18.2.11

Tempo de Reavivamento: Carta à Igreja de Éfeso

"Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor" (Apocalipse 2.1-7)

Muitos oram por um avivamento. Alguns até saem à procura do avivamento em diversos lugares. Mas o que verdadeiramente é avivamento? Será que o indicador de que uma igreja avivada é o fato de ela gritar mais do que as outras quando ora? Será que uma pessoa muito ativa na igreja é sem dúvida uma pessoa avivada? Muitos pedem a Deus um avivamento para a igreja, mas ainda não compreenderam o que isto implica na sua própria vida como igreja do Senhor.

Sabemos que o Livro de Apocalipse foi escrito, provavelmente entre 95 e 96 d.C., nos últimos anos do reinado do imperador Domiciano em Roma, e que havia naquele período uma terrível perseguição aos cristãos, este, fez com que João fosse exilado na Ilha de Patmos, e estando João ali, veio a Ele o Senhor e lhe mostrou o Apocalipse, que significa Revelação.

Este livro trata das visões que João teve (Ap 1.19) “o que viste”- Capítulo 1 ou todas as visões; “e que são”- Caps 2-3- Cartas às sete igrejas; e, “as que hão de acontecer depois destas” – Caps 4 até o 22.

Éfeso era capital da província de Roma, Ásia. O templo da deusa Diana ficava lá e era considerado um das sete maravilhas do mundo. Muitas pessoas afluíam para lá para adorá-la. A igreja cristã que vivia ali sofria o peso da perseguição, mas cresceu muito, mesmo em um contexto de sofrimento por amor ao Nome de Jesus.

O objetivo do Senhor Jesus ao enviar esta carta à igreja de Éfeso era de mostrar-lhe a sua real situação. Ele iniciou com uma série de elogios verdadeiros; não para que apenas lembrassem, mas mostrando para a Igreja um tempo que já não era a sua realidade.

A Igreja de Éfeso viveu três tempos e é muito importante que os analisemos:

  1. TEMPO DE AVIVAMENTO (v. 2,3,6; Atos 19.18-20)

    O Apóstolo Paulo teve a oportunidade de ficar com os irmãos de Éfeso durante dois anos, e naquele período, o evangelho se expandiu muito; houve muitas conversões, o prestígio da deusa Diana diminuiu, muitos que praticavam artes de magia entregaram as suas vidas a Jesus e queimaram seus livros cujo valor montante foi cinquenta mil Denários, ou cinqüenta mil dinheiros, equivalente a cinqüenta mil vezes o valor de um dia de trabalho.

    Quando há avivamento em cada vida as coisas acontecem; as pessoas se rendem, voltam-se para Deus completamente, sem reservas.

    Ás vezes nos tornamos saudosistas; e passamos todo o tempo lembrando de um tempo de avivamento que vivemos; mas não passa disso.

    Quando uma igreja vive o tempo de avivamento, ela naturalmente assume uma postura, de quem tem vida e adquire características muito importantes.


A igreja de Éfeso era:

    • Uma Igreja trabalhadora (v.2 a)- conseqüência de uma fé salvífica em Cristo (atividades sem vida com Deus é mero ativismo, é algo vazio)
    • Uma Igreja paciente na tribulação e perseguição (v. 2 b) Era uma época de grande perseguição,mas permaneciam firmes no Senhor. (às vezes queremos sair da luta por nossa própria vontade, antes de sermos aprovados pelo Senhor, antes de Ele determinar o seu fim. O crente avivado não foge, mas persevera até o fim).
    • Uma Igreja firme na doutrina bíblica (v.2)- Aquela igreja colocava à prova e reprovava aqueles que não pregavam a verdade bíblica. Era uma igreja que lia Bíblia, que comia o pão da vida, o Verbo, o Evangelho e tinha condições de combater heresias e de não ser levada por ventos de doutrina.

    Geralmente é assim conosco também:quando somos novos convertidos lemos a Bíblia, oramos mais, queremos e anelamos pela profunda comunhão com Deus. É uma bênção! A igreja de Éfeso soube bem o que é este sentimento; mas Jesus vem mostrar aos cristãos daquela igreja que, infelizmente, deixaram o tempo do avivamento e abandonaram o seu primeiro amor.

