Legislativo não passa a tratar a homossexualidade como uma doença. É mentira! Também não autoriza a “cura gay”. É outra mentira! São distorções absurdas!

Fato, não militância
Procederei a algumas considerações prévias, até que chegue ao cerne da questão. Avalio que a homossexualidade não tem cura pela simples razão de que não a considero uma doença. E nisso concordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) e com o Conselho Federal de Psicologia. Assim, não acredito em terapias que possam converter héteros em gays ou gays em héteros (não se tem notícia de que alguém tenha buscado tal conversão). Mais: sexualidade não é uma opção — se fosse, a esmagadora maioria escolheria o caminho da maior aceitação social, e, nessa hipótese, as escolhas poderiam até ir mudando ao longo do tempo, à medida que determinadas práticas passassem a ser mais aceitas ou menos.
Há quem só goste de um brinquedo; há quem só goste do outro; e há quem goste dos dois. Essa minha opinião não é nova — o arquivo está aí. Os espadachins da reputação alheia, como escreveu Balzac, fazem questão de ignorá-la porque gostam de inventar inimigos imaginários para posar de mártires. Muito bem. Até aqui, não haveria por que os gays — ou o que chamo “sindicalismo gay” — estrilar. Mas é evidente que não pensamos a mesma coisa. Entre outras divergências, está o tal PLC 122 que criminaliza a chamada “homofobia”. Trata-se de um delírio autoritário. Já escrevi muito a respeito e não entrarei em detalhes agora para não desviar o foco.

Vamos lá. Desde 22 de março de 1999, está em vigência a tal Resolução 1 (íntegra aqui), que cria óbices à atuação de psicólogos na relação com pacientes gays. Traz uma porção de “considerandos”, com os quais concordo (em azul), e depois as resoluções propriamente. Listo os ditos-cujos:


CONSIDERANDO que o psicólogo é um profissional da saúde; CONSIDERANDO que na prática profissional, independentemente da área em que esteja atuando, o psicólogo é frequentemente interpelado por questões ligadas à sexualidade; CONSIDERANDO que a forma como cada um vive sua sexualidade faz parte da identidade do sujeito, a qual deve ser compreendida na sua totalidade; CONSIDERANDO que a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão; CONSIDERANDO que há, na sociedade, uma inquietação em torno de práticas sexuais desviantes da norma estabelecida sócio-culturalmente; CONSIDERANDO que a Psicologia pode e deve contribuir com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações
Aí vem o conteúdo da resolução:
 O caput do Artigo 3º, com o qual ninguém mexe, é correto. Reproduzo:
“Art. 3° – os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados.”
Está claro, então, que os psicólogos não atuarão para favorecer a patologização da homossexualidade nem efetuarão tratamentos coercitivos. E a parte que cairia? Pois é…Transcrevo outra vez (em vermelho e em destaque):

Parágrafo único – Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades.

Art. 4° – Os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica.
Têm de cair mesmo!

Qual é o principal problema desses óbices? Cria-se um “padrão” não definido na relação entre o psicólogo e a homossexualidade. Esses dois trechos são tão estupidamente subjetivos que se torna possível enquadrar um profissional — e puni-lo — com base no simples achismo, na mera opinião de um eventual adversário. Abrem-se as portas para a caça às bruxas. Digam-me cá: um psicólogo que resolvesse, sei lá, recomendar a abstinência sexual a um compulsivo (homo ou hétero) como forma de livrá-lo da infelicidade — já que as compulsões, segundo sei, tornam infelizes as pessoas —, poderia ou não ser enquadrado nesse texto? Um adversário intelectual não poderia acusá-lo de estar propondo “a cura”? Podemos ir mais longe: não se conhecem — ou o Conselho Federal já descobriu e não contou pra ninguém? — as causas da homossexualidade. Se um profissional chega a uma determinada terapia que homossexuais, voluntariamente, queiram experimentar, será o conselho a impedir? Com base em que evidência científica?
Há uma diferença entre “verdade” e “consenso da maioria influente”. Ademais, parece-me evidente que proibir um profissional de emitir uma opinião valorativa constitui uma óbvia infração constitucional. Questões ligadas a comportamento não são um teorema de Pitágoras. Quem é que tem o “a²= b²+c²” da homossexualidade? A resolução é obviamente autoritária e própria de um tempo em que se impõe a censura em nome do bem.
Ora, imaginem se um conselho de “físicos” ousaria impedir os cientistas de tentar contestar a relatividade. O que vai ali não é postura científica, mas ideologia. Se conceitos com sólida reputação de verdade, testados empiricamente, podem ser submetidos a um teste de estresse intelectual, por que não considerações que dizem respeito a valores humanos? Tenham paciência! O fato de eu não endossar determinadas hipóteses ou especulações não me dá o direito de proibir quem queira fazê-lo.
Fiz uma pesquisa antes de escrever esse texto. Não encontrei evidências de resolução parecida em nenhum lugar do mundo. O governo da Califórnia, nos EUA, proibiu a terapia forçada de “cura” da homossexualidade em adolescentes. É coisa muito diferente do que fez o conselho no Brasil. Países que prezam a liberdade de expressão e que não querem usar o discurso da liberdade para solapar a própria liberdade não se dão a desfrutes dessa natureza.
Então vamos lá. Eu não estou defendendo terapias de cura da homossexualidade. Eu não acredito que haja cura para o que não vejo como doença. Também não acho que estamos no universo das escolhas. Dito isso, parece-me uma suma arrogância que um conselho profissional interfira nessa medida na atividade clínica dos profissionais e, atenção!, dos pacientes também! Assim, no mérito, não vejo nada de despropositado na proposta do deputado João Campos. Ao contrário: acho que ela derruba o que há de obviamente autoritário e, entendo, inconstitucional na resolução porque decidiu invadir também o território da liberdade de expressão, garantido pelo Artigo V da Constituição.
É preciso saber ler.
Proponho aqui um exercício aos meus colegas jornalistas. Imaginem um Conselho Federal de Jornalismo que emitisse a seguinte resolução, com poder para cassar o seu registro profissional:

