18.2.11

Tempo de Reavivamento: Carta à Igreja de Éfeso

"Tenho, porém, contra ti, que abandonaste o teu primeiro amor" (Apocalipse 2.1-7)

Muitos oram por um avivamento. Alguns até saem à procura do avivamento em diversos lugares. Mas o que verdadeiramente é avivamento? Será que o indicador de que uma igreja avivada é o fato de ela gritar mais do que as outras quando ora? Será que uma pessoa muito ativa na igreja é sem dúvida uma pessoa avivada? Muitos pedem a Deus um avivamento para a igreja, mas ainda não compreenderam o que isto implica na sua própria vida como igreja do Senhor.

Sabemos que o Livro de Apocalipse foi escrito, provavelmente entre 95 e 96 d.C., nos últimos anos do reinado do imperador Domiciano em Roma, e que havia naquele período uma terrível perseguição aos cristãos, este, fez com que João fosse exilado na Ilha de Patmos, e estando João ali, veio a Ele o Senhor e lhe mostrou o Apocalipse, que significa Revelação.

Este livro trata das visões que João teve (Ap 1.19) “o que viste”- Capítulo 1 ou todas as visões; “e que são”- Caps 2-3- Cartas às sete igrejas; e, “as que hão de acontecer depois destas” – Caps 4 até o 22.

Éfeso era capital da província de Roma, Ásia. O templo da deusa Diana ficava lá e era considerado um das sete maravilhas do mundo. Muitas pessoas afluíam para lá para adorá-la. A igreja cristã que vivia ali sofria o peso da perseguição, mas cresceu muito, mesmo em um contexto de sofrimento por amor ao Nome de Jesus.

O objetivo do Senhor Jesus ao enviar esta carta à igreja de Éfeso era de mostrar-lhe a sua real situação. Ele iniciou com uma série de elogios verdadeiros; não para que apenas lembrassem, mas mostrando para a Igreja um tempo que já não era a sua realidade.

A Igreja de Éfeso viveu três tempos e é muito importante que os analisemos:

  1. TEMPO DE AVIVAMENTO (v. 2,3,6; Atos 19.18-20)

    O Apóstolo Paulo teve a oportunidade de ficar com os irmãos de Éfeso durante dois anos, e naquele período, o evangelho se expandiu muito; houve muitas conversões, o prestígio da deusa Diana diminuiu, muitos que praticavam artes de magia entregaram as suas vidas a Jesus e queimaram seus livros cujo valor montante foi cinquenta mil Denários, ou cinqüenta mil dinheiros, equivalente a cinqüenta mil vezes o valor de um dia de trabalho.

    Quando há avivamento em cada vida as coisas acontecem; as pessoas se rendem, voltam-se para Deus completamente, sem reservas.

    Ás vezes nos tornamos saudosistas; e passamos todo o tempo lembrando de um tempo de avivamento que vivemos; mas não passa disso.

    Quando uma igreja vive o tempo de avivamento, ela naturalmente assume uma postura, de quem tem vida e adquire características muito importantes.


A igreja de Éfeso era:

    • Uma Igreja trabalhadora (v.2 a)- conseqüência de uma fé salvífica em Cristo (atividades sem vida com Deus é mero ativismo, é algo vazio)
    • Uma Igreja paciente na tribulação e perseguição (v. 2 b) Era uma época de grande perseguição,mas permaneciam firmes no Senhor. (às vezes queremos sair da luta por nossa própria vontade, antes de sermos aprovados pelo Senhor, antes de Ele determinar o seu fim. O crente avivado não foge, mas persevera até o fim).
    • Uma Igreja firme na doutrina bíblica (v.2)- Aquela igreja colocava à prova e reprovava aqueles que não pregavam a verdade bíblica. Era uma igreja que lia Bíblia, que comia o pão da vida, o Verbo, o Evangelho e tinha condições de combater heresias e de não ser levada por ventos de doutrina.

    Geralmente é assim conosco também:quando somos novos convertidos lemos a Bíblia, oramos mais, queremos e anelamos pela profunda comunhão com Deus. É uma bênção! A igreja de Éfeso soube bem o que é este sentimento; mas Jesus vem mostrar aos cristãos daquela igreja que, infelizmente, deixaram o tempo do avivamento e abandonaram o seu primeiro amor.

    2. TEMPO DE ESFRIAMENTO (v.4)

    Aquela igreja havia abandonado o seu primeiro amor e nem ao menos reagia a esta situação, tornou-se insensível. Foi necessário que Cristo falasse diretamente, que Ele bradasse para ela qual a situação em que ela se encontrava naquele momento.

    E, trazendo para a nossa vida, quantas vezes também fazemos isso? Deixamos que outras coisas, filosofias mundanas começam a seduzir-nos, tentando nos desviar do alvo e às vezes nós mesmos permitimos e depois nos queixamos até mesmo de Deus e não queremos reconhecer os nossos erros? Deixamos de ler a Bíblia; de orar e ficamos raquíticos e infrutíferos; nos tornamos frios e insensíveis à voz de Deus; nos acomodamos a uma vida superficial com Deus e consequentemente também com os nossos irmãos, é quando começam a surgir quebras de relacionamentos, picuinhas, disse-me-disse, etc. nem sequer testemunhamos mais como discípulos, os quais devem ser como o seu Mestre.

    (Ver Mateus 24.12-13)- “E por se multiplicar... Mas aquele que perseverar até o fim será salvo.” (para perseverarmos precisamos ser salvos e para sermos salvos precisamos passar pelo caminho que é Cristo). O sacrifício substitutivo do Cordeiro imaculado ali na cruz não foi apenas para restaurar a nossa comunhão com Deus; a obra foi tanto vertical quanto horizontal, ou seja, Ele veio restaurar em nós o verdadeiro amor ao próximo, sem falsidades, sem orgulho, e só desfrutamos deste amor nas duas dimensões quando estamos ligados a Ele; porém, quando tudo vai mal com Deus, todo o resto estará mal também; se não estamos em plena comunhão com Deus, como poderemos viver o seu amor para com os outros?