    2. TEMPO DE ESFRIAMENTO (v.4)

    Aquela igreja havia abandonado o seu primeiro amor e nem ao menos reagia a esta situação, tornou-se insensível. Foi necessário que Cristo falasse diretamente, que Ele bradasse para ela qual a situação em que ela se encontrava naquele momento.

    E, trazendo para a nossa vida, quantas vezes também fazemos isso? Deixamos que outras coisas, filosofias mundanas começam a seduzir-nos, tentando nos desviar do alvo e às vezes nós mesmos permitimos e depois nos queixamos até mesmo de Deus e não queremos reconhecer os nossos erros? Deixamos de ler a Bíblia; de orar e ficamos raquíticos e infrutíferos; nos tornamos frios e insensíveis à voz de Deus; nos acomodamos a uma vida superficial com Deus e consequentemente também com os nossos irmãos, é quando começam a surgir quebras de relacionamentos, picuinhas, disse-me-disse, etc. nem sequer testemunhamos mais como discípulos, os quais devem ser como o seu Mestre.

    (Ver Mateus 24.12-13)- “E por se multiplicar... Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (para perseverarmos precisamos ser salvos e para sermos salvos precisamos passar pelo caminho que é Cristo). O sacrifício substitutivo do Cordeiro imaculado ali na cruz não foi apenas para restaurar a nossa comunhão com Deus; a obra foi tanto vertical quanto horizontal, ou seja, Ele veio restaurar em nós o verdadeiro amor ao próximo, sem falsidades, sem orgulho, e só desfrutamos deste amor nas duas dimensões quando estamos ligados a Ele; porém, quando tudo vai mal com Deus, todo o resto estará mal também; se não estamos em plena comunhão com Deus, como poderemos viver o seu amor para com os outros?

    A situação daquela igreja era crítica, preocupante; porém, Deus, sendo rico em misericórdia, marca, por meio daquela Carta, um novo tempo para aquela igreja! Ela recebe dele a oportunidade de resgatar aquilo que se perdeu

    3. TEMPO DE REAVIVAMENTO E DE RESTAURAÇÃO (v.5)

    Deus abriu aquela oportunidade para a igreja de Éfeso; 1) Elogiando pelo que ela era, 2) Mostrando a sua real situação naquele momento e 3) Oferecendo-lhe a restauração. Da mesma forma, Deus marcou este tempo para nós! Eu e você somos a igreja dele! Mesmo que não estejamos vendo o avivamento sendo experimentado de modo geral, temos a necessidade e a responsabilidade de sermos crentes avivados na presença do Senhor! Como disse Stephen Olford: "O fato de não estarmos vivendo um avivamento geral, não é desculpa para não vivermos um avivamento pessoal."


    1. Profundo reconhecimento de pecado (Pv 28.13; I Jo 8-10);
    2. Volta à Palavra (ler constantemente, e não apenas ler, mas praticar- Tg 1.21-25),
    3. Testemunho de vida (Mt 5. 13-16)
    4. Salvação de vidas ( At 2.42-47).

    Para que aqueles cristãos de Éfeso experimentassem o avivamento de Deus em suas vidas, o Senhor mostrou que era necessário que tomassem três atitudes (v.5):

    1) Lembrar onde caiu

    2) Arrepender-se

    3) Voltar às primeiras obras

    O Senhor oferece esta oportunidade àqueles irmãos, porém, também refere uma palavra de juízo, caso eles não dêem ouvidos à sua voz (v.5 d) e traz também uma exortação (v.7 a)

    "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas!"

    Ele faz também uma promessa (v.7b)

    "Ao que vencer...- (Permanecer fiel mesmo que venham lutas e tentações- o que só ocorrerá aos salvos - Ap 22.10-17), dar-lhe-ei a comer do Fruto da árvore da vida (que significa a vida eterna) que está no Paraíso (que significa "Lugar de delícias") de Deus." Glória a Deus!