“Os jornalistas não colaborarão com eventos e serviços que proponham qualquer forma de discriminação social”.

“Os jornalistas não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos contra pobres, negros, homossexuais, índios, mulheres, portadores de necessidades especiais, idosos, movimentos sociais e trabalhadores”

O idiota profissional diria: “Ah, está muito bem para mim! Eu não faria nada disso mesmo!”. Não, bobalhão, está tudo errado! Você se entregaria a uma “corte” de juízes que definiria, por sua própria conta, o que seria e o que não seria preconceito. Entendeu ou preciso pegar na mãozinha para ajudar a fazer o desenho? O problema daquele Parágrafo Único do Artigo 3º e do Artigo 4º é o subjetivismo. Ninguém pode ser obrigado, não numa democracia, a se submeter a um tribunal que pode dar a sentença máxima com base nos… próprios preconceitos.
Nem nos seus delírios mais autoritários ocorreria a um conselho profissional nos EUA, por exemplo, interferir dessa maneira na relação do psicólogo com o seu paciente. Uma coisa é afirmar, e está correto, que a homossexualidade não é doença; outra, distinta, é querer impedir que o profissional e quem o procura estabeleçam uma relação terapêutica que pode, sei lá, disciplinar um comportamento sexual sem que isso seja, necessariamente, uma “cura”.

Os tais trechos da resolução, entendo, são mesmo autoritários e inconstitucionais. E têm de cair. E o que parece, isto sim, não ter cura é a vocação de amplos setores da imprensa para a distorção. Cada vez mais, a notícia se transforma num instrumento para privilegiar “os bons” e satanizar “os maus”. Isso é militância política, não jornalismo.

(Parabéns ao Reinaldo Azevedo pela tão acertada e incisiva abordagem ao tema!)

11.4.13

A Disciplina bíblica na igreja

Por Ana Chagas
 Algo que me deixa muito triste é perceber que em algumas igrejas a Dsiciplina não tem sido aplicada como deveria ser, e que isso acaba ferindo as ovelhas, ou mesmo deixando-as tão cheias de lã, sem cuidados, que acabam caindo, sem ter quem as levante, não podendo, portanto suportar a altas temperaturas, devido ao excesso de lã. A realidade da vida da ovelha que se perde das demais, parece bastante com esta situação, de fato.

Antes de prosseguirmos, é muito interessante que observemos o que é a disciplina na vida da igreja.