    A situação daquela igreja era crítica, preocupante; porém, Deus, sendo rico em misericórdia, marca, por meio daquela Carta, um novo tempo para aquela igreja! Ela recebe dele a oportunidade de resgatar aquilo que se perdeu

    3. TEMPO DE REAVIVAMENTO E DE RESTAURAÇÃO (v.5)

    Deus abriu aquela oportunidade para a igreja de Éfeso; 1) Elogiando pelo que ela era, 2) Mostrando a sua real situação naquele momento e 3) Oferecendo-lhe a restauração. Da mesma forma, Deus marcou este tempo para nós! Eu e você somos a igreja dele! Mesmo que não estejamos vendo o avivamento sendo experimentado de modo geral, temos a necessidade e a responsabilidade de sermos crentes avivados na presença do Senhor! Como disse Stephen Olford: "O fato de não estarmos vivendo um avivamento geral, não é desculpa para não vivermos um avivamento pessoal."


    1. Profundo reconhecimento de pecado (Pv 28.13; I Jo 8-10);
    2. Volta à Palavra (ler constantemente, e não apenas ler, mas praticar- Tg 1.21-25),
    3. Testemunho de vida (Mt 5. 13-16)
    4. Salvação de vidas ( At 2.42-47).

    Para que aqueles cristãos de Éfeso experimentassem o avivamento de Deus em suas vidas, o Senhor mostrou que era necessário que tomassem três atitudes (v.5):

    1) Lembrar onde caiu

    2) Arrepender-se

    3) Voltar às primeiras obras

    O Senhor oferece esta oportunidade àqueles irmãos, porém, também refere uma palavra de juízo, caso eles não dêem ouvidos à sua voz (v.5 d) e traz também uma exortação (v.7 a)

    "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas!"

    Ele faz também uma promessa (v.7b)

    "Ao que vencer...- (Permanecer fiel mesmo que venham lutas e tentações- o que só ocorrerá aos salvos - Ap 22.10-17), dar-lhe-ei a comer do Fruto da árvore da vida (que significa a vida eterna) que está no Paraíso (que significa "Lugar de delícias") de Deus." Glória a Deus!

Portanto, creio que esta Palavra alcançará a todos os corações que o Senhor atrairá para Si, pois a sua Palavra é martelo que esmiúça a penha, e jamais voltará vazia para Ele, mas fará aquilo para o qual foi enviada. Só poderão ouvir e dar ouvidos à sua voz e assim vencer; aqueles resgatados por Cristo, aqueles que já foram, são e que ainda serão tirados das trevas para a sua maravilhosa luz. Olhemos para trás,analisemos onde caímos, nos voltemos urgentemente para o Senhor e para a obediência à sua Palavra. Deus não precisa de nós, mas nós precisamos dele, sem Ele nada somos, Ele, porém, sem nós, continua sendo Deus, Deus este único verdadeiro e digno de toda a nossa adoração e santificação.

Concluo com um trecho muito profundo de II Cr 7.14, onde o Senhor Deus fala para o seu povo:

"Se o meu povo que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."

12.2.11

A Cura de Naamã

Por Juliana Santos

Texto base: 2 Reis 5:1-19


Você confia em Deus? Alguma vez desconfiou ao confiar em Deus? Quando você pediu ajuda, a resposta de Deus lhe pareceu simples, ou até mesmo infantil? Você achou mesmo que foi fácil demais? É possível ver o poder de Deus mesmo nas coisas simples da nossa vida?

Na Bíblia, encontramos milagres grandiosos de Deus que foram executados de uma maneira bem simples. E um destes milagres queridos está relatado em 2 Reis no capítulo 5.
Como diz o próprio texto, Naamã era um grande homem diante do seu senhor (rei da Síria), e de muito respeito, era um homem valente, poderoso, muito orgulhoso, porém leproso.
A Síria vivia em constante guerrilha contra Israel, e com os confrontos diretos, uma menina hebréia foi feita prisioneira e se tornou serva da mulher de Naamã. A menina via o sofrimento de seu senhor Naamã, e a tristeza de sua esposa, enquanto a doença proliferava. Lembrou-se do profeta Eliseu, que fazia milagres em nome de Deus, e creu que ele poderia curar o seu senhor, trazendo alegria de volta àquela casa.
A menina chegou até a sua senhora e disse: “Oxalá que o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria! Ele o restauraria de sua lepra”. 2 Reis 5:3 a esposa fala a Naamã que ainda havia uma chance de ele ser curado.Logo Naamã resolve procurar o Profeta Eliseu para ser curado leva consigo dez talentos de prata, seis mil ciclos de ouro e dez mudas de vestidos. Naamã foi então até a casa de Eliseu. Chegou com seus carros e seus cavalos à porta de Eliseu. Eliseu apenas enviou uma mensagem através de seu servo a Naamã: Vai e lava-te sete vezes no rio Jordão e serás purificado. O rio Jordão é um rio barrento e caudaloso. . Naamã ficou furioso, pois o profeta nem foi vê-lo. Enviou um servo e nem se sujeitou à sua presença, e ainda por cima o mandou que se lavasse no rio Jordão.
Observamos nesta narrativa que o orgulho Naamã foi ferido por duas vezes:
  1. A primeira vez por causa do profeta que desprezou vê-lo;
  2. A segunda é quando o Profeta manda-o mergulhar por sete vezes no rio Jordão.
Mas quero tratar especificamente nesta oportunidade sobre o que o ORGULHO causa na vida de todo aquele que se deixa controlar por ele.
De acordo com Aurélio ORGULHO é: conceito elevado ou exagerado de si próprio; amor próprio demasiado; soberba. Também pode ser uma palavra sinônima de presunção, vaidade e por ai vai...
Este sentimento causa nas pessoas o seguinte:
1. Deixa as pessoas poderosas de mais para se entregar ao que Deus pede ou manda; AUTOSUFICIÊNCIA (ver 2 Reis 5:11 e 12);
As pessoas muitas vezes se acham poderosas demais para se entregar ao que Deus pede ou manda. Muitas vezes é algo tão simples e visto como insignificante perante os homens, no entanto Deus tem os Seus propósitos.
Os desígnios de Deus têm um fundamento simples: Aceitação da Sua Vontade. Muitas vezes Deus testa nossa confiança e em nossa desconfiança mostramos realmente o que somos, orgulhosos.
Certamente os rios mencionados por Naamã eram muito lindos, circundados por bosques de raríssima beleza. Suas águas eram cristalinas, diferente das águas do rio Jordão que era imundo.
2. Deixa as pessoas incrédulas àquilo que Deus pode operar em suas vidas. (ver 2 Reis 5:10-14).
“Muitas vezes Deus testa nossa confiança e em nossa desconfiança mostrando o quanto realmente somos orgulhosos.'"
Muitas vezes somos como Naamã. Não cremos em muitas coisas, e quando teantamos crer, nosso orgulho é ferido, e achamos que as pequenas coisas que Deus nos pede são insignificantes demais para obtermos qualquer resultado.
As coisas que Deus nos pede são apenas pequenas provas de amor que podemos dar a Ele por tudo que nos fez, faz e ainda fará. Devemos confiar mesmo nas pequenas coisas, pois o amor de Deus é revelado tanto nas pequenas como nas grandes coisas.
Se alguma vez você duvidar da vontade de Deus, lembre-se da história de Naamã. As pequenas coisas são grandes aos olhos de Deus. As coisas insignificantes são de extrema importância para Deus.
Que este hino possa ser a minha e sua oração diante do Senhor nosso Deus:







Juliana Santos é membro da 1ª Igreja Evangélica Congregacional em João Pessoa-PB, e fez Teologia Cristã no Instituo Bíblico Betel Brasileiro.

7.2.11

Lembrai-vos da mulher de Ló: Um exemplo a não ser seguido

"Lembrai-vos da mulher de Ló" (Lucas 17. 32)

Se pedirmos que as pessoas citem os nomes de mulheres da Bíblia que mais marcaram as suas vidas, ou que são mais conhecidas, com certeza ouviremos os nomes de mulheres valorosas como Sara, Ana, Rebeca, Débora, Ester, Rute, Noemi, Maria Madalena, Maria- mãe de Jesus, Salomé, Dorcas, e de muitas outras. Mas com certeza, de pronto não lembrariam da mulher de Ló, embora neste trecho de Lucas onde fala sobre a sua vinda, Jesus mencione esta mulher e ainda, use o imperativo "lembrai-vos" da mulher de Ló.
Alguns afirmam que a ordem de louvar a Maria- mãe de Jesus-homem está explícita na Bíblia, o que não procede. Porém a ordem explícita na Bíblia, vinda da boca de Jesus filho do carpinteiro é que tivessem o cuidado de não se esquecerem do exemplo da mulher de Ló. Então alguns dizem: "Mas, para quê lembrar dela, se ela não nos deixou bom exemplo?" E é justamente esta a razão pela qual Jesus quer que nos lembremos dela, pelo seu mau exemplo; não para seguí-lo, mas para evitarmos cairmos no mesmo erro que ela caiu , pelo qual recebeu imediata recompensa.

Havia tanta corrupção em Sodoma e em Gomorra que o cálice da ira de Deus transbordou e Ele determinou a execução da sua Santa Justiça sobre aquelas cidades, permitindo, pela sua misericórdia e pela intercessão de Abraão, que Ló, suas duas filhas e a sua esposa fossem tirados dali às presas pela mão de um anjo.
Jesus compara o dia da sua vinda com a época de Noé e também com a época de Ló, pois as pessoas ouviram de Noé que Deus mandaria o dilúvio e aquelas pessoas não creram, pelo contrário, continuaram vivendo normalmente, como se não pudesse sobrevir repentinamente o cumprimento da Palavra de Deus, o que veio quando não esperavam e foram tragados todos, exceto a família de Noé. Da mesma forma, Ló avisou aos seus futuros genros da destruição de Sodoma, mas eles riram dele, e foram surpreendidos pelo cumprimento da palavra da boca de Deus juntamente com todas aquelas outras pessoas que habitavam aquelas cidades. Jesus afirma que na sua vinda será da mesma forma; as pessoas não darão crédito à mensagem de arrependimento e quando menos esperarem, o Senhor virá nas nuvens, com poder e grande glória, mais uma vez cumprindo as palavras da sua boca, as as quais Ele disse que poderiam passar os céus e a terra, mas elas não passariam, mas se cumpririam. E naquele momento não haverá para onde correr, nem dará tempo pensar em buscar coisas ou pessoas, agora a conversa será entre cada uma delas e Deus, o juízo final é inevitável.

Na nossa vida atual, não temos noção do quanto nossas atitudes irão refletir na nossa eternidade. Há um ditado popular que diz: "Aqui se faz, aqui se paga", outro ditado diz ainda: "Quem planta, colhe.", porém, vale lembrarmos que, além de já colhermos aqui consequências do pecado de Adão no Édem e também dos nossos próprios erros, ainda haverá a eternidade, que significa um tempo sem fim, no qual alguns gozarão da eterna presença do Senhor Jesus, e outros, infelizmente, sofrerão juntamente com o Diabo no fogo eterno. E para termos certeza de onde estaremos nesse tempo, precisamos ter sido salvos pelo Senhor Jesus ainda em vida; pois depois da morte, segue-se apenas o dia do Juízo final.
Na imagem abaixo podemos ver a formação geológica de sal, próximo ao Mar Morto, a qual provavelmente é a mulher de Ló.
A Bíblia (a qual é divinamente inspirada, ou seja, homens receberam o "sopro de Deus" por meio do Espírito Santo e a escreveram, não de forma mecânica, em épocas e contextos totalmente diferentes, e mantiveram harmonia entre si) traz relatos tanto dos acertos quanto dos erros dos personagens reais que compunham o seu conteúdo. Deus permitiu que fosse assim justamente para que fique bem claro para quem a lê, que Deus não escondeu de nós as falhas e pecados dos seus servos, para que pudéssemos direcionar as nossas vidas de modo agradável a Ele, fugindo do pecado e de toda a aparência do mal.
O exemplo da mulher de Ló é um destes exemplos a não serem seguidos, pois no momento em que Deus estendeu a sua mão de misericórdia para livrá-la da destruição, ela preferiu ceder ao seu próprio impulso e ficar para trás.