Portanto, creio que esta Palavra alcançará a todos os corações que o Senhor atrairá para Si, pois a sua Palavra é martelo que esmiúça a penha, e jamais voltará vazia para Ele, mas fará aquilo para o qual foi enviada. Só poderão ouvir e dar ouvidos à sua voz e assim vencer; aqueles resgatados por Cristo, aqueles que já foram, são e que ainda serão tirados das trevas para a sua maravilhosa luz. Olhemos para trás,analisemos onde caímos, nos voltemos urgentemente para o Senhor e para a obediência à sua Palavra. Deus não precisa de nós, mas nós precisamos dele, sem Ele nada somos, Ele, porém, sem nós, continua sendo Deus, Deus este único verdadeiro e digno de toda a nossa adoração e santificação.

Concluo com um trecho muito profundo de II Cr 7.14, onde o Senhor Deus fala para o seu povo:

"Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."

12.2.11

A Cura de Naamã

Por Juliana Santos

Texto base: 2 Reis 5:1-19


Você confia em Deus? Alguma vez desconfiou ao confiar em Deus? Quando você pediu ajuda, a resposta de Deus lhe pareceu simples, ou até mesmo infantil? Você achou mesmo que foi fácil demais? É possível ver o poder de Deus mesmo nas coisas simples da nossa vida?

Na Bíblia, encontramos milagres grandiosos de Deus que foram executados de uma maneira bem simples. E um destes milagres queridos está relatado em 2 Reis no capítulo 5.
Como diz o próprio texto, Naamã era um grande homem diante do seu senhor (rei da Síria), e de muito respeito, era um homem valente, poderoso, muito orgulhoso, porém leproso.
A Síria vivia em constante guerrilha contra Israel, e com os confrontos diretos, uma menina hebréia foi feita prisioneira e se tornou serva da mulher de Naamã. A menina via o sofrimento de seu senhor Naamã, e a tristeza de sua esposa, enquanto a doença proliferava. Lembrou-se do profeta Eliseu, que fazia milagres em nome de Deus, e creu que ele poderia curar o seu senhor, trazendo alegria de volta àquela casa.
A menina chegou até a sua senhora e disse: “Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria! Ele o restauraria de sua lepra”. 2 Reis 5:3 a esposa fala a Naamã que ainda havia uma chance de ele ser curado.Logo Naamã resolve procurar o Profeta Eliseu para ser curado leva consigo dez talentos de prata, seis mil ciclos de ouro e dez mudas de vestidos. Naamã foi então até a casa de Eliseu. Chegou com seus carros e seus cavalos à porta de Eliseu. Eliseu apenas enviou uma mensagem através de seu servo a Naamã: Vai e lava-te sete vezes no rio Jordão e serás purificado. O rio Jordão é um rio barrento e caudaloso. . Naamã ficou furioso, pois o profeta nem foi vê-lo. Enviou um servo e nem se sujeitou à sua presença, e ainda por cima o mandou que se lavasse no rio Jordão.
Observamos nesta narrativa que o orgulho Naamã foi ferido por duas vezes:
  1. A primeira vez por causa do profeta que desprezou vê-lo;
  2. A segunda é quando o Profeta manda-o mergulhar por sete vezes no rio Jordão.
Mas quero tratar especificamente nesta oportunidade sobre o que o ORGULHO causa na vida de todo aquele que se deixa controlar por ele.
De acordo com Aurélio ORGULHO é: conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor próprio demasiado; soberba. Também pode ser uma palavra sinônima de presunção, vaidade e por ai vai...
Este sentimento causa nas pessoas o seguinte:
1. Deixa as pessoas poderosas de mais para se entregar ao que Deus pede ou manda; AUTOSUFICIÊNCIA (ver 2 Reis 5:11 e 12);
As pessoas muitas vezes se acham poderosas demais para se entregar ao que Deus pede ou manda. Muitas vezes é algo tão simples e visto como insignificante perante os homens, no entanto Deus tem os Seus propósitos.
Os desígnios de Deus têm um fundamento simples: Aceitação da Sua Vontade. Muitas vezes Deus testa nossa confiança e em nossa desconfiança mostramos realmente o que somos, orgulhosos.
Certamente os rios mencionados por Naamã eram muito lindos, circundados por bosques de raríssima beleza. Suas águas eram cristalinas, diferente das águas do rio Jordão que era imundo.
2. Deixa as pessoas incrédulas àquilo que Deus pode operar em suas vidas. (ver 2 Reis 5:10-14).
“Muitas vezes Deus testa nossa confiança e em nossa desconfiança mostrando o quanto realmente somos orgulhosos.'"
Muitas vezes somos como Naamã. Não cremos em muitas coisas, e quando teantamos crer, nosso orgulho é ferido, e achamos que as pequenas coisas que Deus nos pede são insignificantes demais para obtermos qualquer resultado.
As coisas que Deus nos pede são apenas pequenas provas de amor que podemos dar a Ele por tudo que nos fez, faz e ainda fará. Devemos confiar mesmo nas pequenas coisas, pois o amor de Deus é revelado tanto nas pequenas como nas grandes coisas.
Se alguma vez você duvidar da vontade de Deus, lembre-se da história de Naamã. As pequenas coisas são grandes aos olhos de Deus. As coisas insignificantes são de extrema importância para Deus.
Que este hino possa ser a minha e sua oração diante do Senhor nosso Deus:







Juliana Santos é membro da 1ª Igreja Evangélica Congregacional em João Pessoa-PB, e fez Teologia Cristã no Instituo Bíblico Betel Brasileiro.

7.2.11

Lembrai-vos da mulher de Ló: Um exemplo a não ser seguido

"Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lucas 17. 32)

Se pedirmos que as pessoas citem os nomes de mulheres da Bíblia que mais marcaram as suas vidas, ou que são mais conhecidas, com certeza ouviremos os nomes de mulheres valorosas como Sara, Ana, Rebeca, Débora, Ester, Rute, Noemi, Maria Madalena, Maria- mãe de Jesus, Salomé, Dorcas, e de muitas outras. Mas com certeza, de pronto não lembrariam da mulher de Ló, embora neste trecho de Lucas onde fala sobre a sua vinda, Jesus mencione esta mulher e ainda, use o imperativo "lembrai-vos" da mulher de Ló.
Alguns afirmam que a ordem de louvar a Maria- mãe de Jesus-homem está explícita na Bíblia, o que não procede. Porém a ordem explícita na Bíblia, vinda da boca de Jesus filho do carpinteiro é que tivessem o cuidado de não se esquecerem do exemplo da mulher de Ló. Então alguns dizem: "Mas, para quê lembrar dela, se ela não nos deixou bom exemplo?" E é justamente esta a razão pela qual Jesus quer que nos lembremos dela, pelo seu mau exemplo; não para seguí-lo, mas para evitarmos cairmos no mesmo erro que ela caiu , pelo qual recebeu imediata recompensa.

Havia tanta corrupção em Sodoma e em Gomorra que o cálice da ira de Deus transbordou e Ele determinou a execução da sua Santa Justiça sobre aquelas cidades, permitindo, pela sua misericórdia e pela intercessão de Abraão, que Ló, suas duas filhas e a sua esposa fossem tirados dali às presas pela mão de um anjo.
Jesus compara o dia da sua vinda com a época de Noé e também com a época de Ló, pois as pessoas ouviram de Noé que Deus mandaria o dilúvio e aquelas pessoas não creram, pelo contrário, continuaram vivendo normalmente, como se não pudesse sobrevir repentinamente o cumprimento da Palavra de Deus, o que veio quando não esperavam e foram tragados todos, exceto a família de Noé. Da mesma forma, Ló avisou aos seus futuros genros da destruição de Sodoma, mas eles riram dele, e foram surpreendidos pelo cumprimento da palavra da boca de Deus juntamente com todas aquelas outras pessoas que habitavam aquelas cidades. Jesus afirma que na sua vinda será da mesma forma; as pessoas não darão crédito à mensagem de arrependimento e quando menos esperarem, o Senhor virá nas nuvens, com poder e grande glória, mais uma vez cumprindo as palavras da sua boca, as as quais Ele disse que poderiam passar os céus e a terra, mas elas não passariam, mas se cumpririam. E naquele momento não haverá para onde correr, nem dará tempo pensar em buscar coisas ou pessoas, agora a conversa será entre cada uma delas e Deus, o juízo final é inevitável.