  • A disciplina não é vingança; mas é um remédio para alguém que precisa ser sarado; é um processo que deve estar sempre embasado na Palavra de Deus; com amor e prudência.
  • A disciplina não deve ser geradora daquele terrível sentimento de "alma lavada" naqueles que desejavam a disciplina do irmão que estava em pecado. Antes, deve gerar nos que presenciam esta aplicação, um sentimento de temor à santidade de Deus e de grande compaixão pelo seu próximo que tropeçou na caminhada;
  • Não é um castigo sem finalidade, mas um procedimento bíblico com propósito restaurador;
O crente quando disciplinado ou que esteja vivendo de forma digna de disciplina,  não pode encarar a mesma como uma "perseguição" da igreja à sua pessoa, nem mesmo como "falta de amor"; antes, ele mesmo deve compreender que a igreja do Senhor é testemunha de Cristo aqui na terra e deve ter bom testemunho diante do mundo e diante de Deus, que a todos sonda e conhece. O crente que está em pecado deve ser o primeiro a reconhecer o seu erro, e a sua necessidade de disciplina, e deve, o quanto antes, procurar o seu líder, o seu pastor. E não, procurar o pastor somente quando sabe que o assunto, guardado por tanto tempo, e com tanto zelo, virá à tona de qualquer jeito, quando não há mais o que esconder, como última alternativa. O crente arrependido aceita a disciplina, sofre o dano, justamente porque a sua prioridade é ser aperfeiçoado em santidade e pureza na presença de Deus. Infelizmente, há muitos que se tornaram tão rebeldes, a ponto de não aceitar a disciplina, nem sequer acompanhamento algum por parte de sua igreja. A estes que assim procedem só nos resta orar por eles e pedirmos ao Senhor uma oportunidade e uma palavra vinda do alto, na hora certa, para nos dirigirmos a ele. Há ainda alguns que estão numa atitude semelhante de rebeldia, porém, como reação a feridas causadas por palavras erradas ditas pelos próprios irmãos.
 

Mas, afinal, o que a Bíblia diz acerca do objetivo da Disciplina? 

A Disciplina é um dos instrumentos por meio dos quais o Espírito Santo dirige a igreja a uma vida de santidade e pureza.  Dentre estes instrumentos estão a pregação e o ensino das Escrituras Sagradas; a qual opera lavagem no coração dos ouvintes eleitos, como afirma o próprio Senhor Jesus: "Vós já estás limpos pela Palavra que vos tenho falado." (Jo 15.3). O apóstolo Paulo também nos ensina acerca desta purificação e santificação que o Senhor efetua na sua igreja por meio da Palavra: "[...] como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela Palavra." (Ef 5.25b e 26). Não apenas o ensino e a pregação são importantes na vida da igreja, mas a presença da disciplina é um sinal de que aquela igreja busca viver dentro da doutrina dos apóstolos, e que busca preservar a si mesma imaculada até a vinda do seu Senhor. 

É fato que alguns dos que são de fora consideram, embora que erroneamente, a disciplina como algo injusto e opressor por parte das igrejas que a aplicam; mas esta é uma ótica puramente humana e emocional. Precisamos entender que os preceitos de Deus para a sua igreja são bons e promovem o seu crescimento saudável e contínuo na presença dEle. Outros, mesmo não sendo cristãos, se revoltam ao perceber que tantos cristãos por aí afora andam escandalizando o evangelho e a igreja não toma uma posição disciplinar em relação a eles. E elas têm razão. Infelizmente há muitos líderes que têm se omitido em disciplinar seus membros por diversos motivos, até mesmo para não perder amizades, para não perder membros, e consequentemente, perder dízimos. É triste, mas isto é notório na igreja de forma geral. Deus coloca o líder à frente de uma igreja, ele é investido de autoridade diante da igreja, porém, na hora de disciplinar, ele se esquiva. O Senhor, com certeza cobrará destes pastores sua falta de cuidado para com as ovelhas, pois, antes de ser deles, são ovelhas do próprio Deus. Pois o pastorado não envolve somente a responsabilidade de alimentar as ovelhinhas, mas também a grande responsabilidade de fazer uso do cajado e da vara na caminhada de crescimento do seu aprisco quando necessário.

Precisamos olhar para a disciplina de forma equilibrada, olhar para ela vendo o que, de fato, ela é, ou pelo menos, o que ela deveria significar no meio da igreja. 

Vejamos o que diz a Bíblia acerca deste assunto no cap. 5 da primeira Carta de Paulo aos Coríntios em relação à Disciplina na igreja: "Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus. Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade. Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo".
A partir deste texto, vemos que, de fato, a disciplina é algo inseparável da vida da igreja. Apenas temos que ter cuidado no modo como enxergamos a disciplina, e na forma como estamos tratando os irmãos que passam por ela. Lamentavelmente tenho que mencionar quenão poucas vezes, pessoas acabam não voltando mais para a comunhão da igreja após um período,seja ele curto ou longo de disciplina. Por que será que isso acontece? Nós bem sabemos que nós mesmos, como igreja do Senhor, muitas vezes, ao invés de sermos irmãos, queremos ser o carrasco. A situação de uma pessoa que está sob disciplina é de vergonha, de arrependimento e de desejo de ser restaurado por Deus completamente; pelo menos é o sentimento esperado na vida dele/dela. E isso já não é bastante? Por que será que muitas vezes a restauração não ocorre no tempo previsto? Justamente porque, no meio do seu árduo caminho de cura, de restauração, alguns imprudentes lançaram pedras sobre ele/ela, ao invés de cordas para o/a puxar para cima, rumo à restauração na presença do Senhor. (Leia ainda: Gl 6.1; 2 Tm 3.16-17)