Vejamos qual o exemplo que temos da mulher de Ló:
  1. Não guardou (não obedeceu) ao que Deus havia ordenado (Gn 19.17)
  2. Saiu de Sodoma, mas o seu coração ainda ficou lá (Gn 19.26)
  3. Faltou-lhe Fé e Esperança (I Co 15.19)
  4. Não olhou para o objetivo (Hb 12.1-2)
  5. Não deu o devido valor à misericórdia que Deus dispensou em seu favor (Gn 19.16; Ef 2.8-9)
Infelizmente, não poucas vezes, vemos pessoas cometendo estes mesmos erros, comprometendo, assim, a sua eternidade; façamos o contrário. Obedeçamos ao Senhor; nos entreguemos por completo a Ele, sem reservas; demos a Ele a prioridade que deve ter na nossa vida; mantenhamos acesa em nós a esperança da glória, tenhamos o capacete da salvação, a mente de Cristo, firmada em serví-lo fielmente até o fim; mantenhamos os nossos olhos fitos no Senhor, pois Ele é o único caminho que leva ao céu; não desprezemos a mão de misericórdia que Deus nos estende; agarremos a chance de sermos reconciliados com Ele enquanto é tempo!

Algo não menos importante a observarmos nesta passagem é o exemplo de três pessoas que iam correndo com aquela mulher saíndo de Sodoma. Ló e suas filhas com certeza perceberam que ela havia ficado para trás, mas não hesitaram, prosseuiram olhando firmemente para a frente. Não podemos deixar passar o exemplo destas três pessoas, pois quantas vezes quando vemos outros ao nosso redor enfraquecer na caminhada cristã, somos tentados a parar também e a ficar à beira do caminho, respondendo a uma falsa e maléfica; solidariedade. Ao contrário, devemos nos firmar cada vez mais no Senhor, para que, por meio de nós, Ele venha fortalecer e encorajar a muitos a que olhem para a frente, até que Ele volte. Pois "A verdadeira solidariedade cristã não é aquela que me leva a desfalecer junto com a outra pessoa, mas é aquela onde me fortaleço em Deus para conseguir lançar uma corda e tirá-la do buraco."

Ana Chagas

30.1.11

Boas obras: Quando elas não evidenciam uma fé salvífica.

"Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho as obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as minhas obras te mostrarei a minha fé." Tiago 2.14-18
Acompanhamos recentemente as catástrofes no Rio de Janeiro e também, embora em menor escala, em São Paulo, Minas, Bahia, Sta Catarina e João Pessoa, o que desencadeou uma comoção geral em favor das famílias enlutadas e daquelas que, embora tendo sobrevivido pela graça de Deus, ficaram e ainda estão sem um norte, sem chão, enfim, sem alento. Graças a Deus por cada pessoa que ajudou, independente de qual foi a motivação, pois pessoas foram socorridas... Mas agora é importante que reflitamos sobre esta questão das boas obras. O que realmente me leva a querer fazer o bem ao meu próximo? Qual é o sentimento motivador?
É interesante percebermos que alguns se mobilizam em favor destas pessoas movidos por um sentimento de compaixão e cumprimento de um dever; dever este que é inerente a todo cristão genuinamente salvo. Outros fazem o bem e socorrem o aflito por puro desencargo de consciência, e ainda há outros, por sua vez, correm a fazer o bem porque pensam que fazendo assim
"acrescentarão mais um tijolinho na sua casa no céu." Falando assim até parece engraçado, mas é muito sério o fato de que tantos ainda se encontram no engano acerca da fé e das obras para com o próximo diante de Deus.
Sabemos muito bem que no reino de Deus não é assim que as coisas funcionam. A fé sem obras revela alguém que ainda precisa rever a fé que professa. Pois, a Bíblia afirma que a verdadeira fé é salvífica e gera obras, gera frutos dignos de arrependimento. É impossível que o salvo permaneça no comodismo enquanto outros perecem; não porque ele precise fazer o bem para que Deus lhe conceda o entrar no céu, mas porque sabe que é seu dever e que, fazer o bem está no seu novo ser, nascido em Cristo. E se isto não acontece, este "cristão" deve rever o seu cristianismo. E sem a Fé genuína, diz o Senhor em sua Palavra que as nossas obras de justiça "não passam de trapos de imundícia diante dos seus olhos". Imagine como incomodamos a Deus e o quanto o afrontamos quando queremos, ou tentamos apresentar diante Dele seja qual for o ato de justiça e de bondade que tenhamos feito a um necessitado, como se disséssemos: "Olha, Deus, eu fiz isso para aquela pessoa, agora é a sua vez: Me abençoe e me salve!"
Aquele que não é salvo, permanece na ilusão, no engano que foi e ainda é pregado por aí, o qual afirma que se você quer ser aceito por Deus tem que fazer boas obras. Mas sabemos que o caminho para sermos aceitos por Deus não é trilhado daqui de onde estamos até Ele, mas é Ele que vem até nós; e isto não ocorre porque eu ou você sejamos mais bonitinhos ou bonzinhos, ou porque tenhamos entrado para o Guiness Book em matéria de dar esmolas e fazer o bem, mas o Senhor Deus vem até nós, porque nós, humanos, estamos mortos em nossos delitos e pecados, e, portanto, totalmente incapazes de, por nossos próprios méritos sermos reconciliados com Ele.

Somente a verdadeira fé gera as obras agradáveis a Deus; agradáveis por configurarem frutos de algo espetacular, miraculoso e sobrenatural que houve em nós: O novo nascimento, o qual somente o Senhor poderia ter feito em nós, nos tirando das trevas para a sua maravilhosa luz.

15.1.11

Silas Malafaia diz: "Quem não prega a teologia da prosperidade é um idiota!"

Fonte: Gospel +

Em entrevista a Revista Igreja de novembro de 2010 o pastor Silas Malafaia, da Igreja e programa de TV Vitória em Cristo, chamou os pastores que não pregam a teologia de prosperidade de Idiotas que deveriam perder a credencial e voltar a ser membro para aprender as Escrituras.