Na nossa vida atual, não temos noção do quanto nossas atitudes irão refletir na nossa eternidade. Há um ditado popular que diz: "Aqui se faz, aqui se paga", outro ditado diz ainda: "Quem planta, colhe.", porém, vale lembrarmos que, além de já colhermos aqui consequências do pecado de Adão no Édem e também dos nossos próprios erros, ainda haverá a eternidade, que significa um tempo sem fim, no qual alguns gozarão da eterna presença do Senhor Jesus, e outros, infelizmente, sofrerão juntamente com o Diabo no fogo eterno. E para termos certeza de onde estaremos nesse tempo, precisamos ter sido salvos pelo Senhor Jesus ainda em vida; pois depois da morte, segue-se apenas o dia do Juízo final.
Na imagem abaixo podemos ver a formação geológica de sal, próximo ao Mar Morto, a qual provavelmente é a mulher de Ló.
A Bíblia (a qual é divinamente inspirada, ou seja, homens receberam o "sopro de Deus" por meio do Espírito Santo e a escreveram, não de forma mecânica, em épocas e contextos totalmente diferentes, e mantiveram harmonia entre si) traz relatos tanto dos acertos quanto dos erros dos personagens reais que compunham o seu conteúdo. Deus permitiu que fosse assim justamente para que fique bem claro para quem a lê, que Deus não escondeu de nós as falhas e pecados dos seus servos, para que pudéssemos direcionar as nossas vidas de modo agradável a Ele, fugindo do pecado e de toda a aparência do mal.
O exemplo da mulher de Ló é um destes exemplos a não serem seguidos, pois no momento em que Deus estendeu a sua mão de misericórdia para livrá-la da destruição, ela preferiu ceder ao seu próprio impulso e ficar para trás.

Vejamos qual o exemplo que temos da mulher de Ló:
  1. Não guardou (não obedeceu) ao que Deus havia ordenado (Gn 19.17)
  2. Saiu de Sodoma, mas o seu coração ainda ficou lá (Gn 19.26)
  3. Faltou-lhe Fé e Esperança (I Co 15.19)
  4. Não olhou para o objetivo (Hb 12.1-2)
  5. Não deu o devido valor à misericórdia que Deus dispensou em seu favor (Gn 19.16; Ef 2.8-9)
Infelizmente, não poucas vezes, vemos pessoas cometendo estes mesmos erros, comprometendo, assim, a sua eternidade; façamos o contrário. Obedeçamos ao Senhor; nos entreguemos por completo a Ele, sem reservas; demos a Ele a prioridade que deve ter na nossa vida; mantenhamos acesa em nós a esperança da glória, tenhamos o capacete da salvação, a mente de Cristo, firmada em serví-lo fielmente até o fim; mantenhamos os nossos olhos fitos no Senhor, pois Ele é o único caminho que leva ao céu; não desprezemos a mão de misericórdia que Deus nos estende; agarremos a chance de sermos reconciliados com Ele enquanto é tempo!

Algo não menos importante a observarmos nesta passagem é o exemplo de três pessoas que iam correndo com aquela mulher saíndo de Sodoma. Ló e suas filhas com certeza perceberam que ela havia ficado para trás, mas não hesitaram, prosseuiram olhando firmemente para a frente. Não podemos deixar passar o exemplo destas três pessoas, pois quantas vezes quando vemos outros ao nosso redor enfraquecer na caminhada cristã, somos tentados a parar também e a ficar à beira do caminho, respondendo a uma falsa e maléfica; solidariedade. Ao contrário, devemos nos firmar cada vez mais no Senhor, para que, por meio de nós, Ele venha fortalecer e encorajar a muitos a que olhem para a frente, até que Ele volte. Pois "A verdadeira solidariedade cristã não é aquela que me leva a desfalecer junto com a outra pessoa, mas é aquela onde me fortaleço em Deus para conseguir lançar uma corda e tirá-la do buraco."

Ana Chagas