Qual é a função do corpo quando um membro adoece? Mesmo que via medicamentos, é produzir defesa, anticorpos para expurgar o que não está fazendo bem, nutrientes para fortalecê-lo para que ele responda positivamente ao tratamento, e assim, este membro poderá ser restabelecido. 

Não sei exatamente de quem é esta frase,mas a acho muito propícia: "O exército cristão é o único exército que deixa para trás os seus feridos." Isso é uma realidade muito séria!

Quando a disciplina eclesiástica é aplicada com o propósito de restaurar aquele que caiu, é biblicamente corretíssima. Ou seja, a disciplina bíblica é aplicada ao mesmo tempo que ocorre um acompanhamento por parte da igreja, tanto de líderes quanto dos irmãos em prol da restauração daquele que pecou, e isso deve ser feito com amor e com sabedoria de Deus. Mas quando a disciplina deixa de ser instrumento de bênção de restauração, e passa, por causa de alguns que não tem maturidade cristã, a ser uma pedra para acabar de matar o que caiu, é um verdadeiro desastre. Infelizmente, muitos tripudiam sobre aquele que caiu, ao invés de estender a mão para ser instrumento de cura e de restauração. Saibamos que o agente que opera tudo em todos é Deus, mas nós somos seus embaixadores aqui, e a nossa mensagem é "Reconciliai-vos" e não, "Afastai-vos". Infelizmente, na história da igreja muitos ficaram para trás, pararam estagnados à beira do caminho, e não houve quem o ajudasse. Quero dizer que eu creio que os eleitos de Deus também podem estar entre os que ficaram para trás, abandonados pelas suas igrejas, e que, até mesmo na hora de seu último respirar na terra, o Senhor pode tratar com eles, como? Mistério de Deus. O Deus que eu sirvo pode fazer com que um segundo se torne em horas, pois Ele está acima do tempo, fora do nosso chronos. Mas, uma coisa é certa: Deus cobrará dos pastores que não socorreram corretamente suas ovelhas, e de cada um de nós, membros de igrejas, que desprezamos os nossos irmãos e nada fizemos pela sua restauração.
A igreja sempre se renova, vão-se cinco, vêm dez, e assim por diante. Porém, os dez que chegam não podem nos fazer esquecer os cinco que ficaram para trás. E muitos tem feito assim, infelizmente.

Precisamos ter sabedoria e prudência acerca de o que falar, como falar, e quando calar. Se o que temos pra falar não for edificar. Fechemos a nossa boca. Nem sequer devemos ir à casa do nosso irmão que está passando por estas dificuldades ou que já está em processo de restauração se não tivermos em nosso coração e em nossos lábios palavras que possam edificá-lo.  Se não estivermos levando conosco unguento para suas feridas.


Que Deus nos ensine a ser cristãos melhores.

9.4.13

Não compartilhe imagens de protesto que contenham beijo homossexual. Sugestão a todos os que prezam pelo valor da família

Por Ana Chagas

Estava observando a forma com que muitos cristãos estavam protestando contra o movimento LGBT no Brasil, e cheguei à conclusão de que, estávamos, de certa forma, divulgando exatamente o que eles queriam, as imagens de beijos homossexuais.Protestemos sim, mas com imagens que não contribuam com este movimento. Apenas uma sugestão. Fica a dica.


16.3.13

Devocional: A integridade do cristão: Um desafio constante

Por Ana Chagas


"Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome." (Salmo 23.3b)

Deus é quem nos guia e orienta a que sejamos íntegros em meio a um mundo em que ser corrupto e desonesto é moda. Todo aquele que já andou de forma errada, que fez coisas desagradáveis aos olhos de Deus e que não honrava a Deus em suas atitudes; quando passa a ser, de fato, guidado por Deus; passa a ter vergonha e asco pelas práticas anteriores, e tudo o que mais deseja agora é glorificar a Deus, tanto em espírito como por meio do corpo e do seu testemunho de verdadeiro cristão.