Confira abaixo:

Revista Igreja: O senhor está sendo duramente criticado pelo setor mais conservador da igreja por causa da teologia da prosperidade pregada por alguns convidados de seu programa, como Morris Cerrullo e Mike Murdock. Como o senhor responde a estas criticas de que a teologia da prosperidade não tem base bíblica e é uma heresia?
Silas Malafaia: Primeiro quem fala isto é um idiota! Desculpe a expressão, mas comigo não tem colher de chá! Por que quando é membro eu quebro um galho, mas pastor não: é um idiota. Deveria até mesmo entregar a credencial e voltar a ser membro e aprender. Para começar não sabe nada de teologia, muito menos de prosperidade. Existe uma confusão e um radicalismo, e todo radicalismo não presta.
Em seguida o pastor da Igreja Vitória em Cristo defendeu a Teologia da Prosperidade e a si mesmo: “Finanças é um dos maiores assuntos da Bíblia. Quando chega nesta parte, muitos pastores, as vezes porque eles mesmos não dão dízimo e nem oferta e, portanto não tem autoridade para falar do assunto, querem bater em quem fala”.

O comentário gerou uma intensa polêmica na internet. O Pastor Sênior da Igreja Bíblica Cristã de São Gonçalo – RJ, Alan Capriles, citou a tradução da Bíblia na linguagem de hoje, onde relata que Jesus disse “E quem chamar o seu irmão de idiota estará em perigo de ir para o fogo do inferno”, Mateus 5:22.

O curitibano Clauber Ramos falou sobre a nova polêmica: “Uma coisa engraçada dessa gente da prosperidade é que nenhum deles nos pedem para semear nosso dinheiro em obras de caridade, em ajudar meus vizinhos necessitados, em ajudar ONGs que fazem um bom trabalho comunitário, etc. A “benção” só é válida se eu semear no campo deles, coisa estranha isso” e completou: “Deus não olha minha oferta (seja em dinheiro ou não), Ele olha o meu coração, isto é muito claro na Bíblia. Ele vai olhar a minha generosidade, o meu amor pelo próximo, o quanto eu me compadeço com o sofrimento do outro… Ai sim creio que Deus tenha prazer em retribuir, mesmo que eu não mereça esta retribuição”.

O blogueiro e pastor Danilo Fernandes publicou em seu blog sua opinião sobre a afirmação de Silas Malafaia: “Eu só tenho uma pergunta a fazer a este deus da prosperidade: O que Malafaia, Cerrullo e Murdock têm que Jeremias, Jonas e João Batista não tinham para, em sendo igualmente profetas, tendo dado tudo de si, terem vivido em indesejável pobreza e grande perseguição, enquanto os novos profetas, fazendo tão menos, vivem como nababos? Foi falta de fé dos profetas antigos ou eles não pagavam o dizimo?” e alfineta: “Mas Malafaia é sincero quando chama seus críticos de idiotas. Pela sua justificativa que coloca os contrários à sua tese da vida cristã financeira na vala do pobrismo, ele há de achar que fala com idiotas!”. Danilo ainda conclui: “Não há nada contra ter dinheiro. Trabalhar e prosperar. Contudo, dizer que está evangelizando enquanto se leva a proposta deste cassino celestial onde se aposta 10 para receber 100 é um disparate. Ordenaram-nos levar a boa nova da salvação, batizar, fazer discípulos e enviar”.

Não é a primeira vez que o Pastor Silas Malafaia usa palavras desse tipo para rebater quem o critica, o mesmo já chamou internautas de “safados, bandidos, negos enrolados, invejosos” e outros adjetivos.

O que o Conectado tem a dizer sobre estas palavras de Silas Malafaia:
Leia aqui o Artigo que escrevi aqui sobre: Teologia da Prosperidade:
Afinal, o que determina a bênção de Deus sobre as nossas vidas?


Assista também a este vídeo, quando o Pr. Silas ainda era um defensor ferrenho da pregação fiel. (No vídeo aparecem algumas risadas,mas não creio que haja algum motivo para rirmos, e sim, para chorarmos e clamarmos a Deus pela Sua Igreja)




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11.1.11

Unção, amor, perdão e serviço

Imagine um relógio daqueles que funcionam com engrenagens, todas funcionando perfeitamente bem, cada uma delas movimentando-se no momento certo para a direção correta... Que maravilha não? Esta perfeita harmonia garante que aquele relógio não irá atrasar, nem adiantar, e muito menos parar.

Agora, imagine outro relógio, onde as suas engrenagens estão enferrujadas e desgastadas cuja ferrugem está fazendo com que elas não se movimentem de forma harmoniosa e perfeita, que desastre, não? Este segundo relógio passa a funcionar de forma irregular, atrasa, adianta, ou até mesmo pára de vez. O que fazer, então quando isto acontece? Imediatamente o seu dono o leva a um relojoeiro, o qual imediatamente o examina, descobre o problema, realiza uma limpeza, em seguida providencia o óleo e lubrifica cada peça, o que fará com que o atrito entre elas seja eliminado de maneira que passem a movimentar-se de forma harmoniosa, como em uma melodia, trazendo assim, a vida útil ao relógio, antes, parado.

Fazendo uma reflexão sobre a nossa própria vida espiritual, podemos nos comparar àquele relógio. Sim ou não? Claro que sim. Pois somos partes, “engrenagens” que formam um só corpo- o Corpo de Cristo, e precisamos nos movimentar de forma harmoniosa para que este Corpo possa “funcionar”; andar e agir, enfim, para que este corpo seja útil, direcionado pela Cabeça que é Cristo. E para que vivamos uma vida de comunhão com os nossos irmãos é necessário que tenhamos uma vida cheia da unção de Deus, do seu óleo (uma vida cheia do Espírito Santo), o qual ele providenciou para que funcionássemos perfeitamente como corpo, do qual Ele é a Cabeça.

Em meio à “ferrugem” (o ódio, as desavenças, as divisões, os partidarismos, o individualismo, as picuinhas, falta de perdão, etc.) que teima em afetar o nosso convívio com “as outras peças da engrenagem” (nossos irmãos), precisamos buscar de Deus o enchimento; devemos urgentemente clamar ao Deus-Espírito Santo para que venha nos encher constantemente, para que venha tornar aptos a viver o verdadeiro amor de Deus, o qual é o efeito do óleo sobre as “peças” (eu e você). Assim, será menos difícil conviver com nossos irmãos, e não iremos apenas tolerar, mas iremos amar a cada um deles. Precisamos ir muito além de um simples “suportar o irmão”; e esta tarefa é impossível a peças emperradas pela ferrugem do pecado, do ódio, do orgulho, da obstinação. Precisamos nos livrar da ferrugem, e só conseguiremos isso, se buscarmos ao Senhor de todo nosso coração, com todas as nossas forças e com todo nosso entendimento.

Se cada peça teimar em funcionar sozinha, cada uma por si mesma, o relógio permanecerá quebrado, portanto, inútil. Porém, quando nos colocarmos diante de Deus como vasos que estão rachados mas querem ser “moldados” consertados, pelo Oleiro, então Ele nos restaurará e nos tornará um novo relógio, pronto para a boa obra, prontos, portanto, para realizar o seu Serviço com amor, união e unidade de pensamento e visão; somente assim, o corpo se moverá avante, rumo ao propósito divino, o qual ele estabeleceu para “engrenagens ungidas” com o seu óleo.

Que Deus- o nosso “Relojoeiro por excelência” nos abençoe e escute quando clamarmos e conserte a nossa vida, para que, restaurados, estejamos aptos para toda a boa obra; pois Ele mesmo afirmou em sua Palavra: “Serei achado daqueles que me buscarem.” (Pv 8.17; Is 65.24).


7.1.11

Vício em Internet: Quero a minha vida real de volta!

De repente percebi que preciso voltar...
Ah, que saudade de quando eu tinha mais amigos reais do que virtuais...!!!
De quando eu visitava mais amigos reais que amigos virtuais... Não que alguns dos virtuais também não sejam reais... Mas sinto falta...

Acho pouco ter inúmeros amigos no orkut, mesmo que nunca tenha os visto pessoalmente; daí, descubro quais as outra redes sociais que existem e quero ter todos aqueles amigos em todas as redes sociais e ainda outros, e muitos mais... Mas estou sozinho aqui... Olho ao redor... Onde estão os meus amigos reais? Quanto tempo faz que fui à casa de um deles visitá-los e olhar em seus olhos e dizer: "Estou aqui, vim saber como você está... Você está verdadeiramente no meu coração"...?

Sinto saudade de quando me bastavam os problemas mais imediatos que me cercavam; hoje, já não cabem na minha mente os problemas do mundo todo, no mesmo minuto em que ocorrem...
Parece que quanto mais utilizo a internet, mais distante me sinto das pessoas reais...
Me sinto mais retraído para comunicar-me com o mundo real, mesmo que tenha adquirido maior desenvoltura utilizando os meus dedos no teclado do meu computador...
Parece até que este mundo virtual começa sugar-me para dentro dele como um ímã e cada vez mais me retira do meu mundo real... Todos os que conhecem o mundo virtual têm o mesmo jargão: "Sei equilibrar o uso dela"... Mas na vida real... Acabam reconhecendo, como eu: reconheci "Não quero isso, mas é como se fosse um ímã..."

O mundo sem a internet parece que seguia um curso mais ameno; os dias demoravam mais a passar... As pessoas tinham mais tempo para passear e visitar velhos amigos para "jogar conversa fora"... Para momentos de contemplação da natureza; pois faz tanto bem admirar a criação de Deus, ainda mais se for na companhia de verdadeiros amigos reais... É muito melhor que ficar ingerindo todo o tipo de lixo virtual que nos assedia todo o tempo na tão amada "Net"...
Antes as pessoas tinham tempo de parar e lembrar que pessoas reais precisavam da presença delas e abriam mão dos seus afazeres com mais facilidade para se doarem ao próximo. Hoje... Mais sei o que as outras pessoas andam realizando pelo mundo a fora do que tenho realizado eu mesmo...
Hoje... Hoje as pessoas quase não têm tempo para si mesmas, porque todo o seu tempo está preso a uma pequena máquina conectada ao mundo todo, como se estivessem presas a um balão de oxigênio...

Claro que nem todos têm acesso à internet, mas com certeza, todos estão sofrendo a consequência, direta ou indiretamente, da influência que ela têm exercido em todo o mundo real.
Amizades desfeitas (pois deixam de aceitar sair ou visitar amigos para estar na Internet); casamentos abalados (pois há pessoas que levam o PC até para a cama); relacionamentos enfraquecidos (pois já não "sobra" tempo para o diálogo e o lazer em família)... Eu acordei! Não é esta vida que quero para mim e para a minha família! Preciso resgatar a minha vida real, que é tão preciosa, e, por sinal, é única! Só viverei aqui no mundo uma única vez; portanto, devo fazer valer a pena, marcando a vida das pessoas reais, as quais estão pertinho de mim; devo gastar, ou melhor "investir" tempo em companhia delas. Sei que é isto que Deus quer para mim!

Socorro, Deus, salve-me da Internet!... Salve-me de mim mesmo!

Autora: Ana Chagas




(Mensagem de Reflexão inspirada na situação em que vive a humanidade refém do mundo virtual, independente de seu credo, posição social ou etnia. O mundo precisa pôr os pés no chão e doar mais tempo para viver sua vida real . Precisamos ter mais tempo para Deus, para nós e para os nossos amigos reais, pois podemos estar deixando que eles se afastem e fiquem no esquecimento, enquanto enchemos as nossas redes sociais e as nossas sagradas 24 horas do dia com o mundo virtual. Amo a internet, utilizo com frequência, também sinto a grande necessidade de equilibrar melhor o meu tempo para que assim a minha vida real seja mais produtiva e seja uma vida de melhor qualidade. Creio que muitos se identificarão com o que diz o texto. Um abraço a todos!)

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5.1.11

Arrependimento e restauração: Não temas,ó, bichinho de Jacó, povozinho de Israel, eu te ajudo!