Quando as coisas vão mal, mas tão mal que você olha para todos os lados e não vê solução, fique alerta! Pois é justamente nessas horas que as oportunidades e convites do Diabo e do seu próprio EU para se corromper são mais latentes. Vigiemos, porque Deus permite que passemos por certas situações para provar a nossa fé e a nossa fidelidade a Ele. 

A Justiça de Deus nos constrange, pois Ele mesmo diz: "Portanto,santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o Senhor vosso Deus." (Lv 20.7).
Não somente em nossos dias, mas desde a antiguidade, ou seja, desde que o pecado encontrou lugar no coração do homem, a corrupção tem sido um grande problema para a humanidade. Vivemos em um mundo que, infelizmente, está se "acostumando" com a corrupção, com a desonestidade, com a injustiça social, etc. Nós cristãos, não podemos nos amoldar a este sistema. Pelo contrário, precisamos andar na contra-mão dele. Esta Palavra não é apenas para jovens (Sl 119.9; 1 Tm 4.12), mas é também para adultos (Tiago 1.12; Sl 84.5; Sl 112.1; Sl 32.2; Pv 28.14).
Quando surge um momento de grande dificuldade, e surgem as tentações- ofertas vindas de fora (mundo/sistema corrupto) e de dentro (o nosso próprio EU clamando por seus desejos e necessidades supridos em tempo hábil), é exatamente neste momento em que precisamos colocar em prática a força recebida continuamente por quem tem uma vida de comunhão íntima com Deus mediante uma diligente vida devocional (Leitura diária e Oração constante) e rejeitarmos estes apelos, estas ofertas. Somente fortalecidos em Deus poderemos ter discernimento para saber responder com firmeza aos apelos de fora: "Esta oportunidade não vem de Deus"; pois, nem toda a porta que se abre diante de nós e é agradável aos nossosolhos é Deus quem está abrindo. Tenhamos cuidado! E aos apelos internos/ de dentro: "Eu, de fato, não preciso disso. O meu Deus, em Cristo, suprirá todas as minhas necessidades"/ "Eu preciso contentar-me com o que tenho; estar feliz em quaisquer situações; porque eu posso todas as coisas naquele que me fortalece". Muitos tem interpretado este último texto a seu bel-prazer, como lhes é conveniente onde ele passa a corroborar com suas pregações de Teologia da Prosperidade,que nada tem a ver com a Doutrina Bíblica de prosperidade dos que de fato servem a Deus e tem seu tesouro guardado no céu e não na terra. Porém, Paulo quis dizer: "Não importa se eu tenha que passar situações maravilhosas ou de grande bonança e, em outros momentos, situações caóticas, de extrema necessidade: Posso suportar tudo isso em Deus, pois é Ele quem me fortalece (Filipenses 4.13).

Deus é o seu tudo? Amém? Ele torna a sua vida completa? Amém? Pois, bem. Se Deus é para nós aquilo que afirmamos em nossas orações e em nossas canções (não podemos ser hipócritas); Ele, de fato, deve ter em nosso coração este lugar de primasia. Quando as nossas necessidades básicas ou secundárias são os guias de nossas atitudes, estamos sendo incoerentes e infiéis ao Senhor. 
Jesus mesmo ensina, relembrando e resumindo os 10 Mandamentos: "Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento." (Lc 12.30). 
Jesus não nos chamou e justificou para que nos coloquemos debaixo do julgo de nossa velha natureza, a qual tem fome de tudo quanto é temporal e passageiro,mas para que os nossos olhos estejam agora nas coisas do céu; e para que andarmos em novidade de vida.
Se Deus é verdadeiramente o SENHOR de nossos corações, então, não nos deixaremos levar pelas tentações que nos sobrevêm para que desejemos de forma desenfreada o que é terreno, o que deve ser secundário e para que mantenhamos o nosso coração no mundo e não nos céus. Como o próprio Senhor Jesus nos ensinou em Mateus 6.19-34: "Onde estiver o vosso tesouro, aí estará o vosso coração." Se Ele é o SENHOR de nossas vidas resistiremos e as venceremos no Poder de Deus-Espírito Santo; o qual é o nosso guia, o noso ajudador, a quem seja glória e honra para sempre.

A corrupção e a desonestidade viraram moda, mas nós que não somos do mundo, devemos continuar sendo antiquados, quadrados, não importa como o mundo queira nos chamar; mas estejamos dentro da vontade de Deus, o qual é Puro, Santo Reto e Justo em todos os seus caminhos, nos quais quer guiar-nos.