"Não temas, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o Senhor, e o teu redentor é o Santo de Israel." (Isaías 41.14)

Vivemos dias em que a igreja de modo geral encontra-se apática e infrutífera, o esfriamento espiritual já predito pelo Senhor Jesus quando este se referia ao começo das dores, o começo do fim já pode ser claramente sentido no meio dela. O maior fator que contribui para este esfriamento, não diferente do fator que afetou também o povo de Israel, é o pecado, e não há como negar esta verdade. Muitos, infelizmente têm se apoiado no fato de que Deus é amor, e de que sempre perdoa para apoiar os seus próprios erros e desejos de pecar, e suas frequentes "quedas" (não que exista super crentes que não pecam; mas devemos viver em temor e sabermos que com Deus não se brinca). Ele nos chamou para sermos santos, separados para o louvor da sua glória, mas temos nos desviado constantemente dos seus preceitos, deixando a vida cristã prática, quando deveríamos lutar para deixarmos de ser cristãos meramente nominais, dos quais as igrejas estão abarrotadas, infelizmente. Deus é misericórdia e amor, certo? Certo! Mas Deus também é, não em menor proporção ou em uma ordem posterior de intensidade, mas na mesma medida e ao mesmo tempo, Justiça! Ele ama a retidão, e deseja que aqueles que se chamam por seu nome, andem de modo digno de alguém que leva este nome; como um arauto que leva um decreto do Rei, selado com o seu anel real, o qual deve representá-lo diante do povo e transmitir com fidelidade a sua vontade, sem tirar nem pôr. A igreja de nossos dias tem perdido a visão do alvo, tem fixado o seu olhar em outros objetivos, como por exemplo, a ênfase na prosperidade a todo o custo (ou você prospera ou das duas uma: Ou você está em pecado ou Deus não é Deus). Muitos crentes estão vivendo e achando que são miseráveis porque não prosperam, achando que não são verdadeiros cristãos porque nem tudo sai como planejaram lá na sua empresa, ou lá no seu trabalho. Outros procuram ostentar templos monumentais, ou ainda uma roupagem patriarcal, dizendo-se superiores e dignos de honras; líderes famosos começam a se degladiarem para ver quem conquista mais investidores para as suas igrejas-empresas, que são mais instituições com fins lucrativos do que meramente igrejas. As pessoas estão muito ocupadas com o seu próprio umbigo para se preocuparem umas com as outras. Já é coisa rara encontrar igrejas que seguem o exemplo da igreja primitiva, a qual caia na graça de todo o povo, e que recebia mais e mais convertidos que buscavam juntar-se a ela para adorar simplesmente ao Messias ressurreto, e não para buscar o seu sucesso financeiro. As pessoas quase não oram mais, pouco lêem a Bíblia, mas um objetivo continua de pé: querem ter vitória! Cantam, choram, se ajoelham, outras até se descabelam, pulam, rodopiam, mas suas vidas estão vazias da presença de Deus. Pois não se vêem frutos viçosos e permanentes a partir de suas pregações, mas apenas plantas sem raíz, sem vida, exceto algumas raridades. Fomos alcançados por Deus, mas estamos vivendo para nós mesmos, não para Ele. Tudo isso são sintomas de derrota e humilhação; não porque não temos riquezas e sucesso, mas porque os nossos olhos estão fitos nessas metas; sintomas de humilhação porque estamos tão ocupados que não temos tido tempo para evangelizar; sintomas de humilhação porque estamos despercebidos quanto a uma vida de constante oração e leitura e meditação na Palavra de Deus; sintomas de humilhação porque temos sido derrotados muitas vezes pelo pecado, pela carne, pelo mundo, pelo diabo. Mas Deus nos mostra em sua Palavra, não poucas vezes, que é o maior interessado em que sejamos restaurados. O povo de Israel quase foi reduzido a nada, por causa da sua própria desobediência, mas o remanescente que restou, buscou ao Senhor, e o Senhor os ouviu, e os restaurou e os abençoou; e ainda, prometeu que estaria com eles e que os ajudaria. É importante lembrarmos de que a restauração sempre é precedida pelo arrependimento e pela busca do perdão de Deus, lemos isso na história de Israel.


Israel tinha o privilégio de ser o povo escolhido por Deus para ser santo e testemunhar do Deus único, vivo e Senhor Todo-Poderoso diante das Nações pagãs, porém, em muitos momentos da sua história podemos perceber Israel indo por outro caminho, indo após ídolos, abandonando o Senhor e afastando-se da comunhão com Ele. Observamos também o profundo amor e a fidelidade de Deus para consigo mesmo e para com a Aliança que havia firmado com Abraão, Isaque e Jacó. Especialmente no livro de Isaías, onde este é levantado como Profeta em meio a um período crítico, quando aquele povo estava totalmente corrompido mas insistia em continuar se apresentando diante do Senhor como se nada estivesse acontecendo.
Deus mostra ao seu povo que ele estava pecando e desagradando de tal forma o seu coração , que chega a compará-lo a Sodoma e Gomorra (Is 1.10)- cidades que foram totalmente extirpadas pelo fogo do juízo de Deus por causa de suas abominações (Gn 18.16-19.29). Sodoma e Gomorra, em sua época, não foram dignos de receber outra chance; e Israel não estava em situação muito diferente; Deus deixou isto bem claro através do Profeta, quando profere uma palavra de juízo para o seu povo, o qual, conhecendo ao Deus vivo, não foi fiel, não foi verdadeiramente Servo do Senhor (Isaías 1.10-17). Por causa de seu próprio pecado, Israel passou por muitas situações de humilhação diante de outras Nações, especialmente neste período, diante do Império babilônico, onde permaneceu em cativeiro durante setenta anos a fio. Porém, Deus permitiu que tais coisas sucedessem ao seu Povo para que ali ele pudesse ser tratado. Dez tribos desapareceram no ano de 722 a.C., e Judá foi quase destruída em 587 a. C., deixando apenas um resto inexpressivo, que mais tarde voltou da Babilônia para reconstruir Jerusalém. O remanescente foi aquele que permaneceu no Senhor, mesmo distante do seu lugar, sofreu, mas perseverou, o braço do Senhor os trouxe de volta a restaurar aquilo que havia ficado para trás. O amor e a misericórdia de Deus proporcionou esta bênção para o seu povo que agora estava em número bem reduzido. Israel que havia servido de "peteca" entre os Impérios rivais do oriente, agora ouvia da boca do Senhor a frase: "Não temas, ó, bichinho, ó, vermezinho de Israel; eu te ajudo!" O povo estava reduzido? Estava! Estava em aparente desvantagem diante daqueles que olhavam para ele? Com certeza! Mas aquele remanescente tinha ao seu lado o Deus Todo- Poderoso, que apesar dos erros do seu Povo, quis dar-lhe novamente a oportunidade de voltar a seu lugar e restaurá-lo para a glória Daquele que já o havia determinado. A Fidelidade de Deus a si mesmo e aos seus decretos fez com que estendesse a Israel uma segunda oportunidade.

Oh, como é maravilhoso sentirmos o amor de Deus sobre as nossas vidas! Como nós, não poucas vezes temos sido infiéis, assim como Israel e entristecido ao nosso Pai amoroso! Muitas vezes estamos vivendo em uma situação de humilhação, digo isto, não em se tratando de finanças, pois não é este o meu foco aqui, mas digo em questão espiritual mesmo. Quantas vezes estamos caídos, fracos, feridos e cheios de ódio e falta de perdão, ou temos buscado glórias humanas ao invés de buscarmos direcionar toda a glória para aquele que é digno (Deus); quantas vezes estamos cheios de orgulho e de soberba, cheios de nossa intransigência e inflexibilidade diante do agir do nosso oleiro, querendo muitas vezes, até indagar o que é isto que Ele está fazendo, quando nada somos, a não ser um caco entre outros cacos. Quando deveríamos nos dobrar e nos quebrantarmos ao seu moldar, muitas vezes estamos murmurando, pecando contra Deus e exaltando ao diabo. Nós mesmos nos colocamos nesta situação, pois Deus diz através do Profeta Jeremias: "De que se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados." (Lm 3.39)
Nós somos os culpados da nossa situação de miserabilidade. Às vezes, mesmo sendo cristãos, nos esquecemos de viver a Palavra de Deus e aí a fé esmaece, e as tentações encontram abrigo em nós, o assédio do pecado já não precisa ser tão forte, pois estamos mais vulneráveis e assim, cedemos mais facilmente a ele. Por isso, muitos deixam de evangelizar, deixam de testemunhar acerca de Cristo, deixam de perdoar e assim, as igrejas ficam abarrotadas de crentes nominais, doentes e infrutíferos, que não sentem sequer compaixão pelas almas que estão perecendo no mundo. E é isso que alegra o diabo. Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja, é verdade. Mas esse texto muitas vezes não tem sido bem interpretado, Jesus quis dizer: "Quando a minha igreja avançar contra o inferno, as portas dele não prevalecerão." Mas, se permanecermos enfermos não teremos força nem poder para avançar. É necesário que haja em nós um despertamento e avivamento, primeiro pessoal, e a partir deste, o mesmo acontecerá de forma geral, para que possamos agir mediante o que Deus já nos garantiu. Não somos dignos, mas aprouve a Ele nos escolher para ser o Israel de Deus, o Israel espiritual, circuncidados no coração, como disse o Apóstolo Paulo em Fp 3.3. e isto traz sobre nós a grande responsabilidade de testemunharmos dEle diante do mundo.
O Deus Todo-Poderoso é Fiel aos seus decretos, e disse a Abraão que nele seriam benditas todas as Nações, todas as famílias da terra, ele falou através dos seus profetas que iria atrair com amor eterno muitas nações, aqueles que não o conheciam, que nunca ouviram falar dele. Aleluia! Eu e você, gentios (não-judeus) fomos escolhidos pelo Senhor também, Ele quis ter misericórdia de nós, mesmo quando éramos seus inimigos, e mesmo não havendo nada de bom em nós. Ele nos tirou do lamaçal do pecado, nos lavou no sangue do Cordeiro, morto antes da fundação do mundo em nosso lugar, nos selou com o Seu Santo Espírito para a salvação, o que nos garante estarmos com Ele para sempre; bênção esta que nada e nem ninguém pode nos arrancar jamais.
Mesmo quando estamos nos sentindo um resto, um povinho tão pequeno, tão incapaz, tão impotente, Deus nos diz: "Não temas, ó, bichinho de Jacó, eu te ajudo." Ele está comigo. Ele está contigo, meu irmão! Não temas! O Deus que restaura e usa o seu povo e que venceu os midianitas com os trezentos de Gideão, é o mesmo que está conosco. Com Ele somos a maioria. O inferno não é pário para nós. Ele é astuto, é sagaz, é sutil, é atrevido, mas em Cristo somos mais que vencedores! Basta nos fortalecermos em Deus, orarmos e jejuarmos, a vitória é do povo de Deus. Não há demônio que suporte o poder de Deus na minha e na tua vida! Não podemos recuar, precisamos avançar, como Cristo ordenou. O tempo está próximo. O nosso Senhor está às portas, não devemos nos apresentar diante dEle de mãos vazias. Somos poucos e pequenos? Temos à nossa frente e ao nosso lado o Todo- Poderoso! Sozinhos realmente não faremos nada, mas em Deus faremos proezas! Ele nos faz cavalgar sobre as nossas alturas, Nele somos capazes de combater e resistir a todo o mal que se levante contra nós. Como diz esta reflexão, deixemos todo embaraço do pecado e nos acheguemos a Deus, busquemos o seu perdão e restauração, sejamos sarados pelo Senhor; e só então, estaremos novamente aptos para a obra que Ele tem a realizar através de nós. Não há outra forma de o povo cristão marchar em vitória, a não ser de joelhos em humilhação e adoração ao seu Deus e Mestre! Ele, o nosso Redentor continuará falando ao nosso ouvido em suave murmurar: "Não temas, ó, bichinho, ó, vermezinho de Israel, eu te ajudo!"